As havaianas comemoram este ano o seu 50º aniversário! É notável que uma empresa subsista, no mercado, durante 50 anos mas, é ainda mais notável a capacidade que esta marca teve para se reinventar e passar de chinelo de pobre a marca de culto, super-hiper fashion. Conheço as havaianas desde que me conheço. Toda a vida as usei e sempre tive bastantes, vicissitudes de quem tem muita família no Brasil. Sempre que me ligavam a perguntar o que queria de prenda a resposta era a mesma, biquínis e havaianas. Respondiam-me sempre que isso era chinelo de favelado e que não valia nada. A minha rendição à marca é muito anterior à revolução fashion, sempre a preferi por duas razões muito práticas: porque não escorregam (mesmo nos penedos) e porque não se desencaixam, nada pior que ir a andar e o chinelo ficar para trás. Confesso que tenho alguma resistência em aceitar as havaianas como um acessório so fashion. Por estes dias, que o meu destino é a praia, é sem dúvida o meu calçado de eleição mas, confesso que não gosto de ver havaianas em ambientes menos descontraídos. Sair à noite de havaianas não pode ser fashion, mesmo que estas já não custem 3 reais. Ver uma pessoa, homem ou mulher, que até despendeu algum tempo e cuidado a arranjar-se (mesmo que o resultado não seja o melhor) de chinelos no pé não me parece nada bem. Por muito glamour que a marca tenha, não deixaram de ser uns chinelos...
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