Meu coração quebrou.
Era um cedro perfeito;
Mas o vento da vida levantou,
E aquele prumo do céu caiu direito.
Nos bons tempos felizes
Em que ele batia, erguido,
Desde a rama às raízes
Era seiva e sentido.
Agora jaz no chão.
Palpita ainda, e tem
Vida de coração...
Mas não ama ninguém.
Miguel Torga, Diário (1942)
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