domingo, 31 de março de 2013

Painting & Poetry IX



Andrew Wyeth 


O que há em mim é sobretudo cansaço — 
Não disto nem daquilo, 
Nem sequer de tudo ou de nada: 
Cansaço assim mesmo, ele mesmo, 
Cansaço. 

A subtileza das sensações inúteis, 
As paixões violentas por coisa nenhuma, 
Os amores intensos por o suposto em alguém, 
Essas coisas todas — 
Essas e o que falta nelas eternamente —; 
Tudo isso faz um cansaço, 
Este cansaço, 
Cansaço. 

Há sem dúvida quem ame o infinito, 
Há sem dúvida quem deseje o impossível, 
Há sem dúvida quem não queira nada — 
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: 
Porque eu amo infinitamente o finito, 
Porque eu desejo impossivelmente o possível, 
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, 
Ou até se não puder ser... 

E o resultado? 
Para eles a vida vivida ou sonhada, 
Para eles o sonho sonhado ou vivido, 
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... 
Para mim só um grande, um profundo, 
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, 
Um supremíssimo cansaço, 
Íssimno, íssimo, íssimo, 
Cansaço...

Álvaro de Campos

Fly me to the moon...


Tumblr_mkj8c307a11raqohso1_400_large


Queria morar na lua. Queria morar onde não há a gravidade. Onde a força da realidade não nos arrastasse para o chão. Queria viver lá, onde não existem pés na terra, onde os sonhos são nuvens brancas que atravessamos em voo livre. Onde o chão está distante, assim como o nunca. Onde não há quedas, apenas cambalhotas, rodopios e piruetas. Onde a sombra morre e dá lugar ao brilho prometedor das estrelas.
Queria...


O mais importante é o AMOR


Páscoa lá em casa...

 
Ovos cozidos (que detesto)

 
Amêndoas de chocolate (que amo)


Em tudo na vida há dois lados, o bom e o mal, o positivo e o negativo...
e vence aquele que mais alimentares... eu alimemto sempre o positivo!!!

Boa Páscoa 2013

Terá o amor que ser trágico para ser belo?

My wife Jennifer was diagnosed with breast cancer just 5 months after our wedding and 4 years later she passed. Hoping to show people what day to day life with cancer is like I photographed our life.

My wife Jennifer was diagnosed with breast cancer just 5 months after our wedding and 4 years later she passed. Hoping to show people what day to day life with cancer is like I photographed our life.

My wife Jennifer was diagnosed with breast cancer just 5 months after our wedding and 4 years later she passed. Hoping to show people what day to day life with cancer is like I photographed our life.

Squarespace (7 of 30).jpg

Squarespace (17 of 30).jpg

Squarespace (21 of 30).jpg
Fotos by Angelo Merendino


Poderia ser apenas mais uma história de amor. Uma história simples de duas pessoas que se apaixonam e lutam para viver esse amor. Mas, a história de Angelo e Jen não é uma história simples, não é uma história fácil, não é uma história com um final feliz. É contudo uma bela história, onde a sombra do cancro não apagou a luz do amor. Neste blog está documentada toda a batalha que este casal travou contra o cancro da mama diagnosticado a Jen, um monstro que a foi consumindo aos poucos, até ao derradeiro suspiro. Deixo-vos com um trecho da sua história, tentem não chorar... 
"The first time I saw Jennifer I knew. I knew she was the one. I knew, just like my dad when he sang to his sisters in the winter of 1951 after meeting my mom for the first time, “I found her.”
A month later Jen got a job in Manhattan and left Cleveland. I would go to the city – to see my brother, but really wanting to see Jen. At every visit my heart would scream at my brain, “tell her!!” but I couldn’t work up the courage to tell Jen that I couldn’t live without her. My heart finally prevailed and, like a schoolboy, I told Jen “I have a crush on you.” To the relief of my pounding heart, Jen’s beautiful eyes lit up and she said “Me too!”
Six months later I packed up my belongings and flew to New York with an engagement ring burning a hole in my pocket. That night, at our favorite Italian restaurant, I got down on my knee and asked Jen to marry me. Less than a year later we were married in Central Park, surrounded by our family and friends. Later that night, we danced our first dance as husband and wife, serenaded by my dad and his accordion – ♫ “I’m in the mood for love…”♫
Five months later Jen was diagnosed with breast cancer. I remember the exact moment…Jen’s voice and the numb feeling that enveloped me. That feeling has never left. I’ll also never forget how we looked into each other’s eyes and held each other’s hands. “We are together, we’ll be ok.”
With each challenge we grew closer. Words became less important. One night Jen had just been admitted to the hospital, her pain was out of control. She grabbed my arm, her eyes watering, “You have to look in my eyes, that’s the only way I can handle this pain.” We loved each other with every bit of our souls.
Jen taught me to love, to listen, to give and to believe in others and myself. I’ve never been as happy as I was during this time.
(...)
My photographs show this daily life. They humanize the face of cancer, on the face of my wife. They show the challenge, difficulty, fear, sadness and loneliness that we faced, that Jennifer faced, as she battled this disease. Most important of all, they show our Love.  These photographs do not define us, but they are us.
Cancer is in the news daily, and maybe, through these photographs, the next time a cancer patient is asked how he or she is doing, along with listening, the answer will be met with more knowledge, empathy, deeper understanding, sincere caring and heartfelt concern."

“Love every morsel of the people in your life.” – Jennifer Merendino




sábado, 30 de março de 2013

Há gajas com muita sorte...




Quando pensamos em emprego de sonho, pensamos em dinheiro, em realização, pensamos em astronautas e heróis. Esta jovem pensa no emprego dela. Kathleen Kruge é adjunta no Bayern e será adjunta de Pep Guardiola na próxima época. E convenhamos, ter um chefe deste calibre dá vontade de trabalhar sete dias por semana. É preciso dar horas extra? com certeza chefe, disponha sempre! Chefe, não acha melhor reunirmos mais logo para discutir a táctica? Precisa de mais alguma coisa chefe? Posso ser-lhe útil de alguma forma chefe?...


