sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Eras capaz de largar tudo por um amor?


Rennie Ellis


Muitas vezes me pergunto sobre o papel que o amor deve ter na nossa vida. Deverá ser uma prioridade? deverá ser a prioridade? deverá ser uma consequência? ou a causa da nossa existência? 
A minha geração teve uma juventude facilitada, teve acesso a coisas que os nossos pais não tiveram, ou pelo menos não com a mesma facilidade. Por outro lado, a integração na vida adulta e a estabilidade profissional e financeira tem-se revelado uma missão muito complicada. Por esse motivo o amor vai ficando para trás. É muito comum encontrarmos pessoas na casa dos 30 a lutarem por um lugar ao sol na sua carreira e com uma vida amorosa desastrosa, ou até mesmo inexistente. Dizem que depois de estabilizarem no campo profissional se preocupam com isso. Pensam a vida num organograma onde à cabeça está a carreira, o sucesso, a saúde financeira. O amor virá depois, como se encontrar a pessoa certa tivesse hora e dia marcado, e o pudéssemos adiar até a agenda o permitir.  E o tempo vai passando. Até ao dia em que, com ou sem carreira de sucesso, verificam que afinal falta qualquer coisa. O amor é então uma necessidade e, quando a necessidade é grande, as exigências caem. O conformismo instala-se. E o que vem à rede é peixe... Pode dar-se o caso de viverem toda uma vida felizes, ignorando que o que os juntou foi o medo de acabarem sozinhos,  e desculpando a falta de pontos de interesse em comum com a falácia dos opostos atraem-se. Ou pode dar-se o caso de, num dia igual a tantos outros, marcado por uma rotina suicida, eles constatem que construir uma vida a dois requer mais investimento que escolher alguém bonito e aparentemente interessante. Que partilhar a vida com alguém é muito mais do que seguir o guião escrito pela sociedade, do casar, ter filhos e passearem todos ao domingo. É então que surge a dúvida: e se eu tivesse aplicado no amor o mesmo empenho que apliquei na minha carreira? Seria mais feliz hoje?? Afinal, um emprego termina aos 65, um amor quer-se eterno...

Há dias fui confrontada com uma pergunta que não me tem saído da cabeça: Eras capaz de largar tudo por um amor? a resposta não foi instantânea, demorou muitos dias a amadurecer mas sim, hoje, ao contrário de ontem, sinto que seria capaz de abandonar tudo por um amor, por o amor



quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

a girl best friend??




A empresa promove o produto como uma maneira de "salvar as mulheres" do assédio

A relação de uma mulher com o soutien é uma relação de amor/ódio. Se por um lado ele segura e mantém tudo no sítio, (inclusive preenche quando é necessário dar mais conteúdo) por outro,  é um autêntico espartilho e tirá-lo é um alívio.
Sempre achei que o país que inventou o tamagotchi daria ao mundo a solução para alguns dos seus maiores problemas. Não me enganei.Os nossos amigos nipónicos criaram agora um soutien pró amor. A explicação cientifica é mais complexa mas, para nós leigos, basta saber que quando uma mulher se apaixona o coração dispara e com ele o fecho do soutien. E perguntam vocês, para que é que isso serve?? Pois, parece que o objectivo é "salvar as mulheres do assédio de determinados homens", ajudando-as a ter consciência de quem gostam de verdade, para que não percam tempo com pinadelas esporádicas com homens que não lhes rebentam com o soutien. É que ao contrário das mulheres, esses seres acéfalos que não sabem distinguir os sentimentos e não raras vezes confundem um olhar com  paixão e um piropo com juras de amor eterno, "o soutien sabe como as mulheres realmente se sentem". (Obrigada Senhor!)
Pena é que este ainda não se encontre à venda, tenho a certeza que é o sonho de qualquer mulher andar, qual Cinderela versão Manga, com o seu soutien de cristal em busca do Príncipe Encantado.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

He rocks...


Papa Francisco na capa da Rolling Stone!!! Os tempos estão mesmo a mudar, caso para dizer: "Graças a Deus!!"  sexta feira nas bancas...

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Vivo num país de mentecaptos...




