A vida tem forma de nos fazer pensar naquilo que queremos esquecer. Tem formas de nos fazer rejeitar aquilo que queremos abraçar. De nos fazer seguir pelos caminhos que juramos nunca cruzar. E por vida não me refiro a nenhuma entidade divina, ou substantivo abstracto. Não é destino, nem sorte, não é fado nem o tem que ser. É a vontade dos outros, dos teus, dos que te importam, que te condiciona, te redirecciona, te limita, te obriga a aceitar o inaceitável e a desistir do desejável.
Ontem recebi um email, na verdade era apenas duas linhas. Curto, conciso e profundamente reconfortante. Duas linhas que sobreviveram ao tempo, à distância, à mágoa. Duas linhas que me devolveram um sorriso, ainda que breve e fugaz. Duas linhas que me mostraram que não há limites no gostar. Duas linhas que me recordaram que não me devo contentar com a metade, e que um pássaro na mão só vale mais para quem nunca teve os dois.
(Obrigada a ti, por teres feito parte da minha vida, e por continuares por aí, ainda que na sombra...)
1 comentário:
Fizeste-me lembrar o seguinte:
"A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.
A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.
A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos...
Tudo bem!
O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum...
é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.
Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos."
(Chico Xavier)
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