Há pouca coisa que eu deteste mais do que moralistas. Aqueles seres que se julgam no direito de emitir juízos de valor, quase sempre pouco abonatórios, sobre pessoas que, normalmente, mal conhecem. Se perdermos dois minutos numa reflexão aprofundada sobre o assunto, depressa chegamos à conclusão que os moralistas são, regra geral, aquelas pessoas que optaram pelo pacote "Vidinha Básica". Tiveram uma infância normal, na adolescência cometeram algumas loucuras como roubar fruta ou fumar um charro na festa da escola, escolheram um emprego seguro, casaram quando a sociedade impôs que casassem e cederam às pressões para contribuir para a subida da taxa de natalidade. Agora è vê-los desfilar ao Domingo em qualquer shopping do país ou, pior, a entupir as estradas qual arrastão (vide dicionário das monas), enquanto especulam sobre a vida dos outros (normalmente espumando de inveja inconsciente). São pessoas que nunca deram um salto de fé e que vivem confinadas na sua confort zone.
Eu não sou uma moralista, não tenho nada contra pessoas que preferem passar pela vida em vez de vivê-la, apenas peço que façam o favor de se confinarem à vossa vidinha básica e não julguem aquilo que para vós é tão incompreensível quanto linguagem marciana...
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