segunda-feira, 30 de setembro de 2013

se merecemos o país que temos? ai merecemos, merecemos...


A propósito das autárquicas que, dizem, se realizaram ontem...


  • A abstenção foi de 47,44%.


  • O programa de televisão mais visto, do dia, foi a Casa dos Segredos com 39,9% de share!




sim, é um bocado de ressabiamento mas, não deixa de ser um desabafo esclarecido...


Eu tentei gostar de Guimarães, a cidade onde vivo, a sério que tentei. Não foi a cidade onde nasci, não foi a cidade onde me criei, nem a cidade onde me formei, em circunstâncias normais não seria a cidade que escolheria para viver mas, foi a cidade que os meus pais escolheram. É a cidade onde moro, por constrangimentos da vida. Até há um par de anos atrás eu não era frequentadora de Guimarães, mesmo que no meu bilhete de identidade figurasse aquela cidade como residência. Sempre fui mais Braga. Foi a cidade que me viu nascer. É em Braga que faço compras, é Braga a minha primeira escolha para sair, é em Braga que tiro o passaporte, o cartão único, até para ser esclarecida na repartição de finanças prefiro Braga. Braga tem urbanidade, Braga é cidade, cheira a cidade, tem gente educada e esclarecida. Braga tem reflexão, apesar do peso religioso. Braga sabe acolher, sabe adoptar. Braga tem dimensão, tem mundo. Guimarães é um feudo. Guimarães não sabe tratar quem não é de Guimarães, não sabe acolher. Guimarães é xenófoba. Guimarães é medieval. Guimarães é pequena, contentam-se com migalhas. Guimarães é imagem sem conteúdo, é aparência.Guimarães é como o seu centro histórico: lindo por fora e podre por dentro. 
Ontem, os resultados eleitorais deram-me mais uma vez razão. O povo de Braga soube dizer chega. Soube acabar com uma dinastia que durava há 36 anos. Escolheu um novo rumo para a cidade. Já Guimarães, escolheu continuar pelo mesmo caminho. O caminho da aparência, da incompetência, da política suja e do compadrio. Da gestão dita socialista que gasta centenas de milhões de euros em obras públicas sem utilidade e tem o maior índice de população carenciada. Já dizia esse grande embuste político, de seu nome Mário Soares, só os burros é que não mudam. Talvez seja chegada a hora de eu mudar, de residência...

domingo, 29 de setembro de 2013

A propósito de MAIS um Secret Story que pelos vistos começa hoje...


Please!!!
Please!!!!!!!!!!!!!!!!!!

mi cuerpo se llena de ti...


Untitled - inspiring picture on Favim.com


Diego: 


Nada comparable a tus manos ni nada igual al oro-verde de tus ojos.
Mi cuerpo se llena de ti por días y días.

Eres el espejo de la noche. La luz violeta del relámpago. La humedad de la tierra.
El hueco de tus axilas es mi refugio.
Toda mi alegría es sentir brotar la vida de tu fuente-flor que la mía guarda para llenar todos los caminos de mis nervios que son los tuyos.

de Frida Kahlo para Diego Riviera

sábado, 28 de setembro de 2013

Corta Tesão


ocos seremos....


É imensa a quantidade de alma que gastamos com coisas que não importam. Pequenos nadas, que ocupam um todo. Preocupamo-nos com coisas que ainda não aconteceram, que podem nem acontecer. Pintamos cenários de negro, quando a vida, no final do capítulo, dá um cinzento prateado. Sobrevalorizamos palavras em vez de actos. Esquecemos a quantidade de vezes que nos disseram "gosto de ti" mas recordamos com exactidão todos os momentos em que ouvimos "odeio-te". Lutamos por esquecer fantasmas que nos estão na carne. E, ao tentar esquecer, recordamos com mais intensidade ainda. Choramos perdas que são ganhos, porque ninguém gosta de perder. Esgotamo-nos ao lutar por não gostar de alguém, mesmo sabendo que esse alguém está já embrenhado em ti. 
E assim vamos consumindo a nossa alma, na ingénua ignorância de que é inesgotável. Até ao dia, em olhamos para dentro de nós, em busca de uma réstia de alma, que nos dê esperança, que nos ajude a ampliar a felicidade, a alegria de uma conquista já chorada e, apenas encontramos o eco de uma gruta oca...