Corta Tesão


Go for it! moment...


Tumblr_mk9x1wikdd1rjtigto1_500_large

(Claro que também pode dar-se o caso de ser apenas um sinal vago...
... para publicidade...)

sexta-feira, 29 de março de 2013

Quando os grandes são gigantes...


Eu sei que agora fica bem dizer que somos todos madridistas por causa do Mourinho e do Ronaldo e do Pepe e lá do outro caxineiro, e porque somos nacionalistas and so on. Mas, e mais uma vez, remo contra a maré. Em Espanha sou Barça, sempre fui Barça. E não tem nada a ver com com falta de nacionalismo ou não gostar do Mourinho (oh! se gosto... como gostaria...) ou do Pepe, ou do Ronaldo ou do caxineiro (embora não goste deste nem com fios de ovos). Nem sequer tem a ver com o facto de gostar mais de Barcelona que de Madrid (que me encanta, mesmo assim). Gosto do clube pela mística que encerra, pela filosofia que professa, pelo lugar que impõe e reclama, mesmo longe da capital, pela paixão dos adeptos, pelo espírito de equipa, por me recordar o meu FCP, por isto:




Porque é nestas alturas que se distinguem os grandes dos gigantes...

Sexta-feira santa...



já fiz jejum neste dia... mas hoje escolho não o fazer!
farei outro sacrifício... talvez logo à noite não olhe com luxúria para o sexo masculino... talvez!

Músicas que mexem comigo#49


Jeff Buckley

Hallelujah



Acho que esta não preciso explicar o porquê...

yesterday was like this...




and... ... I need a bigger break... 

quinta-feira, 28 de março de 2013

Isto é muito Amor...




Tenho na mesinha de cabeceira 6 livros (que vou lendo)... 4 dos quais têm a palavra, Amor no título!
 
O monte dos vendavais (já comecei a ler este livro duas vezes, a primeira foi há muitos anos atrás, e no final do verão passado comprei-o baratinho... tenho 100 páginas lidas... parei para ler a trilogia de Grey... sim, eu troquei amor por sexo!)
 
Escravos do Amor (recomendado pela mana... muito sexo, achei melhor esperar)
 
O Amor nos tempos de cólera (li 70 páginas há muito tempo, parei... qualquer dia retomo)

O Grande Gatsby (da mana, li 7 páginas, encostei às boxs)
Ao encontro do nosso amor (da biblioteca, diz a crítica tratar-se do novo Nicholas Sparks...)

Sputnik, meu Amor (da biblioteca, lido no último fim de semana, gostei tanto que trouxe mais dois do Haruki, o After Dark Os Passageiros da Noite, para ler mais logo na viagem de comboio e o Crónica do Pássaro de Corda)...
 
 

"Amour"

 
Ontem fui ver o "Amor" numa sessão do Cineclube cá da terrinha. A sala estava composta, geralmente está às moscas. Tinha combinado com um colega mas ele atrasou-se e não veio. Fiquei numa fila sozinha. Passei mais de metade do filme assim, com a lágrima no olho. Ao mesmo tempo que via o filme, passava-me tanta coisa pela cabeça, que desespero. Sai de lá com um aperto. Foda-se, sabia que o filme era bom, mas não estava à espera de tanto... Cheguei a casa, comecei a fazer a mala. Fiquei apática. Entretanto liga-me o mesmo colega e ainda fomos dar uma volta a pé, já passava da meia-noite... Ele é um grande amigo, daquele outro que agora não interessa nada, temos saído muitas vezes, ele fala da sua problemática relação "amorosa" e o mais engraçado disto tudo é que os conselheiros sentimentais dele, sou eu e o outro... mas quem somos nós para lhe dar conselhos?
 
Em relação ao filme. Vejam, está lá tudo!

Bom Português...

Ontem numa reunião de trabalho eu conversava com um cliente acerca dos produtos que a empresa onde trabalho disponibiliza, fiz a devida apresentação, falei naqueles pormenores chatos de preços, condições de pagamentos, etc, até que o cliente me pergunta qual a origem de um produto em particular, pois sabia que em Portugal não há produção desse artigo e para a empresa dele é importante saber a proveniência da matéria-prima para respeitar algumas normas comunitárias. Eu de imediato lhe respondi que a maioria dos nossos produtos são provenientes da Turquia inclusive aquele em que ele se mostrava interessado, ao que ele me diz "é da Turquia então é turquês?" Eu, tentando esconder a vontade de rir e confesso na dúvida se ele falava a serio ou estava a brincar, respondi, " Sim esse artigo em concreto é turco", ao que ele contra-ataca e de uma forma que me tirou todas as dúvidas " Não, não, então se é da Turquia é turquês, eu sou de Portugal e sou português!!" Posto isto eu vesti a minha capa de profissional eficiente  controlei a minha imensa vontade de rir e querendo fechar o negócio a todo o custo, concordei com o senhor e disse sim é turquês, e desculpei-me dizendo que ainda não havia tomado o meu café matinal, logo os meus neurónias ainda não estavam a 100%!!!!!

quarta-feira, 27 de março de 2013

mais do mesmo...



eu já devia saber isto... mas pronto, sou uma eterna sonhadora...

Expectations...


 
a partir de agora vai ser sempre assim...
 
 
(por isso, dá mas não esperes receber... ok? vai lá de fim de semana descansada e não penses mais nisso!)

it's a mona thing... you wouldn't understand IV

 
Só eu!
 
 (e ás vezes, ainda consigo ser a minha pior inimiga...)

it's a mona thing... you wouldn't understand III


e são poucos os que entram... efectivamente.
 

 

Coisas a la Mona...

 
Alguém viu aquela reportagem da Tvi, "Sexo dos Anjos"?
 
 
Eu vi até à cena em que a outra queria aumentar as mamas... depois mudei de canal, para a minha Good Wife (eu bem tento ver as notícias, mas não consigo), e sinceramente estava à espera de outra coisa... outra abordagem ao tema!
Mas o pior (para mim) do que vi, foi mesmo o grupo de pitas de 17 anos, a arranjarem-se numa sexta à noite (de Inverno não de Verão) com grandes decotes,  grandes saltos e "mini jupes" e rematam com um, "sabemos das roupas provocantes que temos vestidas" e ainda "que frio, uma mulher sofre"...
 