É verdade. Por vezes ainda me iludo e penso que isto terá uma solução, que deve ser dos tempos difíceis mas não, este é mesmo um país de mentecaptos, pior, mentecaptos com tempo de antena...
Ontem, gastaram-se horas de emissão televisiva a discutir o  atraso do início do jogo do FCP. Todos os noticiários, programas desportivos, jornais, rádios, sites abordaram o assunto. Foram ouvidos especialistas em direito desportivo, semi especialistas em desporto e pseudo especialistas em futebol. Todos tinham uma opinião, uma tese sobre o assunto. Todos abordaram a gravidade do acontecimento e a possibilidade de o FCP ser afastado da Taça Lucílio Baptista. Quero começar por dizer que não vi o jogo, desisti de ver o FCP enquanto aquele ignóbil do Paulo Fonseca estiver sentado no banco, é demasiado doloroso...Também quero sublinhar o facto de eu ter torcido para o Porto perder para ver se esse morcego é despedido de uma vez. ("foi uma vitória à Porto" grande cabrão, desde quando é que ganhar ao Marítimo ao minuto 93 é uma vitória à Porto!!!). Quando vi a notícia pensei que seria algo grave. Tive até o cuidado de puxar o jogo atrás para ver se as equipas do Marítimo e de arbitragem estiveram no meio campo à espera do FCP, mas não entraram as 3 equipas em campo juntas. Foi quando constatei que o atraso que todos referiam como um crime gravíssimo, era de 3 minutos!!! Não 30, não 20, nem sequer 5. Três minutos!!! Os mesmos três minutos que qualquer guarda redes ganha se decidir deitar-se para o chão e queixar-se do apêndice que retirou quando era criança. A segunda parte do jogo começou com uma diferença de 45 segundos para o jogo dos lagartos, esses que vivem sob a sina do azar mas insistem em culpar os outros pelas suas derrotas. 
Gastaram-se horas de emissão, assunto aliás que vai continuar na ordem do dia porque convém aos média bater no FCP, por causa de 3 minutos!!! Fosse esse atraso para os lados da luz e sairia apenas uma nota de rodapé a dizer que o Bruno de Carvalho é louco, e que o mundo é que estava adiantado 3 minutos.
É certo que os portistas são seres muito inteligentes, em alguns casos, sobredotados até, mas achar que atrasamos o jogo 3 minutos para chegar ao minuto 87 a perder por 1-2, esperando que o Sporting já estivesse no minuto 90, para depois dar a volta ao resultado com um penalti (limpinho, limpinho) ao minuto 93 é coisa que nem o Professor Mambo preveria... Ora meus senhores, ide  mas é catar tomates...





Aprender a falar Italiano...

Os nossos amigos Dolce e o Gabbana querem pôr o mundo a entender a sua língua, então resolveram pedir aos seus modelos masculinos para ensinarem algumas expressões...
E eu, que até sou mocinha sempre interessada em aprender, e o italiano é uma língua que me seduz (os italianos também mas isso agora não interessa), tenho visto e revisto este vídeo para aprimorar o uso do Italiano... E assim também me vou preparando para a minha roadtrip.



Capisce?

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Sobre a tragédia do Meco, a minha opinião nas palavras dos outros...