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

this is a long term relationship...

hope
Forever and ever...

aqui d'el rei







Guimarães e Braga são há muito dois bastiões do Partido Socialista. Quem por cá anda sabe que há corrupção nas duas autarquias, de outra forma não se explica o enriquecimento visível dos autarcas. É limpinho, limpinho. Já foram levadas a cabo investigações que, por inércia do ministério público, por elasticidades da Lei, ou por cumplicidade das autoridades locais, não chegaram a bom porto. O povo, esse vai-se vendendo por um punhado de betão. Infelizmente para muitos um bom político é aquele que ergue a maior parede de cimento, mesmo que essa parede não tenha qualquer utilidade. Não me considero mais inteligente que ninguém, nem tenho a pretensão de dizer às pessoas o que devem fazer ou quem devem votar, isso caberá à consciência de cada um. Acho é que não devemos ser levianos na hora de exercer o nosso direito de voto. 
O socialismo defende, na sua génese a igualdade de oportunidades/meios para todos os indivíduos, com um método igualitário de compensação, olhando para estas infografias, é legítimo questionar onde está a igualdade? Que socialismo é este? É esta a esquerda que temos no nosso país? Bem sei que este comportamento é transversal a todos os partidos, de todas as ideologias mas, o que esperar de uma esquerda que ergue o punho, que enche a boca para falar de igualdade de oportunidades e que, uma vez instalada no poder, faz o oposto do que  prega? 
O actual candidato à CM de Braga pelo PS é arguido num caso de corrupção. Dirão os homens da lei, que um arguido é inocente até prova em contrário. Isso é válido na sala de audiências mas, à mulher de César não basta ser séria, tem de parecer séria e, ter um candidato a uma das maiores autarquias do país, sobre quem pende a suspeita de corrupção não deveria ser aceitável, nem pelos partidos, nem pelo Tribunal Administrativo e tão pouco pelo povo. Mas é-o, porque este é o país que temos. Um país onde se aceita este tipo de compadrio. Um país onde as pessoas aceitam as cunhas, toleram os tachos e fecham os olhos à corrupção se isso lhe trouxer o alcatrão até à porta de casa. Se merecemos estar no fundo do poço? Merecemos, pois fomos nós que o cavamos. Ao compactuar com situações como estas, ao dar a nossa quota de poder a pessoas com estes escrúpulos, estamos a ser fiadores da gestão questionável que praticam. E a factura, essa vem sempre ter-nos à mão...

(A acreditar nas sondagens, Braga irá ter um novo presidente, um homem resiliente que se candidata pela quarta vez e, que finalmente vai conseguir pôr fim a esta dinastia socialista. Infelizmente, para Guimarães o cenário não é tão promissor. A dinastia prolongar-se-à por mais uns anos, com grande prejuízo para a cidade, para o povo e acima de tudo para a democracia.)

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

este gajo nunca me enganou...



(Valter Hugo Mãe, in Diário de Notícias)

estava a fazer-me comichão, pá!