Pois, geralmente não dou grande importância ao que os outros usam, e porque também eu já fui adolescente e  porque também eu sou alvo de "algumas" criticas (a começar logo pela minha mãe), mas no geral "estou-me a cagar" para as opiniões dos outros, não gosto de ver clones e não gosto de ver certos excessos... gosto de estilo e uma certa classe!
 
Com isto, lembrei-me de um episódio caricato, agora a gente ri-se mas na altura, eu apenas disse o que toda a gente pensou... foi num verão, já distante, jantamos em casa da R. e do J.N. e tinhamos como planos ir à puteca (leia-se discoteca)... e a "Lopes", prima da R. estava vestida à Verão, normal, nada contra, top sem costas branco, e uns mini- mini shorts tb branco... como a R. estava em casa a receber no final, foi-se arranjar para sair, ao que eu perguntei...
 
"E tu Lopes, não te vais arranjar?"
 
Lopes: "Não, eu vou assim!"
 
"Desculpa! Não, não vais. Comigo não vais de certeza! Vais a casa mudar de roupa, que eu não vou contigo assim pa discoteca!"
 
Ela foi e vestiu... uma calças (brancas), mas se fosse hoje, acho que não teria dito nada... teria feito o que todos fizeram... pensaram, mas nada disseram! Anda tudo louco, é o que é!!!
 
 

Pausa...




Amanhã vou pisgar-me. Vou fazer gazeta, tirar o dia, esquecer o monte de brócolos que repousa em cima da minha secretária (e o PEC que paguei hoje ao Gaspar ..) e regressar a um sítio onde fui muito feliz. Vou subir o Quebra Costas, cumprimentar o Sr. João, olhar com saudades para as escadas da Sé. Vou sorrir ao passar na minha alegre casinha. Dizer olá aos meninos do orfanato, meus ex-vizinhos da frente, que passavam o dia à janela, à espera de me apanhar desprevenida, e então soltar um "ela está em cuecas!" que ecoava pela rua toda e animava as hostes. Vou subir à Universidade e contemplar a Cabra ( o que eu gosto da Cabra). Vou descer as monumentais, suspirar e relembrar as noites passadas no Buraco que depois virou Pink (com tudo o que isso acarreta de negativo no panorama musical). Vou ver o ambiente nas Amarelas, comer uma tosta de frango ao Tropical, passar pelo Jardim da Associação para ver se a buganvília já está em flor. Vou descer a Avenida, entrar no mercado e cumprimentar a D. Maria que me vendia a fruta e os legumes fresquinhos.  Vou à Igreja de Santa Cruz, um dos meus refúgios de eleição, vou perder-me no labirinto que é a baixinha. Vou à Briosa comer um Tentúgal, talvez uma queijadinha. Vou sentar-me junto ao Mondego a ler, a respirar Coimbra, a respirar saudade...

Da minha MisS...

"Oh Mona eu espero por ti o tempo que for necessário..."

Amanha vou apanhá-la em Coimbra, no Intercidades, e agora só me lembro disto...

"Everything will be all right in the end..."

 
  

 Recentemente vi este filme, tenho por hábito ver filmes em viagens... assim, chego sempre ao destino sem dar conta e geralmente um pouco mais enriquecida!  Nas minhas viagens mensais de comboio geralmente vejo dois... mas este, "The Best Exotic Marigold Hotel" , foi no avião, na viagem de ida para o Rio, (onde aliás vi três)... na altura, lembro-me de ter pensado "isto não pode ser por acaso"... sempre tive dois destinos como tidos em grande, grande consideração, um deles era o Brasil e o outro a India, um deles era a "virada do ano em Copacabana" o outro é o Holi, que este ano começa, hoje! (e se o primeiro já foi cumprido, o segundo também o há-de ser, só não vai ser este ano...)  
 

"Everything will be all right in the end... if it's not all right then it's not yet the end."
 The Best Exotic Marigold Hotel


P.S. Em 2014, o Holi é no 17 de março (segunda-feira)...
       Em 2015, o Holi é no 6 de Março (sexta-feira)...
      Em 2016, o Holi é no 23 de Março (quarta-feira)...
      and so on...
 
 

Estou num dilema...

Imagem daqui.


Não sei se assista ou não à entrevista (e posteriormente ao programa) do Sócrates. Se por um lado já não vejo reality shows desde a segunda edição do Big Brother. Se estou profundamente revoltada com a RTP e a editoria de informação. Se a minha vontade era nunca mais sintonizar esta televisão e recusar pagar a taxa de audiovisual que sustenta aquele desvario que é o canal público. Se sei que vou ter um acesso de raiva e azia, que vou praguejar e ter vontade de pontapear alguém. Por outro tenho uma curiosidade mórbida em saber o que é que aquele fdp tem para dizer. Um gajo que em tempos teve o descaramento de vir a público anunciar que baixou a taxa Euribor, um gajo que ajudou a roubar o país de forma irremediável e que beneficiou com esse assalto, um gajo que tem a lata de viver à grande e à francesa na cidade luz mesmo sem bens declarados que permitam tal estilo de vida.
Gostava que houvesse um rasgo de coragem no jornalismo português e o entrevistador tivesse as bolas para fazer estas perguntas ao sujeito mas, cheira-me a discurso de início de campanha...


"And every demon wants his pound of flesh"...

 
" 'Cause looking for heaven, found the devil in me
Looking for heaven, found the devil in me
But what the hell
I'm gonna let it happen to me..."
 
(shake it out - florence and the machine)
 

Coisas da Mona XXXVIII

 
 
e às vezes de ti!
e às vezes de mim...
 
(mas depois passa.
porque espero demais, dos outros, de ti, de mim, de nós...)

Resquícios de Lx, alguns minutos de estupefacção, mas que caralho é isto?

