domingo, 10 de março de 2013

Onde está o Carlos???


Ontem, foi dia de ir ver os Gift, desta vez em Guimarães no Centro Cultural Vila Flor (para quem não conhece um espaço muito recomendável). Sem estacionamento na rua, Miss Smile opta por estacionar no parque (afinal e como diz a Isa não há-de ser dinheiro que não tenhamos...) Mal entra a viatura à nossa frente o sinal completo acende-se. Miss Smile abre a janela para falar com funcionário na esperança de o fazer mudar de ideias. Mesmo antes de abrir a boca um dos funcionários diz ao colega para nos deixar passar (monissimas power!). Os funcionários entram em diálogo, ignorando-nos:

- Conheces?
- Elas têm muitas coisas no carro podem ser assaltadas (as coisas eram as cadeiras dos pilecas), vá lá deixa-as passar.
- Mas conheces?
- São de Guimarães.
- Mas conheces?
- Não mas, gostava...

Já convencido o colega lá nos deixou passar não sem antes nos dar as instruções: deveríamos virar na primeira à direita, estacionar e depois dirigir-nos à bilheteira para falar com o Carlos. Assim fizemos mas, chegadas à bilheteira ninguém conhecia o Carlos... Fomos para o concerto a pensar no Carlos. Sem o Carlos não conseguiríamos tirar o carro já que não tínhamos ticket, a não ser que reproduzíssemos uma cena de filme e abalroássemos a barra vermelha e branca (sempre quis fazer isso). No fim do espectáculo era urgente encontrar o Carlos... Desta vez estava um homem na bilheteira do parque. Fui a escolhida para ir para a fila. Chegada a minha vez, dei boa noite e perguntei se era o senhor Carlos. O homem gelou, baixou a cabeça e respondeu-me que era Carlos mas, de certeza que não era quem eu procurava. Ignorou-me e continuou a atender as outras pessoas. (Típico problema de auto-estima, o gajo pensou nã, uma gaja destas não pode estar à minha procura... mais tarde na noite um desdentado não teve o mesmo discernimento...). Insisti e expliquei a situação. Ele lá se decidiu a fazer um escuto over com o colega via walkie talkie que lhe confirmou a história. Pergunta-nos qual é a viatura e manda-nos embora. Assim, sem cobrar nada, nem um boa noite. Ora, eu até queria elogiar aqui o Carlos mas, a atitude blasé do gajo sobrepõe-se à gentileza da borla. E este poderia ser o ponto de partida para uma profunda reflexão sobre sinais contraditórios ou de como é mais importante o como damos do que o que damos mas, não é esse o propósito...

3 comentários:

Ana ✈ disse...

Epá, as vossas aventuras são impagáveis! :D

pedro b disse...

nunca estacionei no parque do ccvf, mas confirmo que é um espaço muito recomendável :)

MisS disse...

Dinha, bem vinda, vou espreitar.

Ana, algumas são impagáveis, outras são de borla, como esta...

Pedro, então quando voltas cá ao burgo?