call me old fashion, but I think shorts should be longer than your vagina

Tentei resistir. Lutei com todas as minhas forças contra a tentação de escrever sobre isso, até porque não tenho nada bom para dizer, mas foi mais forte do que eu. Não consigo ignorar o que vi, não consigo calar a revolta que carrego. E lá vou eu, disparar em todas as direcções...
Fui ver o concerto da Selena Gomez. Para quem não conhece (não perde nada) é uma miúda actriz/cantora hispânica que faz sucesso na Disney e que parece que andou enrolada com um outro actor/cantor da Disney com ar de palerma e cujo nome não recordo. Mas adiante. A coisa prometia e não era para bem. Importa esclarecer que fui ao concerto para levar a minha sobrinha que adora a miúda e, nada mais justo que o primeiro concerto que ela assistisse fosse o da sua cantora preferida (um dia falaremos do mau gosto da minha sobrinha). Podia discorrer páginas sobre a fraca qualidade musical, sobre o espectáculo paupérrimo, sobre a fraca produção, sobre a qualidade péssima do som, sobre como perdi 37% da minha capacidade auditiva com tanto guincho histérico, enfim... mas, a minha indignação vai mesmo para a nova geração, aquela que supostamente vai trabalhar para pagar a minha reforma. Fiquei estarrecida com o que vi. As miúdas hoje são bastante mais miúdas do que eu era na idade delas mas, bem mais ariscas. Com 14 anos eu já sabia cozinhar, já adiantava o jantar enquanto a minha mãe não chegava do trabalho, já tinha chave de casa, já ficava sozinha, já olhava pelos meus primos mais pequenos, já tinha alguma liberdade mas, sobretudo tinha responsabilidades. O que não tinha era permissão para andar com calções a verem-se as nádegas, com tops com decotes rasgados até ao umbigo, com maquilhagem a rivalizar com um quadro de Pollock. Cada um educará o seu filho da forma que considera mais correcta mas, não posso deixar de considerar um contra senso que,os pais de hoje, super protectores, culpados por uma excessiva infantilização dos jovens, permitam que os seus filhos andem nessas figuras. Chamem-me retrógrada, pudica ou que quiserem. Considero uma falta de gosto a forma como os jovens/adolescentes se vestem hoje e acredito que esta é potenciadora de perigos bem maiores do que exigir-lhes responsabilidades que já deviam ter há muito.

(entretanto e, ao ver nas notícias de hoje, pais que passaram a noite à porta de centros comerciais para comprarem os bilhetes para os One Direction que, diga-se custam uma pequena fortuna, percebo que o problema não está na nova geração, mas sim nos pais!)

terça-feira, 24 de setembro de 2013

sistematizando o sistema ...



Todos sabemos que a imparcialidade na comunicação social é uma balela igual às 7 virgens no paraíso para os mujahidin: todos duvidam que exista mas, nunca é demais citá-la. Esta é ainda mais improvável quando se trata do tema desporto, em particular futebol. É por demais sabido que há, na comunicação social nacional, uma preferência generalizada pelo Benfas. É normal e, enquanto não houver uma renovação geracional e, as redacções não se livrarem desses velhotes fundamentalistas que ainda se lembram do Eusébio jogar e que têm de recuar até ao tempo da Maria Cachucha para apontar vitórias dignas desse nome, a imprensa vai continuar a ser "encarnada". Mas há excepções e, o Jornal Notícias, parece não ter problemas em mandar a instituição benfica apanhar caracóis...

Nota da direção: O problema do Benfica é o seu sistema



(Podem questionar a ética do comunicado, embora o mesmo não esteja assinado por nenhum jornalista, mas pela direcção do jornal, o que não podem é contrariar a veracidade dos factos nele constantes... Foi uma resposta à altura, embora considere que os comunicados de imprensa do benfas nem mereçam resposta de tão ignóbeis que são. De cada vez que leio um, fico arrepiada e, não é no bom sentido... Seria de supor que uma instituição como essa, com história e que, no passado, soube conquistar o seu lugar no topo dos clubes portugueses tivesse profissionais mais competentes mas, a verdade é que, a fraca qualidade dos recursos humanos deste clubezito afecta todos os departamentos...no final das contas, há de facto um sistema e está instalado lá para os lados da luz, tem é outro nome, chama-se incompetência...)

Momento didáctico aqui do estaminé


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Dica do dia!!


sempre que morre um poeta, morre um pouco de esperança...

Não posso adiar o amor para outro século 
não posso 
ainda que o grito sufoque na garganta 
ainda que o ódio estale e crepite e arda 
sob montanhas cinzentas 
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração



António Ramos Rosa  1924-2013


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Relax Mona...

 
sente o perfume...
ouve uma boa musiquinha...
respira fundo...
 



Conselho mais ouvido nos últimos dias?
"Tem calma Mona!
Vai com calma Mona!
Mona, diz-lhe as coisas mas com calma!"
 
Ontem fui inscrever-me no yoga e no pilates... Sinceramente, acho que devia era ter-me inscrito no kickboxing. :-)

So so me...