 


 
Lisboa, 16 de março 2013
 
Comentário da Miss Smile,
"Isto sim é Arte!"
 
Comentário da Mona,
"Isto é um anão, sem membros num fato mecânico?"
...
"Tira fotos MisS, tira fotos!"
 
Comentário da Gija,
"Vocês vão ficar aí a tarde toda adorar o santinho?!"
 
 


Páscoa

Crenças á parte, gosto do ambiente que se vive na semana antes da Páscoa.

Gosto de ver as pessoas (munidas dos mais diversos apetrechos e equipamentos) a limpar os muros, os passeios, a arranjar os jardins, a pintar as casas, a lavar as janelas, etc, etc...

Gosto de ver os cortinados a secar, os tapetes nas varandas, os edredons nos estendais!

Este ano por causa desta chuva que não nos larga, não vejo nada disto e por isso não me parece Páscoa!

Nem o pote das amendoas de chocolate que coloquei na mesa da cozinha me anima.

Espero por melhores dias e espero que pelo menos no Domingo o S. Pedro seja amigo e permita que Cristo venha ás nossas casas, sendo quase certo que não vai passar por ruas aprimoradas como em anos anteriores.


Coisas da Mona XXXVII

 
 Mas afinal porque te quero?

Favores em Cadeia...

Há duas semana atrás pedi um roteiro a um "Sacana" de alguns spots a conhecer em Lx, ele simpático deu as suas preferências e nós agradecemos! Amei o bolo de chocolate do noobai...  (fica aqui o agradecimento sincero, porque ainda ontem me perguntaram, já agradeceste ao Garcia?) 
E ontem, chegou a minha vez de retribuir, não com ele, mas com um colega que por estes dias vai conhecer Guimarães... e muitas vezes é assim, pedimos um favor e depois retribuimos com outro favor a alguém!
E, realmente de tanta coisa que poderia ter sugerido, dei as minhas preferências, o melhor sítio para comer uma francesinha especial, a melhor vista, a melhor esplanada, a melhor pastelaria, o melhor restaurante (na versão cara e barata)... o melhor, na minha opinião e gosto! Não um Guia Michelin mas um Guia a la Mona, que basicamente se resume, a comer!!!!

Pequenos (grandes) erros!!

Eu sou fã de tatuagens, não aquelas tatuagens exageradas mas pequenos apontamentos com significado e em  locais mais ou menos discretos eu confesso que gosto, tanto que tenho uma e em breve irei fazer outra ou outras ainda não me decidi. Mas fazer uma tatuagem para mim implica pensar bastante no que quero, pesquisar, fazer simulações, recolher uma ou outra opinião  se bem que no final a decisão é totalmente minha independentemente das opiniões,  enfim é um processo longo e ponderado como quase tudo na minha vida. E lembrei-me disto porque á dias uma amiga minha fez uma pequena tatuagem no pé com uma frase em Inglês e por um lapso deu a frase ao tatuador com um erro ortográfico  nada de mais apenas uma letra a mais numa determinada palavra, a qual eu lhe disse que quase ninguém iria detectar, o que de facto se tem confirmado. No entanto hoje enquanto passava os olhos pelo FB e via como anda o mundo vejo isto, e penso, isto sim é um erro em grande e acho que muitos irão reparar, (ou pelo menos assim espero)!!!!!


Sometimes, all we need is a pirate to cut off the anchors...

Tumblr_mi8e6rnj4h1s29t61o1_500_large


terça-feira, 26 de março de 2013

Quero!

Fame is a fake friend...


Há determinados assuntos que ultrapassam a minha capacidade cognitiva. Um deles é a fantasia acalentada por muitos (demasiados) de ser famoso. Ora, eu tenho um amigo famoso, daqueles que aparecem na capa de revistas, com direito a gordas e títulos sensacionalistas sobre a sua vida e a vida que lhe inventam. Esse meu amigo, que é famoso por força da sua actividade profissional, é casado com uma das meninas bonitas da televisão o que torna a sua vida ainda mais interessante para aquelas publicações de género merdoso. Acreditem não há nada glamorous nessa realidade (my point of view of course). Ter os jornalistas sempre a ligar para ter uma declaração, ver os amigos serem incomodados com perguntas, a família a ser "perseguida", estar descansado na piscina e dar com um paparazzo no meio do mato a tirar fotos,  ler as mentiras e parvoíces que comentam sobre a nossa vida, ser constantemente incomodado, apontado, por vezes insultado. E, tudo em troca de quê? De um convite para um evento croquete? uma mesa melhor num restaurante? uma entrada facilitada na discoteca? roupa e acessórios gratuitos? Para mim, que a liberdade não tem preço, é uma vida de loucos. Nunca tive muito respeito pelos nossos pseudo famosos porque sei, e com conhecimento de causa, que a maioria faz trinta por uma linha para ver o seu nome nas capas de revista e, assim manter a sua cotação em alta. Perdem o respeito por si e pelos seus para alimentar a fama que os sustenta. Quando falamos sobre isto, o meu amigo garante-me que não gosta da fama, que gosta mesmo é de estar assim com os amigos de sempre à volta da mesa, que ainda é a mesma pessoa que eu conheci há tantos anos atrás, o rapaz sardento de risco ao meio, calças mostarda e camisa xadrez, que vivia a picar-me, a contrariar-me e a tirar-me do sério só para me ver a disparatar em todas as direcções. E a verdade é que ao fim de uns shots eu reconheço-o, ele ainda lá está, coberto por uma capa dura que teve de construir para se proteger, para não ir abaixo com as opiniões dos outros, para sobreviver num mundo onde não há paz. Mas, e ao fim de tantos anos, continuamos a discordar, eu sei que ele gosta da fama e, o que para mim é um preço altíssimo (eu não admito perguntas/conversas sobre a minha vida ou os meus passos) para ele é uma questão menor, contanto que continue a ser alvo das atenções, mesmo que pelas piores razões...