“Isto é uma praxe. Uma experiência de vida. Não se meta.” Terá sido desta forma que os alunos da Lusófona, que integravam o grupo estudantes que foram arrastados por uma onda na praia do Meco, se dirigiram aos moradores de Aiana de Cima que os abordaram na tarde de sábado, horas antes da tragédia, indignados com os contornos de humilhação a que se estavam a sujeitar.
Os comentários no Facebook seguiram-se. Condenações da praxe, elogios da praxe, de tudo um pouco.
Vamos pensar sobre isto. Uma hierarquia de poder existe porque alguém aceita submeter-se a ela. É um contrato social como outro qualquer, desde a família até ao Estado. Se ninguém se submetesse a ela, esse poder seria esvaziado e a hierarquia, consequentemente, deixaria de existir.
Então, primeira pergunta: o que leva alguém a submeter-se à hierarquia de poder “praxe”? O medo, diria. Medo de ficar excluído, de recusar um grupo possível de amigos, de passar por cima de uma experiência, etc. Mas, na verdade, a praxe, como surgiu em Coimbra e como ainda se pode ver no código, é um sistema que regulava as relações entre estudantes e dos estudantes com o resto da cidade. Não esqueçamos que aqui, pelo século XIX, havia uma segregação entre a parte futrica e a parte estudante da cidade. Era um equilíbrio social complicado, e o código da praxe surgiu como uma espécie de auto-regulamentação, que impedia que as pessoas fizessem merda e fossem parar aos calabouços da guarda universitária. Ainda hoje existem. Passem pela FDUC, vão até às escadas de Minerva e peçam a um bedel que vos mostrem. Não são bonitos.
Ou seja: essa coisa da praxe servir para integrar os caloiros na vida universitária não é a razão que está no seu âmago. A razão é a permanência de uma estrutura social do século XIX. Tradição? É o argumento mais falso que existe na coisa toda. Se o mundo que envolve a praxe mudou, o papel que ela ocupa no mundo muda também, portanto, não existe qualquer possibilidade de manter tradição. O pessoal conhecer-se e criar amizade sempre foi uma consequência, não a causa.
Segunda pergunta: essa consequência vale o esforço? Os defensores da praxe usam o seu efeito de integração para justificar todo e qualquer abuso e toda e qualquer patetice. Isso não se conseguiria convidando o pessoal novo para uma cerveja e batendo uma conversa e pronto? Para que pintar-lhes a cara e obrigá-los a fazer coisas burras?
O problema é que nós somos pessoas. Não tenho grande fé nas pessoas. Nós não fazemos atos de aproximação gratuitos; na generalidade, precisamos de uma justificação banal para eles acontecerem. Essas cerimónias patetas são essa justificação. Mas, ainda assim, há pessoas e pessoas.
Eu fui praxado em Coimbra. O que é que eu fiz? Nada que não faça hoje numa noite bem bebida, suponho. Jogar à apanhada com pessoal que não conheço. Simular um jogo de bilhar, em que uns gajos eram bola, outro era taco, etc. Enrolarem-me uma capa na cintura para fazer de saia, porque era o único gajo com cabelo comprido e tive de fazer de conta que era uma gaja numa discoteca a ser engatada. Subir para uma cadeira num café e fingir que era o João Baião no Big Show Sic. Ninguém me pintou a cara, foi uma bela manhã de 5a feira, ri-me muito, realmente comecei grandes amizades aí e não me senti nem um pouco humilhado. O pessoal que me praxava era porreiro. Depois disso, a minha “praxe” durante o ano era querer estar em casa na 6a feira à noite e ligarem-me com uma ameaçazinha pateta qualquer a dizer que tinha de sair com eles. No fundo, apenas uma forma de dizer “gostamos de ti e queremos que nos venhas encontrar”. Nada que um amigo meu não me vá fazer hoje mesmo. Se, no meio desses desfiles gigantes que Coimbra tinha, algum idiota me vinha chatear e queria que eu fizesse alguma coisa burra, eu dizia-lhe que não. Os meus “padrinhos de praxe” eram, e continuam, meus amigos. Que se fodessem os idiotas.
Eu sei que sempre se pode dizer “mas tu tinhas uma boa estrutura e confiança para dizer isso. há quem não tenha, e essas pessoas tem que ser protegidas”. Eu sei. Eu tive amigos que tiveram que ficar numa varanda numa noite gelada porque o gajo que os praxava era um idiota em tons nazis. Para essas idiotices, existem tribunais. Nenhum juiz se vai virar para uma mulher e dizer “a sua violação repetida e sangrenta durante toda uma noite por um grupo de 15 homens não é crime, porque você aceitou ser praxada meses antes”. Nenhum pode, pelo menos.
Qual a alternativa para isto? Um artigo no Código Penal a proibir toda e qualquer praxe? É preferível a este estado de coisas aquele que legitima um polícia vir e dizer “vocês estão presos por obrigarem este homem a imitar o João Baião”? Ainda assim, parece-me preferível a possibilidade de qualquer pessoa que seja vítima de violência injustificada poder julgar por si mesma se o foi e poder recorrer à justiça. Nós ainda temos uma responsabilidade por nós mesmos.
Se entendo bem, o que está em causa aqui é que os putos foram levados pela onda porque estavam a ser praxados. Mas e se não estivessem a ser praxados? Se estivessem só a tomar umas latas de cerveja e fossem apanhados igualmente, iríamos proibir as latas de cerveja? E se a “praxe”, em vez de consistir em se arrastarem pela areia com pedras nos tornozelos, fosse ensaiar uma mega coreografia tipo Glee – depois de a onda vir, iríamos proibir o Glee?
Não gosto de gente idiota nem de atos idiotas. Também não gosto nada da falta de liberdade. Se este pessoal morreu por causa da negligência ignorante de quem os mandou para lá, quem os mandou para lá tem que se submeter à justiça. Histórias tristes acontecem, porque a vida é uma merda. Pelo menos, que isto sirva para os idiotas pensarem que talvez valha mais a pena ser porreiro.



quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

apre gente puritana...





