Ontem, e após vários meses de espera ansiosa, fomos ao concerto da Marisa Monte ao Coliseu do Porto. Sala mítica, intimista, uma das cantoras brasileiras preferidas, as expectativas eram altas apesar de não estar muito familiarizada com este álbum (passei os últimos dois dias a ouvir em loop, no You Tube, alguns dos temas para não fazer má figura). A cenografia, pensada por artistas brasileiros contemporâneos era muito interessante, a banda, composta essencialmente por instrumentos de cordas, estava harmoniosa, a voz dengosa da Marisa no ponto certo e as letras, poemas fantásticos que nos transportam para a nossa realidade, pareciam os ingredientes suficientes para um excelente concerto. Mas, faltou ali algo. A Marisa é uma intérprete primorosa, uma excelente compositora mas não é um animal de palco. Faltou a ligação com o público, a interacção, aquilo que para mim faz toda a diferença entre um bom concerto e um grande concerto. Não sou grande fã de coreografias e produções hollywoodescas nos concertos (daí não ter gostado por aí além de Madona) o que gosto mesmo é da comunhão entre músicos, música e público. Ontem faltou essa comunhão. Não deixaram de ser duas horas bem passadas e, apesar da desilusão, não me fez gostar menos de Marisa. Talvez um dia lhe dê uma segunda oportunidade.
(As horas que se seguiram foram também muito interessantes... uma francesinha fora de horas - do melhor que há, uma noite de lua cheia com uma temperatura agradável e o ambiente descontraído da Galeria de Paris e muitas gargalhadas entre amigas porque, às vezes, a vida é simples...)
2 comentários:
A Marisa até esteve bem quem teve pior foi o público meloso... por momentos até pensei k iamos ser expulsas da sala...
ainda não me conformei não ter havido um encore do "depois"...
Sem falar "era obvio".
Eu digo-te já o que faltou...uma cadeirinha e um lugar mais próximo do local onde tudo acontece.
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