sexta-feira, 27 de julho de 2012

(Cag)arte


Eu gosto de arte. De todas as artes em geral: música, arquitectura, escultura, cinema, literatura, teatro e claro a pintura. Há artes que aprecio mais que outras é verdade mas, e embora não seja uma expert em nenhuma delas, tenho a sensibilidade necessária para  a consumir todas as suas expresões. Já visitei alguns do museus mais famosos do mundo. Já tive a oportunidade de ver ao pormenor algumas das obras de arte mais conhecidas. Emocionei-me com a Pietá, decepcionei-me com a Mona Lisa, fiquei absolutamente estarrecida com o Guernica, surpreendi-me com os Girassóis, ri-me com A Origem do Mundo, deliciei-me com A noite estrelada... Não gostei de tudo o que vi, confesso que não sou grande apreciadora da arte antiga ou mesmo da medieval embora lhe reconheça a genialidade, o mérito e a qualidade. O mesmo já não consigo identificar em alguns movimentos contemporâneos. Desculpem lá mas, duas paletes empilhadas não é arte, uma tela em branco não é arte e um estendal de camisas brancas também não é arte. E não é por arranjar uma explicação surrealista, de uma sardinha que caiu num balde de lampreias, que se aproximará de Dalí. Tenho assistido na Guimarães Capital Europeia da Cultura, a coisas medonhas, que nada têm que ver com arte ou cultura. Guarda-sois, espreguiçadeiras e esplanadas em rotundas e chafarizes não é cultura, é demência.  Há uns tempos, e na sequência da CEC, perguntaram à tia Joaquina se sabia o que era cultura, ela respondeu que sim, claro que sabia: cultura era a produção de batatas, couves, tomates, tal como ela fazia lá no seu quintal... Este produtor plástico e sonoro, era bem mais produtivo se se dedicasse à cultura da tia Joaquina.


(a propósito de arte estrambólica, já fui convidada a abandonar uma exposição por ter inocentemente destruído uma obra de arte.Tratava-se de uma peça, exposta na entrada, que consistia num sofá insuflável, onde me sentei, com umas cascas de pistácios e amendoins espalhadas pelo chão...)

2 comentários:

Sílvia disse...

Melhor ainda é esta "arte": «O artista Habacuc deixou um cão morrer à fome durante uma exposição.»

Ele há com cada animal... refiro ao "artista".

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/uma-estranha-forma-de-arte=f149040#ixzz21ufgdhUQ

Mona disse...

Acabei de perder 9:56... a ver este ignóbil!
Puta que pariu não sei como pagam a estes gajos para fazer "Arte".

mas confesso que as parabólicas e o dióspiro foi do melhor que já ouvi!
Artista residente... até tenho medo.