 

I'm a very twisted person...


eu já escondi por muito tempo...


...agora quero que se foda.
 


estou com medo de mim...

 
para o bom e para o mau...

Amigo... vai tomar no cu!

Foto

eu fico put@ com certas atitudes...
 
 

Tou put@...

Eu só queria um Homem assim, mas só me aparecem "conas" à frente...
Puta de sorte a minha.
Mas eu estou a pedir muito? Eu acho que não.

(A culpa é da Cinderela... um dia que tenha uma filha, ela nunca vai ouvir essa historinha... prince charming o caralho!)

estou assim... a ENLOUQUECER (ainda mais)




Eu já não sei 
Se fiz bem ou se fiz mal
Em pôr um ponto final
Na minha paixão ardente
Eu já não sei
Porque quem sofre de amor 
A cantar sofre melhor
As mágoas que o peito sente

Quando te vejo e em sonhos sigo os teus passos
Sinto o desejo de me lançar nos teus braços
Tenho vontade de te dizer frente a frente 
Quanta saudade há do teu amor ausente
Num louco anseio, lembrando o que já chorei
Se te amo ou se te odeio
Eu já não sei

Eu já não sei
Sorrir como então sorria 
Quando em lindos sonhos via 
A tua adorada imagem
Eu já não sei 
Se deva ou não deva querer-te
Pois quero às vezes esquecer-te 

Quero, mas não tenho coragem...
 
 

a verdade é apenas um ponto de vista?

Ultimamente acompanha-me um sentimento, de que tudo é falso...
Dou por mim a pensar, será isto verdade?
 
Foda-se, não estou a gostar nada disto... Não sei se o problema está em mim ou nos outros.
(Porque também já dou por mim a "mentir" neste caso é, omitir a verdade. Por dois momentos que já me perguntas-te "estás apaixonada?" E eu te respondi: NÃO... e a verdade é: Estou. Por ti!!! (fuck me)



Observa bem...

 
virei-te costas...
vieste atrás? não...
então, pó Caralho amigo!

come to mama...


 
estou a desesperar...



Ese puto es todo un loquillo...


 
"O dinheiro tira um homem da miséria
Mas não pode arrancar
De dentro dele
A favela"
 
(Mano Brown)


ponte-me...




Gosto de pontes. As pontes aproximam, quebram barreiram, ultrapassam precipícios, sobrepõem-se a correntes de águas furiosas. As pontes resolvem contendas, facilitam o acesso, eliminam obstáculos outrora intransponíveis. As pontes cortam caminho, resolvem o que parecia impossível. As pontes levam-te lá. As pontes transformam ilhas em continentes. São o antónimo de solidão. Dão-te mundo, e dão-te gente. 
Não é difícil. Por mais fundo que seja o declive, ou turvas as águas, começas de um lado, olhar fixo no outro. Pé ante pé vais transpondo o hiato que vos separa. Como que por magia flutuas sobre a falha, caminhas sobre água. Não temas o aspecto frágil da ponte. Outros já a transpuseram. Basta a coragem para dar o primeiro passo.

Vens?


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Sem vírgulas...



há algo de podre no reino da Lusitânia...



