William Bouguereau &
Dei-te os dias, as horas e os minutos
Destes anos de vida que passaram; Nos meus versos ficaram Imagens que são máscaras anónimas Do teu rosto proibido; A fome insatisfeita que senti Era de ti, Fome do instinto que não foi ouvido. Agora retrocedo, leio os versos, Conto as desilusões no rol do coração, Recordo o pesadelo dos desejos, Olho o deserto humano desolado, E pergunto porquê, por que razão Nas dunas do teu peito o vento passa Sem tropeçar na graça Do mais leve sinal da minha mão...
Miguel Torga
|
domingo, 18 de agosto de 2013
Painting & Poetry XXII
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário