em Coimbra. E que saudades que eu tenho da minha Coimbra. Incrivelmente em cinco anos e, apesar de morar na Sé Velha, onde fazem as serenatas da queima, nunca vi nenhuma de princípio a fim. Nunca aprendi a gostar verdadeiramente de fado, pelo menos o fado de Coimbra. Sei que é uma heresia dizer isto mas, é a verdade. Acho-o demasiado melancólico, depressivo até. O que não me impede de ter muito boas recordações destes dias. A minha primeira serenata (aguentei três canções) ouvi-a no Pátio da Universidade, como mandava a tradição. Foi nesse dia que me apaixonei por Coimbra. Passar a Porta Férrea, a escadaria da faculdade de Direito levemente iluminada com os fadistas perfilados, a Cabra linda à luz da lua. Toda um multidão vestida de preto, de capa traçada a ouvir e a sentir o dedilhar nas guitarras e a voz do fadista. Coimbra arrebatou-me completamente, conquistou-me pela tradição, pelo significado, pelo amor que lá se respira. Só sente Coimbra que lá andou. Afinal é lá que se aprende a dizer Saudade.
1 comentário:
Eu não andei (estudei) em Coimbra mas também tenho muitas saudades desse tempo... em que tu lá andavas!
Bons velhos tempos... deviamos ir lá passar um weekend!
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