Era uma vez um senhor, empresário, endinheirado. Chamemos-lhe Nevoeiro. O senhor Nevoeiro vinha de um reino a norte, onde a lei era imposta pelo vil metal. Tudo era transaccionável e os poderes económico, político e judicial coabitavam em relação incestuosa. Foi aí que fez a sua fortuna, crescendo desde humilde construtor a grande empresário. Decide então alargar os seus investimentos e apostar em outros reinos, maiores, mais longínquos. O seu modelo de negócio, já tinha dado provas de ser eficaz. O património público deve servir é para encher os bolsos de alguns, que isto de ser do povo é dar pérolas a porcos. Importa, por isso, é manter boas relações com quem governa e assim governar-se. E o senhor Nevoeiro, lá foi conquistando terra a sul, impondo o seu brasão por pequenos reinos, e enchendo os seus e os bolsos de quem o ajudava. O plano agora era conquistar o grande reino, aquele onde o azul Tejo atravessa majestosamente as suas terras. Todavia, chegado lá, o senhor Nevoeiro esbarra em algumas dificuldades. O burgo é maior, o poder não está tão concentrado, não há um imperador que reine sozinho,  há mais nobres para agradar. Vai fazendo o seu jogo, até esbarrar na teimosa rectidão do senhor Só. Habituado ao sistema de compensações, decide abrir os cordões à bolsa e oferecer um pequeno agrado ao senhor Só. Uma prova de boa fé, dizia ele. Mas o senhor Só era mais teimoso que uma mula, e mais recto que uma régua e decide armar uma armadilha ao senhor Nevoeiro. Este, que não imaginava que pudesse haver no mundo gente parva que desperdiçasse um saco de moedas, caiu como um patinho. A sua voz ficou gravada oferecendo um agrado em troca de um favor e, com esta prova, o senhor Só fez o que lhe competia e denunciou-o à autoridade suprema do reino. Acontece que o senhor Nevoeiro não chegou onde chegou por ter amigos burros e vai dai, apoiado no seu conselho de sábios, decide virar o bico ao prego e acusar o senhor Só de abuso: parece que gravar a voz de outros, mesmo a praticar o mal, sem pagar direitos de autor é crime. A autoridade do reino, com quem o senhor Só trabalhou para apanhar o mau desta fita, concordou com a perspectiva do senhor Nevoeiro e decidiu castigar o senhor Só. 
Acabou que o senhor Nevoeiro foi ilibado do crime que todos sabem que cometeu e o senhor Só condenado por um crime que nunca existiu. Acontece que o senhor Nevoeiro, corrupto inquestionável, pousa de bom cidadão enquanto o senhor Só, passa por burro por ter ficado de mãos a abanar, sem dinheiro, sem razão e ainda com a conta do tribunal para pagar.

Parece fantasia, mas aqui, neste conto, que não é de fadas antes de ogres , que é Portugal, tudo é possível...

A realidade supera a ficção aqui e aqui


go with the flow...


Sometimes not being in control is the most beautiful thing in the world

terça-feira, 17 de setembro de 2013

à minha bruxinha...



bruxinha @ pink


A data de hoje está inscrita no bilhete que te levará à aventura de uma vida. Serão 6 meses em missão de voluntariado pelo Cambodja, a ajudares quem precisa e a enriqueceres a vida daqueles que tiverem a sorte de se cruzar contigo. A notícia foi inesperada, deste-ma assim, de chofre, como quem arranca um penso rápido, como se dissesses vou ali e já volto. A minha reacção foi de choque. Demorei a restabelecer-me, a raciocinar. Seis meses! No Cambodja! Eu nem sequer sabia qual era a capital do Cambodja e, de repente, este era o país que iria acolher uma das minhas pessoas. Riste-te da minha reacção. Trataste logo de desdramatizar, como sempre. Custa-me quando penso na distância. Sei que nunca vais estar ausente mas, custa pensar-te a um continente de distância. Quando to disse, olhaste-me com aquele ar de complacência que tanto usas comigo, e aproveitaste logo para, em tom de toma lá lá que já vais ouvir das boas, me atirar à cara que, não raras vezes e, por causa da minha agenda, passamos um mês ou dois sem nos vermos. Respondi-te que não é a mesma coisa. Que apesar de não estarmos juntas, sabia-te perto e isso faz toda a diferença.
Depois do choque inicial, veio a admiração pelo teu gesto. Tive até um pouco de inveja confesso. Pela tua coragem, pela oportunidade, pelo voluntarismo, pela solidariedade, pelo humanismo, pela utilidade do teu acto. Acredito que esta experiência será uma grande mais valia para a tua formação enquanto ser humano, e que virás de lá com uma nova perspectiva da vida, do mundo, das pessoas. Sou um sortuda por ter amigas como tu, que se entregam assim a uma missão, que se aventuram na vida, que partem para novos desafios, que se engrandecem.
Obrigada pelo teu exemplo. Obrigada por me mostrares que a linha do horizonte está muito além do que os nossos olhos alcançam. Transbordo de orgulho em ti.
Que a sorte dos audazes te acompanhe!

