terça-feira, 2 de outubro de 2012

A propósito da comemoração do ano do Brasil em Portugal e do ano de Portugal no Brasil...




Esta conice dos países irmãos enerva-me pá déu déu, cara! Já o Lula o dizia, e a Dilma mantém o discurso de que o Brasil fará tudo para ajudar o seu país irmão. É irmão para aqui, irmão para ali cheios de boa vontadinha e de palavras amigas mas, agir que é bom não é cá com eles. A única ajuda que a Dilma ofereceu foi ao Sócrates, ao oferecer-lhe um emprego, o que não mostra grande sentido patriótico em relação a Portugal.

E vocês perguntam: o Brasil tem obrigação de nos ajudar?
Não, não tem. Mas, em vez de andar a prometer calavam-se. Diziam, meus amigos tenham lá paciência mas, vocês chegaram aqui, chacinaram os nossos índios, trouxeram-nos os africanos, levaram o nosso ouro, beberam o nosso café, obrigaram-nos a ir à missa e a falar português e ainda tivemos que levar com a vossa pior linhagem de reis aqui foragidos. Temos pena mas, agora que nós estamos bem e vocês na pior, nós não vos ajudamos. Si virem!
 E pronto, arrumava-se a questão. Não andávamos aqui nós de mão estendida a engolir esta merda do vamos ajudar, sem ver qualquer acto de boa vontade, (e, bastava levar o Militão até ao Relvas que já ajudavam muito...). 
Atentemos no caso da TAP, embora eu seja uma ignorante (segundo o Dr. António Borges), parece-me que era um negócio bom para os brasileiros. Desde a falência da Varig que o Brasil não tem uma companhia de dimensão mundial. É a TAP que assegura a maior parte dos voos do Brasil para a Europa. É uma empresa que é já usada e reconhecida pelos brasileiros. Estratégica e geograficamente, Portugal é uma base importante na Europa. Era portanto um negócio vantajoso para o país irmão. Alguém os viu a chegarem-se à frente?? Então onde é que está essa vontade toda em ajudar? É que ajudar pressupõe mais que colocar o Martinho da Vila, o Ney Matogrosso ou o Zeca Baleiro a cantar no Terreiro do Paço.

Os brasileiros que lêem este blog que me perdoem, eu adoro o vosso povo, a vossa cultura, a vossa maneira de levar a vida mas a verdade é que a minha postura com os vossos conterrâneos é sempre de pé atrás. É como dizem nas vindimas, é muita parra e pouca uva....

5 comentários:

Luiz Eduardo disse...
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Sílvia disse...

O CEO da TAP é brasileiro... Pode ser essa a ajuda do Brasil a Portugal, sei lá, ele pode estar lá de graça, ou então nós cá somos uma cambada de burros que temos que importar CEOs!!

Já os antigos diziam, somos todos irmãos, mas cada um come em sua casa!!

Daniel disse...

Supostamente quem está melhor colocado para comprar a TAP é o brasileiro-colombiano German Efromovich através da sua Holding, já é uma ajudinha... Não o irá fazer certamente por caridade mas por lhe parecer um negócio interessante, apesar dos últimos resultados da TAP serem maus.

Tem feito mais o Brasil por empresas, produtos e profissionais portugueses do que o próprio país faz.

Não basta estender a mão, tem que se fazer por isso, eles já têm muita gente a pedir, não precisam de mais.

Já agora, gosto bastante do vosso blog.

MisS disse...

Edu,

Quem bom ver-te regressar em força! Eu não disse que a TA é a única companhia mas, é das mais utilizadas pelos brasileiros para virem para a Europa. Além disso nós não precisamos que nos assumam. Somos país há quase 900 anos e sempre ultrapassamos a nossas crises, com maior ou menor dificuldade, tal como iremos ultrapassar esta.

Silvia,

Quem me dera a mim, e talvez a ti, ganhar tão pouco quanto do CEO da TAP...

Daniel,

Seja bem vindo! Sim de facto o mais certo é sermos comprados por um brasileiro mas, com interesses columbianos, é um empresário com visão é o que é. Quanto ao Brasil, eu não acho que eles tenham de nos ajudar, o que não é necessário é estarem sempre a apregoar que vão ajudar e ninguém os vê a fazer nada. A mim sempre me ensinaram a não apregoar o que se dá, eles apregoam sem dar.

Luiz Eduardo disse...
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