terça-feira, 12 de novembro de 2013

heróis que o tempo inflamou...




Não compreendo é a leitura que se faz da História. E já não falo da história de há muitos séculos, falo mesmo daquela cujos intervenientes ainda estão vivos para a contar. Ler a História pela mãos dos historiadores e pela mão dos media é um exercício completamente esquizofrénico. É que não bate a bota com a perdigota. Recentemente, na comemoração do centenário de Álvaro Cunhal, celebrou-se um herói, alguém que se sacrificou, que lutou contra o regime salazarista, o líder comunista que mais tempo esteve preso, o romancista. Encheram o Campo Pequeno e, vejam lá, até a Judite de Sousa escreveu uma biografia do homem. Foi o herói da democracia diziam. Mas então, é suposto esquecermos as razões de tamanho altruísmo do homem? É suposto ignorar que, por vontade de Álvaro Cunhal o seu centenário seria algo deste género:





3 comentários:

Inês disse...

A nossa história recente está muito mal contada. Só se "conhece" um lado. Não se consegue falar do outro lado da coisa. Pouco se conhece...

RCA disse...

Chapeau!

Pulha Garcia disse...

Totalmente de acordo.