Celebrar o Amor


De 15 a 26 de Maio realiza-se o mítico festival de cinema de Cannes e este ano o poster escolhido para promover o festival é este aqui. A foto é uma imagem do filme A New Kind of Love de 1963 e cujos protagonistas foram Joanne Woodward e o falecido Paul Newman. Segundo a organização do festival esta imagem foi escolhida pois pretendem prestar homenagem ao excelente actor que foi Paul Newman e á inegável e explicita admiração e também amor que Paul dedicou á sua esposa, actriz e co-protagonista preferida, homenageando assim o amor que uniu estes dois actores que foram casados por 50 anos, casamento que terminou apenas com a morte de actor em 2008.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Definição de homem ideal...

 ... por Kátia Aveiro, esse protótipo de perfeição...


“O homem perfeito é aquele que leva a mulher a passear. Que vai buscá-la num carro topo de gama para um jantar romântico... e que pelo caminho muda de ideias e decide apanhar o avião para jantar em Veneza. (…) O homem perfeito é aquele que se deita cheiroso, acorda cheiroso e que, mesmo depois de ir embora, ainda sentes o perfume dele no ar. (…) Tem que ser ocupado, ativo, com pouco tempo disponível, para que todos os encontros sejam sempre intensos. Homem perfeito não fala de problemas, mas resolve os teus problemas. Homem perfeito só tem que te ligar para te convidar para um jantar romântico, para te levar a viajar e não para falar sobre coisas sem interesse (…) Tem que ser independente, ter casa de praia e de campo, tratar-te como uma rainha. Porque, afinal, meninas, o amor e uma cabana não existem... Abram os olhos!...”

Havia aqui tanto a dizer que nem sei por onde começar... Fico-me pela constatação de que tiras a mulher da lama mas não tiras a lama da mulher... 

(e eu que achava que era exigente...)

Fossem todas assim...





Recebo esta factura. Olho e não acredito no que vejo. Esfrego os olhos, volto a olhar. Sim, vi bem. São seis cêntimos! Gastaram papel, toner, e 0,32€ no selo do envio para cobrarem seis! cêntimos! (que na realidade são só cinco já que um é para o Gaspar)... E ainda tiveram a amabilidade de enviarem junto uma carta onde afirmam estar "receptivos a acordar um plano de pagamentos compatível com o nosso esforço financeiro"... Estou tentada a pedir 6 meses sem juros...


Que importa...


6014259220_9e2b25445b_z_large
As magnólias estão em flor...


... que chova lá fora, que esteja vento, frio e a trovejar. É Primavera! E a Primavera é também um estado de espírito...



domingo, 24 de março de 2013

Painting & Poetry VIII


Edgar Degas



És música e a música ouves triste? 

Doçura atrai doçura e alegria: 
porque amas o que a teu prazer resiste, 
ou tens prazer só na melancolia? 
se a concórdia dos sons bem afinados, 
por casados, ofende o teu ouvido, 
são-te branda censura, em ti calcados, 
porque de ti deviam ter nascido. 
Vê que uma corda a outra casa bem 
e ambas se fazem mútuo ordenamento, 
como marido e filho e feliz mãe 
que, todos num, cantam de encantamento: 
    É canção sem palavras, vária e em 
    uníssono: "só não serás ninguém". 


William Shakespeare

E ainda dizem que não se aprende nada na cadeia...




#1Frank Sinatra
#2 Elvis Presley
#3 Johnny Cash
#4 Jimi Hendrix
#5 Jim Morrinson
#6 David Bowie 
#7 Mick Jagger
#8   Janis Joplin
#9 Kurt Cobain

(A hora do pátio, numa qualquer prisão povoada com estes talentos devia ser qualquer coisa... )

Monissimas e seus afilhados

Hoje, Domingo de Ramos dia das madrinhas as Monissimas começaram o dia a tomar o pequeno-almoço com os respectivos afilhados, Eu, Miss Smile e MisS juntamente com os homens das nossas vidas o pequeno Rafa, o JP e o A., e claro a pequena C que não sendo afilhada de nenhuma de nós é a nossa mini Monissima. Foi uma reunião bastante confusa e barulhenta mas fica mais um momento de partilha e boas memórias, e em que a pequena C aprendeu uma lição para a vida, pois quando reclamou comigo que o meu afilhado Rafa não lhe prestava atenção pois estava a brincar com os outros meninos e com os carrinhos eu, de imediato lhe disse que ela precisava de saber desde já que os homens quando estão a falar de carros ou de futebol sempre ignoram as mulheres!!


Da esquerda para a direita, a C.; o A, o JP e o Rafa

sábado, 23 de março de 2013

Há dias em que adoro a minha realidade...


Numa reunião com um figurão da politica, debatia-se uma medida populista mas de utilidade questionável. Depois de algumas horas de discussão a esgrimir  argumentos e, perante a inflexibilidade bacoca do político, sai o seguinte desabafo ao meu colega:

- Sabe senhor presidente, nas sociedades ocidentais as classes operárias divertem-se a jogar à bola, os quadros intermédios a jogar ténis e os superiores a jogar golfe. Sabe o que é que isto significa?

O homem olha-o com um misto de interrogação e receio.

- Quanto maior a responsabilidade mais pequenas são as bolas. É esse o seu problema.

(Ouvir isto numa reunião politica, ver o homem a prestes a explodir de raiva, os sorrisos na cara de todos os presentes, a satisfação do meu colega pelo desabafo, consigo até abstrair-me do sacrifício de ter de me levantar cedo a um sábado de manhã...)




Deprimi...


