Há pouco, na minha hora de almoço, quando regressava ao trabalho passei por um grave acidente na estrada, eram dois carros mas estavam bastante amassados e em ambos tinham pessoas encarceradas, estavam 4 ambulâncias e vários bombeiros a tentarem tirar as pessoas dos carros, enquanto isso a polícia tentava afastar os curiosos e fazer circular o trânsito. E ao passar por tamanho aparato pensei, porque é que as pessoas quando vêm um acidente, ainda mais se for grave, param logo na berma para verem, comentarem, opinarem sobre de quem teria sido a culpa, ou seja para exercerem a tal da curiosidade mórbida.
Eu, quando passo por um acidente, a minha tendência é não olhar e sair dali o mais rapidamente possível, pois sempre que vejo um acidente, lembro-me de como a linha que separa a vida da morte é muito ténue. Eu que já vi pessoas próximas, familiares e amigos a sucumbirem devido a acidentes rodoviários, não gosto de ser lembrada que todos os dias ando na linha de fogo. Eu no meu dia a dia faço muitos quilómetros a conduzir e confesso que gosto pouco de andar de devagar, fico aborrecida, gosto de acelerar, de sentir o carro a responder quando carrego no acelerador, o meu maior delito nas estradas é não cumprir os limites de velocidade, claro que não sou nenhum Senna, e muito menos tenho uma máquina que me permita grandes excessos, mas mesmo assim abuso da sorte! Depois de passar o acidente, fiquei a pensar nisso, e ainda estou, mais logo quando pegar no carro provavelmente ainda me vou lembrar e devo ir com cuidado, mas á noite quando sair para iniciar o fim de semana, já o devo ter esquecido e aí vou voltar ao meu normal, só me resta esperar que continue a passar na linha de fogo sem apanhar nenhuma bala perdida!
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