Vemo-nos no Cambodja...

Recado ao Bruno Carvalho


" Ovelhas não são para mato..."

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A Samantha é que sabe!!!

" Men cheat women for the same reason dogs lick their balls... because they can!!"

" Os homens traem as mulheres pelo mesmo motivo pelo qual os cães lambem os tomates.... porque o podem fazer!!!"

Isto é ou não é sabedoria pura???

sérios efeitos secundários...






O pior de gostar de lampiões, não é o viver no passado ou ter de embarcar em verdadeiras viagens no tempo, sem direito a DeLoren, para assistir às grandes conquistas. Não é a insanidade constante com que te bombardeiam, ora são os 14 milhões de adeptos, ora é o clube com mais títulos, ora é o maior do mundo, ora é o mais honesto, entre tantas outras baboseiras que te obrigam a beliscões constantes por forma a manteres um elo com a realidade para não seres absorvida pela twilight zone onde estes estranhos seres habitam. O pior nem é o ouvires recordar com saudade o nome de jogadores que detestavas como o Isaías, o Mozer, o Preud'Homme ou o Veloso, ou o teres de levar com o quadro do Eusébio na sala. Ou o querer baptizar os filhos com nomes tipo Chalana, Coluna ou Shéu. O pior nem é assistir ao mesmo choradinho de sempre, que foram roubados, que o árbitro está comprado, que não há honestidade no futebol português (já agora, nem no hóquei, nem no andebol, nem no bilhar, nem na pesca à linha...).

O pior mesmo, é dares por ti a querer que o benfas não perca só para o ver feliz...

sábado, 14 de setembro de 2013

Música Verão 2013




Avicii feat Aloe Blacc
Wake me up


Feeling my way through the darkness
Guided by a beating heart
I can't tell where the journey will end
But I know where to start

They tell me I'm too young to understand
They say I'm caught up in a dream
Well life will pass me by if I don't open up my eyes
Well, that's fine by me

So wake me up when it's all over
When I'm wiser and I'm older
All this time I was finding myself
And I didn't know I was lost

So wake me up when it's all over
When I'm wiser and I'm older
All this time I was finding myself
And I didn't know I was lost

I tried carrying the weight of the world
But I only have two hands
I hope I get the chance to travel the world
But I don't have any plans
I wish that I could stay forever this young
Not afraid to close my eyes
Life's a game made for everyone
And love is a prize

So wake me up when it's all over
When I'm wiser and I'm older
All this time I was finding myself
And I didn't know I was lost

So wake me up when it's all over
When I'm wiser and I'm older
All this time I was finding myself
And I didn't know I was lost

I didn't know I was lost
I didn't know I was lost
I didn't know I was lost
I didn't know I was lost



Corta Tesão


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Palavras...






Morde-me com o querer-me que tens nos olhos
Despe-te em sonho ante o sonhares-me vendo-te,
Dá-te vária, dá sonhos de ti própria aos molhos
Ao teu pensar-me querendo-te…

Desfolha sonhos teus de dando-te variamente,
Ó perversa, sobre o êxtase da atenção
Que tu em sonhos dás-me… E o teu sonho de mim é quente

No teu olhar absorto ou em abstracção…


Possue-me-te, seja eu em ti meu espasmo e um rocio
De voluptuosos eus na tua coroa de rainha…
Meu amor será o sair de mim do teu ócio
E eu nunca serei teu, ó apenas-minha?

Fernando Pessoa

Do you want to be a billionaire?