Tumblr_mfed92pzcm1rsfkxpo1_500_large


Liga-me uma amiga. Diz-me que precisa de mim. Pergunta-me quando é que nos podemos encontrar. Combino para daí a umas horas. Vem apanhar-me ao trabalho. Vamos para casa dela. Fechamo-nos no quarto para fugir aos ouvidos da empregada. Mostra-me um papel que escrevemos há 10 anos. Ainda estávamos na Universidade, partilhávamos casa. Ainda sonhávamos. No papel estava escrita a minha versão do que ela seria aos 30. Eu tenho, algures numa caixa, o papel que ela escreveu sobre mim. Na altura os 30 era algo de muito abstracto, uma etapa perto da meta. Achávamos que teríamos todo o tempo para cumprir uma série de desígnios. Hoje, e tendo já ultrapassado essa marca, vemos que estamos muito longe da meta. Não conquistamos ainda metade do que nos propusemos, demos uns passos à frente e a vida encarregou-se de nos obrigar a recuar outros. Os sonhos não são tão desmedidos, não estamos sequer certas de estar no caminho certo. Reconhecemos o lado positivo na consciência de ter ainda muitos capítulos para viver, não no tempo que a sociedade impõe mas, no nosso tempo, ao nosso ritmo. Não é o facto de a segurança que achávamos vir ter, a esta altura da vida, ter sido substituída pelo desconhecido, que nos atormenta. O que é insuportável é a indefinição. É que pior que não ter, é não saber o que se quer.
A minha amiga está numa situação difícil, pessoal e profissionalmente. Está perdida numa encruzilhada. Compreendo-a. O meu papel era animá-la, ouvi-la, tentar dar-lhe um bocadinho de luz de forma a guiá-la por entre o nevoeiro em que se encontra. Podia ter-lhe dito que vai tudo correr bem, que está nas mãos dela fazer o seu próprio caminho, que só ela pode construir a sua felicidade, que com força de vontade tudo se consegue mas, para isso basta ir ao mural do facebook.  Em vez disso deprimi com ela. Não estando eu em nenhuma encruzilhada, a verdade é que sinto-me tentada a seguir outros caminhos, a experimentar fazer outras coisas, a mudar de cidade, quem sabe de país. Sinto-me tentada a ignorar o juízo que sempre me travou e cometer uma loucura, embarcar numa aventura sem a preocupação de como vai acabar mas, apenas pelo imediato prazer do caminho. Acabamos a tarde a comer chocolate e a falar de Singapura, Londres, Canadá, Macau, Brasil... Para já, apenas combinamos uma noitada para amanhã mas, quem sabe...

sexta-feira, 22 de março de 2013

Caro Vítor Pereira...




Agora que consegui digerir os últimos resultados e, a uma distância que me permite uma reflexão mais organizada que um chorrilho de palavrões, gostava de te deixar umas palavras. Vítor, apesar do meu fraco pelo teu nome, nunca tu arrebataste a minha admiração. Respeito-te por teres assumido o leme a poucos dias do inicio da época e depois do ruivinho ter trocado a cadeira de sonho pelo sonho dos milhões. Caiu-te a equipa no colo, um pouco como ao Passos Coelho. Em situações normais e, com o vosso currículo, nem tu chegarias a treinador do FCP nem o Coelho a primeiro ministro. Apesar de todos estranharem a escolha, tiveste o nosso apoio. Fizeste uma época aceitável, cumpriste os mínimos. Fomos campeões. Na noite da consagração acenaste aos adeptos da varanda do Dragão, os mesmos adeptos que duvidaram das tuas capacidades. Aplaudiram-te, deram-te palmadinhas nas costas e parabenizaram-te. Sentiste-te um Deus!  Confesso que desejei que aquela noite, fosse também a noite da tua despedida. Seria um adeus preenchido. Tu sairias com o título de treinador campeão nacional que, de outra forma, nunca conseguirias, e a equipa continuaria a cumprir o seu destino agora com um treinador mais capaz, mais audaz, mais à Porto. Mas, caíste nas graças do velhote. Foste um capricho como a Carolina, a Fernanda e tantas outras que passaram pelo estaminé do tio Reinaldo e, de quem nunca se chegou a saber sequer o nome. Ganhaste galões. Exibias a faixa de campeão com uma arrogância que não te é natural. Mostravas nas conferências de imprensa um Victor que não coincide com a tua imagem. Fizeste três ou quatro jogos muito bons. Incutiste a esperança aos adeptos. A máquina estava quase oleada e dava ares de ser mortífera. Ganhaste a admiração mesmo dos mais cépticos que começavam finalmente a ver ali um treinador. Eu não me rendi. Infelizmente estava certa (às vezes detesto mesmo ter razão). No primeiro contratempo estatelaste-te no chão e deste de caras com a realidade: não és tu que és um bom treinador é a equipa que é boa. E quando a equipa sofre uma baixa de peso tu não sabes dar a volta à situação porque simplesmente não tens capacidade para isso. Ser treinador do FCP, em condições normais, não é complicado. Há uma estrutura montada que trabalha de forma irrepreensível  Temos dos melhores departamentos médicos do mundo, temos bons preparadores físicos, temos excelentes olheiros, temos até um conjunto de históricos do clube que trabalham perto dos jogadores e lhes incutem a religião FCP. O treinador só tem mesmo de pegar nos melhores 11 e colocá-los em campo. E, mesmo que não saiba quem são os 11 melhores é fácil, basta abrir os jornais e ver quem são os jogadores que os grandes clubes da Europa têm debaixo de olho. Simple as nutella! Mas não, tu quiseste dar uma de treinador, em mestre da táctica como uns e outros cavalos brancos que citam Pascal. Insistes no Varela, obrigando-nos a, semana após semana, insultar a mãe do rapaz (desde já apresento as minhas desculpas à senhora pelos impropérios que já lhe chamei) e levando-nos a desejar que ele parta um metatarso só para dar lugar a quem sabe de verdade.  Pões no banco jogadores que teriam lugar em algumas das maiores equipas mundiais enquanto assistimos, em campo a um motor que arranca mas não desenvolve. Justificas-te com a maior posse de bola mas, isso não dá pontos nem nos apaga a sede de vencer ou a azia de ver os mouros à nossa frente. Foi preciso sermos eliminados por um Málaga e estarmos a 4 pontos dos lampiões para todos constatarem o óbvio: não és um treinador à Porto. Já tens o visto de saída carimbado, resta-te acabar esta época com alguma dignidade ( e não falo daquele troféu menor que é a taça da liga). Ainda não atiramos a toalha ao chão, porque não é essa a nossa forma de ser. Já vencemos tempestades bem piores. Não dependemos de nós para chegar ao primeiro lugar, o nosso lugar mas, depende de nós lutar com garras e bafo de fogo até ao fim. São sete jornadas com jogos perfeitamente alcançáveis se não inventares e te resumires a seguir o guião (especialmente no da jornada 29...). 
Assim o espero...


