sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Coisas que ultrapassam a minha capacidade cognitiva...


Por mais que me esforce, por mais que faça um exercício racional e tente considerar as razões apontadas, não consigo mesmo compreender uma merda destas, ainda mais dita por uma médica. Se já tinha medo de alguns exemplares desta classe, agora tremo....

6 comentários:

Sílvia disse...

Eu (sendo da área da saúde) explico (ou pelo menos tento), se as curas forem todas encontradas as pessoas deixarão de morrer e neste momento o planeta já alberga pessoas acima da sua capacidade, actualmente já não existem recursos para tantas pessoas, qualquer dia teremos que nos começar a matar uns aos outros. Se o cancro não existisse era isso que já teria começado a acontecer.

Sílvia disse...

E uma coisa muito importante é que estão a descobrir curas para muitas doenças, mas não sabem como prolongar a sanidade das pessoas, não há cura para Alzheimer, Parkinson, e outras que envolvem o sistema neurológico. O ser humano não foi feito (programado?) para durar tantos anos, o que acontece é que as pessoas morrem cada vez mais tarde (nos países ocidentais), porque prolongam a corpo, mas cada vez mais debilitadas mentalmente.
Como disse o oncologista Brasileiro Drauzio Varella, que foi prémio nobel da medicina:
"No mundo actual, investe-se cinco vezes mais em medicamentos para a virilidade masculina e silicones para as mulheres do que na cura do Alzheimer. Daqui a alguns anos, teremos velhas de mamas grandes e velhos com pénis duro, mas nenhum se recordará para que servem."
Penso que a lógica da médica que confessou isso será a mesma e acredito que a grande maioria pensa assim, por ser o mais lógico. As pessoas têm mesmo que morrer, e o cancro sendo uma degeneração das nossas células é umas das formas actuais mais eficaz, porque é que eles ainda não descobriram a cura.
É frio, é duro, mas é a realidade.

Lamento... Beijinho, para compensar!! Lol

MisS disse...

Silvia, estes argumentos são falaciosos. Mesmo que, num plano completamente utópico, a medicina descobrisse a cura para todas as doenças, as pessoas continuariam a morrer, como morrem todos os dias, aos milhares, mesmo sendo saudáveis (acidentes, guerra, catástrofes, etc) Além disso, não há pessoas a mais no planeta, elas estão é mal distribuidas, a Europa está a atravessar uma crise geracional e uma vez que não há jovens, serão precisos idosos saudáveis para manter o velho continente. mas, o que me choca mais nesta enormidade dita por esta médica, é a doença em causa. O cancro é devastador, não só para o doente mas para todos os que são próximos. É uma doença que corrói, que destroça, que mata devagar. Além disso, tem um tratamento dificilimo, arrasador para o corpo e a mente do paciente. Esta afirmação não é racional, é desumana.

Beijinhos

Ps: para quando é a boda?

Sílvia disse...

http://noticias.r7.com/internacional/noticias/mundo-chega-a-7-bilhoes-de-pessoas-e-chega-a-metade-da-sua-capacidade-20111031.html

Ora, eu não creio que apenas acidentes/guerras cheguem para "dar espaço" dos que vão aos que vêm.
O mundo ocidental vai continuar envelhecido, não há incentivos à natalidade...
Sim, é arrasador, mas um acidente que tira um filho a uma mãe é igualmente arrasador e possivelmente leva a um maior choque emocional.

Desumano, não sei. Os médicos têm uma forma muito fria de ver as coisas, que eu compreendo. Não digo que concorde com a afirmação da senhora, mas sou capaz de compreender a frieza.
(Eu só não sei se a justificação dela coincide com a minha)

Sílvia disse...

A boda já foi! Sábado dia 22! ;)

Hei-de colocar fotos no facebook (já vos encotrei por lá!)

Beijinhos

Anónimo disse...

como bem afirmas: uma merda. Daí que a compreensão seja no mínimo difícil. Como quem de direito da área e algum conhecimento em causa deixei lá o meu ponto de vista.
Em todo o lado há bons e maus, melhores e piores. Vejo pior no quotidiano nas prácticas ou mesmo na interacção com colegas (e futuros) nesses momentos lembro-me do seguinte:
1) a taxa de desistência ao longo do curso.
2) como as médias de acesso indicam nada de aptidão necessária em causa
3) Como alguns vão se safando entre os pingos da água e practicam pelo status e materialismo
4) para quando provas psicotécnicas de aptidão e entrevistas pessoais a cargo das própias universidades como triagem?
5) e por fim, lamentávelmente, muitos perdemos habilidades humanas ao longo da vida face a desgastes e conflitos pessoais.