Estudam para ter um bom emprego. Trabalham para conseguir um salário com 4 dígitos. Conseguem e dão os seus objectivos profissionais por atingidos. Cumprem o horário das 9:00 às 18:00, chegam à casa que compraram com ajuda do banco, pousam as chaves do carro familiar no aparador, onde estão as molduras com as fotos das últimas férias em Cabo Verde, sentam-se no sofá de pele, ligam o plasma, fazem um zapping pelos canais do cabo. Param num documentário sobre as grandes fortunas mundiais e acham que aquilo é uma realidade paralela. Esta é a linha que separa os audazes dos outros. Os audazes são aqueles que ousam arriscar, ousam ultrapassar os 4 dígitos no recibo de vencimento. São os que arriscam, que vivem "on the edge", que sonham alto, porque sabem que não há outra forma de sonhar senão bem alto. Porque afinal, tudo é possível. Dos 100 homens mais ricos do mundo, apenas 27 são herdeiros, a grande fatia é composta por "self made men", pessoas que constituíram a sua fortuna com base no trabalho e sorte - há sempre uma boa dose de sorte. Destes 73, 18 não têm formação superior, 36 são oriundos da classe média baixa e 8 deles não têm formação nem "paitrocínio". Se pensarmos que o dono da Zara é filho de um trabalhador dos caminhos de ferro, que o dono da Gucci vem de uma família de lenhadores ou o mentor da Oracle é órfão, é legítimo pensarmos que o primeiro milhão, aquele que fará multiplicar os peixes, está ao alcance de todos. Ou pelo menos daqueles que têm a coragem para "take enourmous risks"

(Gráfico retirado daqui. Ide e explorai este blog, talvez vos inspire a ser o próximo bilionário...) 

Indeed...


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Pronto? Sono Papa Francesco...



... é assim que o Papa Francisco começa os seus telefonemas. Não seria notícia se, estes não fossem para simples fiéis, pessoas que em momentos mais difíceis procuram conforto espiritual junto do lider da Igreja Católica. As notícias sobre os telefonemas do Papa Francisco multiplicam-se e, em quase todas, a história se repete: pessoas comuns que, atormentados por um problema escrevem ao Papa, este responde com um telefonema e uma palavra de conforto que, em muitos casos, acaba por mudar a vida de quem está do outro lado da linha. 
Ligou a Michele, irmão de Andrea um jovem de 36 assassinado, que na revolta da sua dor escreveu ao Papa dizendo que jamais perdoaria Deus; ligou também a D. Rosalva, la mamma  de Michele e Andrea para a confortar, pela perda do seu filho, ligou a uma senhora argentina, vítima de estupro ligou a um estudante de 19 anos, com quem falou durante 8 minutos, e que afirma ter sido o melhor dia da sua vida, ligou ainda a Ana. Ana é uma jovem mãe, divorciada que se envolveu com um homem casado acabando por engravidar. Sozinha, abandonada pelo amante, com um filho para criar e grávida de outro, decide abortar. Antes, porém escreve ao Papa a pedir perdão pelo acto que estava prestes a cometer. O Papa Francisco, comovido com a história liga a Ana, conforta-a. Ela expõe-lhe as suas dúvidas os seus medos, O Papa diz-lhe que o seu filho é uma parte de Deus, e que jamais se sentirá só. Ana diz-lhe temer que o seu filho não seja aceite, inclusive pela Igreja, pela condição dela de divorciada e mãe solteira, em resposta o Papa oferece-se como padrinho da criança. Anna mudou de ideias, vai ter o bebé cujo sexo ainda não sabe contudo, a resposta à pergunta como se chamará caso seja un bambino é pronta: Francesco ovviamente.

Sou católica por imposição cultural. Sou não praticante por não acreditar na instituição Igreja. Só vou a missas de funerais e casamentos. Detesto o padre da minha paróquia. Sou muito crítica da religião, acredito que foi uma das piores invenções do Homem. Desprezo algumas das teorias teológicas. Não sei se o Papa Francisco é santo e se está de facto mandatado por Deus para o representar. Sei que este senhor tem provado ser um ser humano excepcional, alguém que tem usado a sua influência para marcar e mudar a vida das pessoas, e isto é, em muitos casos, um milagre. 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

E tu, como chamas ao teu brinquedo??

VAGINA



PÉNIS


Oportunidade de emprego!!

O salário é bom e não implica muito stress, quanto a mim só tem 2 senãos é ser na China e o nome na profissão que é "punheteira"!

AQUI

vai uma pica?



