(o que está empilhado na rua, não o que veste de encarnado...) |
esta greve é a total subversão do conceito de direito à greve. Os trabalhadores em questão não vão receber menos, não vão trabalhar mais, não vão perder direitos nem antiguidade, continuarão a trabalhar para o Estado e a usufruir das mesmas regalias. A diferença estará apenas no cabeçalho do cheque, que deixará de ser a Câmara Municipal de Lisboa para ser a Freguesia para a qual trabalha. O que mudará também é que o chefe, em vez de ser um vereador, com poderes delegados, e confinado ao seu gabinete na CML a assinar despachos, passará a ser o presidente da junta, o homem que está no terreno e que, no final dia, sabe imediatamente se o trabalho foi ou não bem feito. Haverá por isso mais exigência, será esse o motivo da greve?
Mas este caso é ainda mais rocambolesco, é que além do abuso que é recorrer à greve por motivos injustificados, da época escolhida, do número excessivo de dias (que coloca em causa a saúde pública) há ainda o atentado à liberdade de quem escolhe não fazer greve.
Vivemos num país tendencialmente de esquerda, o que não seria uma crítica se não acabássemos por cair no ridículo. Esta greve é inqualificável e, num país a sério os sequestradores que perpetraram este terrorismo seriam chamados á responsabilidade. Num país a sério a comunicação social daria um tratamento isento e informado ao invés do circo onde quem escolhe não fazer greve aparece como o vilão.
4 comentários:
Mas porque é que levas tudo tão a sério? É em Lisboa, pá!
estiveste bem, barba, estiveste bem :)
Bom ano aí para casa ;)
:)Bom ano para vocês!
"Num país a sério a comunicação social daria um tratamento isento e informado ao invés do circo onde quem escolhe não fazer greve aparece como o vilão" Dixit !
Bom 2014
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