Músicas que mexem comigo#48

Jota Quest
Amor Maior


Com uma letra que parece foi feita para mim... 




quinta-feira, 21 de março de 2013

Vontade de me escapar ao trabalho


Vejo esta foto tirada hoje numa das minhas esplanadas preferidas na minha cidade em plena Praça da Oliveira, e só consigo pensar o quanto eu gostaria de estar lá agora a ver os turistas a admirarem a minha cidade, a sentir o sol a aquecer-me, a saborear um delicioso café sempre acompanhado de uma nata e de um bom livro, a encontrar só um bocadinho da tão falada felicidade, e não aqui a trabalhar a resolver problemas causados por outros e a aturar cada louco que me aparece á frente, e hoje eles surgem de todo o lado... está a ser um dia complicado, Sábado por favor não demores a chegar...

Mas neste país anda tudo louco????

Acordo com a noticia que o Sócrates foi contratado pela RTP para comentar a actualidade politica, meu primeiro pensamento, é " ainda estou a dormir e a ter um pesadelo em que não sei porquê entra o Sócrates...", mas então de novo ouço a noticia, e desta vez com pormenores, e agora penso " Mas o que é que esse FDP vai comentar? Vai falar da grande merda que fez neste país???""
Mas mais do que a lata desse gajo, que já todos vimos que é bastante, o que me choca é  RTP, televisão pública, que vive á custa do Estado, em grande parte á custa dos impostos que o comum cidadão paga decidir contratar essa figura que tanto mal fez ao nosso país, e atrevo-me a até a dizer que lhe vai pagar uma salário bem gordo, pois o nível de vida em Paris é caro, e a herança de família que o senhor usa para se sustentar não vai durar para sempre, então Sócrates faz o que sempre fez muito bem, ganha a vida á custa do povo...
Enfim, é o país e o as pessoas que temos...

quarta-feira, 20 de março de 2013

Felicidade é... (definição pessoal)

* rir com os amigos
* brincar com os sobrinhos
* um dia de sol
* o cheiro a iodo do mar
* um barulhento almoço em família
* uma jantarada com amigos
* ouvir histórias antigas
* um abraço apertado
* ganhar
* a brisa quente no rosto
* o colorido da Primavera
* o calor do Verão
* partir
* regressar
* uma música escutada no silêncio do escuro
* um livro lido na relva fofa
* as cócegas da areia nos pés
* ver feliz quem gosto
* ouvir um "gosto tanto de ti"
* rever amigos
* relembrar momentos felizes
* um momento a dois
* partilhar
* um segredo sussurrado ao ouvido
* encontrar uma paixão

* ter esperança em ser feliz...

Da política....


Eu gosto de política. Não da política que hoje se faz, nem dos políticos que hoje temos. Mas daquela política dura, da retórica, da argumentação e contra argumentação. Do jogo de xadrez jogado à mesa das negociações. O estado do nosso país é um reflexo da qualidade da nossa política e consequentemente dos nossos políticos. Hoje, na casa da democracia dá-se primazia à partidarice ao invés dos supremos interesses da nação. Os lobistas, que tal como as putas não estão legalizados mas passeiam-se nas bermas do poder, e exercem toda a sua influência monetária sobre os engravatados filiados que não conhecem outra realidade que o trabalho no partido. Os governantes e a oposição governam de olho nas sondagens, não importa que prometam o impossível, que só digam barbaridades, que passem uma mensagem irresponsável, o importante é ver as colunas da popularidade a subir. O principal problema do país e da Europa não é financeiro, é social. Primeiramente falta-nos gente qualificada para nos governar, olhar para a crise que nos assola e ver aquele monte de tecnocratas europeus, com os seus gráficos e tabelas, teorias e fórmulas é suspirar por um Churchill ou um Shuman. É desejar políticos com mais prática e menos filosofia  Pessoas que conheçam a realidade para além dos resultados líquidos, que consigam antecipar as jogadas, que não tenham medo de reagir. E é aí que todos nós temos culpa. Porque somos nós que lhes damos o poder. Somos nós que os escolhemos para nos governar. E, nem sempre é uma escolha racional, porque nem sempre as pessoas estão cientes do verdadeiro poder que têm. Falta-nos muita cultura democrática.
Nas eleições de 2009, os portugueses tinham a oportunidade de escolher entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite. De um lado estava a juventude, a simpatia, a telegenia, a beleza física, assim como a incompetência, a inexperiência, falta de carácter,  a ilusão, a banha da cobra . Do outro estava uma mulher de rosto carrancudo, maneiras pouco polidas, semelhanças físicas com o Quasimodo, experiente, conhecedora da realidade, seriedade inquestionável, realista, portadora de más notícias. O povo escolheu a versão cor de rosa da vida. Foi feliz durante uns meses, apenas para cair num buraco ainda mais fundo do que o que já estava. É esta a consequência de sermos inconsequentes.
 O país prepara-se para mais umas eleições, o ambiente está já a aquecer, os primeiros cartazes já estão na rua, nos corredores da Assembleia negoceiam-se transferências, fazem-se promessas, voam milhões de euros para pagar favores partidários. Os noticiários têm mais espectacularidade, as notícias são mais negativas, não tarda muito vão explodir uns quantos escândalos políticos. Enfim, o mesmo circo que se repete a cada ano de eleições. Mas, estas são umas eleições especiais, são as eleições onde vamos poder constatar se o povo, que tanto tem amargurado com esta crise, aprendeu de facto alguma coisa. Muitos candidatos irão prometer muito, mesmo sabendo que não o poderão cumprir. Acredito que, nos programas eleitorais, não veremos discernimento, nem a nossa actual realidade reflectida. Os próximos quatro anos serão, para o poder local, penosos, de reestruturações profundas (assim o esperamos - a parte das reestruturações). Acabaram-se as rotundas e chafarizes. Mas, será que os portugueses já interiorizaram isso?  Será que vão ser capazes de olhar para lá da imagem construída pelas agências de publicidade e votar na pessoa que de facto inspira mais confiança abstraindo-se da cor partidária e não se deixando comprar por promessas irreais? Será que vão responder ao seu dever e comparecer para votar, honrando assim o vermelho da bandeira nacional? Ou será que vai continuar tudo na mesma???