Fui tomar a vacina do tétano, em atraso há alguns meses... Tenho o braço a doer-me "pa caraças" e caí na asneira de me queixar a uma amiga. Big mistake! Sem saber de onde vinha, vi-me enredada num tornado de argumentos sobre o perigo das vacinas (!) que me varreu o raciocínio lógico por breves momentos. Dizia-me ela, que eu não deveria ter tomado a vacina, e não é por causa da dor que lateja no meu braço e que, segundo a enfermeira pode durar dois dias, não, mas antes porque as vacinas são vírus que nos injectam, que fazem mais mal que bem, que desenvolvem novas estirpes de vírus, muitas vezes criadas em laboratório, que o nosso corpo é capaz de arranjar anticorpos naturalmente. Contou-me que não deu nenhuma vacina à sua filha e esta é uma adolescente saudável, com um cadastro clínico limpo, ao mesmo tempo que olhava para mim, cobaia da ciência, com um olhar de: se calhar é por isso que tu, e tal... Confesso que a determinada altura já esperava pela teoria de que as vacinas não são mais que um programa de controlo do governo americano que nos injecta um chip para ter acesso aos nossos pensamentos. Oh! Porra agora que passo a mão pelo meu braço sinto um alto, deve ser o chip....


( Agora a sério. Sou uma papa vacinas, é verdade. Tomo todas as vacinas recomendadas. Todos os anos tomo a vacina da gripe, porque o meu médico assim aconselha e, a verdade é que já não me recordo da última vez que fiquei de cama com gripe. Nunca perdi tempo a pensar em teorias deste género que, para mim e com todo o respeito por quem as tem, são puras imbecilidades. A vacina foi uma das maiores invenções da ciência. Previne milhões de mortes e o único senão é o não chegar a todo o planeta de forma mais igualitária. Há interesses económicos no valor de muitos PIB's nacionais em jogo? claro que há mas, importa não confundir o pé com a bola e, a utilidade das vacinas é um facto inquestionável.
Cada um gere a sua saúde como melhor entende, e cada um deve ser livre de escolher ser ou não vacinado mas, assusta-me pensar que há pais que privam os seus filhos deste cuidado, deixando-os mais vulneráveis a maleitas perigosas que podem deixar sequelas graves ou, mesmo, e em determinados casos, serem mortais. Porque, no azar de ter um azar, vai ficar sempre a culpa de, "eu podia ter evitado isto"!)

Músicas que mexem comigo#65

Coldplay
The Scientist


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

uncover me...




Just because
people love your mind,
doesn't mean they
have to have
your body,
too.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O que é que eu tenho a ver com isso?








Por estes dias tive uma acesa discussão com um colega francês que se insurgiu contra a decisão do seu Presidente, François Hollande, de participar no ataque ao regime sírio, por forma a evitar mais massacres. O seu argumento dele era: o que é que eu, cidadão francês, tenho a ver com o que se passa na Síria? Porque é que o meu governo há-de gastar meios próprios para defender o povo Sírio?
A pergunta seria legítima se tivéssemos uma organização internacional que pugnasse pelo cumprimento dos mais fundamentais direitos humanos, que fiscalizasse e punisse regimes opressores, que defendesse a vida humana acima de qualquer interesse nacional. Ao invés temos uma ONU que mais não é que uma encenação do que deveria ser. É um poleiro onde cantam muitos galos, uma máquina burocrática que não previne, não evita, não protege, apenas sanciona e limpa estragos.
Concordo quando dizem que não cabe à NATO o papel de polícia do mundo. Concordo com os argumentos que passamos uma imagem imperialista ao querer resolver conflitos que nos são alheios. Mas, será que nos são mesmo alheios? Será que podemos ficar indiferentes às imagens que nos chegam, de crianças assassinadas, de famílias desfeitas, do desespero dos nossos semelhantes, de um povo massacrado, dos refugiados privados da sua vida? Seremos humanos se simplesmente ignorarmos e assobiarmos para o lado? Serão as fronteiras de um país mais importantes que vidas humanas? Não valerá a vida de um sírio tanto como a vida de um francês? Este povo está a ser massacrado apenas porque ousou sonhar.

Quando olho para estas imagens a minha resposta é só uma: tenho tudo a ver com isso!