Sempre apreciei a figura dos duelos. Era uma forma rápida e eficaz de resolver contendas. Um chateava o outro, desafiava-se para um duelo e pronto, quer morresse quer matasse, a verdade é que o problema estava resolvido. Não mais aquele ser chateava ou era chateado. A radicalização da solução também evitava muitas chatices, pois, no caso do sujeito não ser maluco, só desafiava alguém que sabia que poderia vencer, ou porque era mais rápido e destro, ou porque tinha uma arma maior. Achou a contemporaneidade que esta solução era demasiado violenta para os cânones modernos e acabou-se com a mesma. Os duelos, como quase tudo na vida, democratizaram-se e estão agora ao alcance de qualquer um. Com a pequena diferença que agora ninguém morre e por isso, qualquer badameco se sente no direito de desafiar, tendo ou não argumentos, tendo ou não armas. E fá-lo porquê? porque sabe que nada lhe poderá acontecer, não é que vá levar um tiro nem nada, e no final das contas, mesmo que perca, ganha, porque conseguiu fazer com que o outro perdesse tempo, paciência e gastasse munições que, infelizmente não ferem como deviam. E assim está o mundo subjugado aos covardes....
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