Hoje é o Dia Internacional da Felicidade...


Tumblr_mfek0qqobo1qmk3n9o1_500_large


... e eu estou pacientemente à espera que ela chegue...


Lost in interpretation


Blue II

Tenho algum treino de escrita. Faz parte da minha formação, fez já parte da minha actividade profissional, hoje resume-se a um prazer que vou exercendo aqui e ali. Diz-me a experiência que, por muito objectivos que sejamos, nunca somos donos da interpretação das nossas palavras. Dizer que a felicidade é azul, parece básico mas, a verdade é que alguns vão imaginá-la azul escuro, outros azul porto, outros azul céu ou azul cueca, outros ainda azul turquesa da cor do mar. Já os daltónicos vão vê-la verde, porque não sabem o que é azul. Mesmo as mais simples das palavras estão sujeitas à interpretação de cada um. Porque lemos com os nossos olhos, os mesmos que nos mostram a nossa realidade. A nossa interpretação é o nosso cunho, é um reflexo do que somos e pensamos. Para alguém que escreve,  pensar na interpretação que vão dar às nossas palavras é abrir uma caixa de Pandora. É travar a criação, é o hesitar perante a folha banca, é desprover o texto de sentido, é dar a quem nos lê uma fria sala esterilizada ao invés de uma sala de estar acolhedora. Antecipar o que quem nos lê vai interpretar é um exercício de insanidade, é mergulhar em realidades que nos são completamente estranhas, é uma experiência esquizofrénica que nos arrasta para um labirinto sem saída. Escrever deve ser um acto livre, sem censura, sem vergonha, sem medo. Tal como na vida, escrever com a preocupação com o que possam pensar de nós é enjaular-nos, é trair os nossos princípios e ideais, é sermos covardes. Não importa que pensem que somos idiotas, ridículos ou piegas. Não importa que nos achem muito dados ou pouco sociáveis. A interpretação é sempre da responsabilidade do leitor e, qualquer semelhança com a realidade pode ser pura coincidência. Eu sou o que escrevo aqui, o que não significa que seja o que vocês lêem... 


terça-feira, 19 de março de 2013

Recomenda o teu Ex

305632_362154450486892_784456742_n_large

Ás vezes apaixonamo-nos pela pessoa certa. Às vezes encontramos a pessoa perfeita. Às vezes temos consciência da sorte que temos em termos alguém assim ao nosso lado. E, muitas vezes, tudo isto não é suficiente. Por caprichos da vida, por razões que a razão desconhece ou, simplesmente, porque não estava destinado a dar certo, a vida obriga-nos a despedir-nos desses príncipes e princesas em busca, talvez, de um sapo. Fica a esperança que esse príncipe encontre alguém que o faça mesmo muito feliz, porque sabemos que merece e, assim o desejamos. "Agora vocês têm a chance de transformar a culpa ou o remorso daquele pé-na-bunda em felicidade", este é o mote do site Recomende um ex, que mais não é que um rol de príncipes e princesas recomendados pelos seus ex. O Daniel "faz uma massagem divinal", o Galvão faz "questão de pagar a conta", o Philippe "vai à Igreja ao Domingo", o Luiz "faz até coraçãozinho no chão", o Ivo "esquenta prá balada", o Rafael é "multifuncional e gosta de dormir agarradinho". Elogios de quem já provou e recomenda. Abstraindo-me do facto do site ser um catálogo e eu, pessoalmente, não achar muita piada à ideia de vir a ter ali a minha foto (além de temer os elogios...), acho a ideia que o sustenta muito bonita. Passar por cima do egoísmo, do ciúme, do sentimento de posse é algo que não está ao alcance de todos, somente daqueles que sabem o como deve ser o amor...
Tudo isto non profit, apenas e só pelo desinteressado interesse de ver a felicidade em alguém que nos fez feliz. Mandaram bem estes brasucas...


Quem resistir a estes acordes que atire a primeira pedra...


Saí agora de uma reunião de trabalho com uns figurões. Durante o meeting e, enquanto discutíamos contratos chatos,  um telemóvel começou a tocar isto. Bastaram os primeiros acordes para eu instantânea e descontraidamente começar a trautear (acompanhado de um ligeiro embalo do corpo) :

She's got a smile 
That it seems to me
Reminds me of
Chilhood memories.

Quando acordei do transe estavam todos de olhos postos em mim, uns de sorriso sacana nos lábios outros com ar de quem admira uma espécie rara. Recuperei a postura profissional, justifiquei-me com um "peço desculpa, foi uma adolescência ao som de Guns, é mais forte que eu"... e lá continuamos a discutir cláusulas... 

By the way, fechamos contrato...


Pai






O Pai 


Terra de semente inculta e bravia, 
terra onde não há esteiros ou caminhos, 
sob o sol minha vida se alonga e estremece. 

Pai, nada podem teus olhos doces, 
como nada puderam as estrelas 
que me abrasam os olhos e as faces. 

Escureceu-me a vista o mal de amor 
e na doce fonte do meu sonho 
outra fonte tremida se reflecte. 

Depois... Pergunta a Deus porque me deram 
o que me deram e porque depois 
conheci a solidão do céu e da terra. 

Olha, minha juventude foi um puro 
botão que ficou por rebentar e perde 
a sua doçura de seiva e de sangue. 

O sol que cai e cai eternamente 
cansou-se de a beijar... E o outono. 
Pai, nada podem teus olhos doces. 

Escutarei de noite as tuas palavras: 
menino, meu menino... 

E na noite imensa 
com as feridas de ambos seguirei. 

Pablo Neruda