A senhora branca da imagem é a noiva de Romam Abramovich, aquele multimilionário russo que gosta de queimar dinheiro em coisas que não interessam ao menino Jesus. A senhora preta da imagem, não existe. É um manequim feito em PVC, ou algo do género, e é, ao que tudo indica, uma obra de arte criada por Bjarne Melgaard, inspirada na Chair de Allen Jones que é em tudo similar mas a mulher representada é branca. O bom gosto aqui é discutível. A intenção do artista pode ser questionável. Mas porra, rotular a mulher de racista só porque sentou o rabo nesta cadeira já é ser parvo. Então e se a boneca seminua de pernas ao alto fosse branca? Já não havia problema? 
O racismo existe, é um facto. Como existe a xenofobia. E estes males irão sempre existir, porque haverão sempre seres humanos ignorantes. Agora o racismo não está só no insulto expresso, na discriminação pela negativa, está também na discriminação pela positiva. Há uns tempos, assisti a uma cena num comboio que me deixou bastante incomodada. O revisor, no exercício normal do seu trabalho, pediu o bilhete a um passageiro que por acaso era preto (sim preto, era a cor dele, não digo afro descendente porque de África descendemos todos e não tenho pachorra para essas nomenclaturas pipis). O rapaz, procurou o bilhete em todos os bolsos e não o encontrou. O revisor avisou-o que teria de pagar a multa, foi quando o rapaz começou com a lenga lenga de que isso só acontecia porque ele era preto e o revisor era racista porque não acreditava nele. O revisor ficou vermelho como um tomate e tentado a relevar, não fosse um senhor consciente dizer ao rapaz que ali não importava de que cor ele era, se queria andar de transportes públicos teria de pagar como toda a gente que ali estava havia pago, porque a lei é igual para todos.  
Não sei se o rapaz tinha de facto pago o bilhete e o perdeu, o que sei é que refugiar-se no argumento que ele usou é incitar ao racismo. Porque se não podemos cobrar bilhete ao cidadão que é preto como cobramos ao branco, se não o podemos representar numa obra de arte em posição menos digna como representamos o branco, então não os estamos a tratar de forma igual e assim sim, estamos a promover o racismo.




A espera...

E hoje é aquele dia...
Só me resta esperar que as horas passem e me tragam boas noticias.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

o ciclo do amor...


Fred Lyon


"João amava Teresa que amava Raimundo 
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili 
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes 
que não tinhas entrado na história."


Carlos Drummond de Andrade 

2 meses...

pa Primavera!!!

Tou farta do Inverno, Caralho.

Mas em vão, porque o porco é bom só para assar... (como diz o outro, 'Tudo foi em vão')

O Leão e o Porco

O rei dos animais, o rugidor leão,
Com o porco engraçou, não sei por que razão.
Quis empregá-lo bem para tirar-lhe a sorna
(A quem torpe nasceu nenhum enfeite adorna):
Deu-lhe alta dignidade, e rendas competentes,
Poder de despachar os brutos pretendentes,
De reprimir os maus, fazer aos bons justiça,
E assim cuidou vencer-lhe a natural preguiça;
Mas em vão, porque o porco é bom só para assar,
E a sua ocupação dormir, comer, fossar.
Notando-lhe a ignorância, o desmazelo, a incúria,
Soltavam contra ele injúria sobre injúria
Os outros animais, dizendo-lhe com ira:
«Ora o que o berço dá, somente a cova o tira!»
E ele, apenas grunhindo a vilipêndios tais,
Ficava muito enxuto. Atenção nisto, ó pais!
Dos filhos para o génio olhai com madureza;
Não há poder algum que mude a natureza:
Um porco há-de ser porco, inda que o rei dos bichos
O faça cortesão pelos seus vãos caprichos.

Bocage, in 'Fábulas'

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

hoje tive uma nuvem cinzenta a acompanhar-me o dia todo, eis a explicação científica....


Sabia que hoje é o dia mais triste do ano?




Adoooooorei

O conjunto Prada Custom Made que a  Kerry Washington levou aos SAG Awards.





Eu também tenho várias roupas custom made, mas não são Prada, são sim do meu fantástico costureiro Filipe!!!

pérola de sabedoria parida numa mesa com tapas regadas a espumante...


"Se eu fosse gaja e boa, mas mesmo muito boa, jamais me casaria. Andar a lavar cuecas e meias de um homem só, quando se pode ter o melhor dos que quiser... Se fosse feia, aí tinha de me sujeitar"...

by CD (figura masculina, mais velha, sabida e com tanto para nos ensinar...)


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

"Atrás de mim virá quem de mim bom fará!"


Nunca pensei dizer isto mas neste momento digo de coração:

Vitor my friend I miss you, please come back!!



E para quem se riu e gozou com o Inglês dele eu digo que, ao longo da minha vida profissional já tive discussões e confrontos em que tive de falar em Inglês, e eu que até sou fluente na língua confesso que no momento não é fácil articular as frases e encontrar as palavras certas para fazer valer a nossa posição, por isso Vitor, sim senhor foste grande e mostraste que com um tuga não se brinca (principalmente se for do Norte)!!!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Notas soltas de (mais) um louco fim-de-semana em Lx




"Tomei uma decisão, eu quero pinar com um artista de circo!!"

"Inútil, é um inútil!!!! É como o outro que é um paneleiro inútil!!"

"Eu sou pura"

"La tienes gordita"

"La grossita com o uso adelga!!"

" Vai vestir o casaco, que sair de robe não é boa ideia"

"Deixaste o cão em casa e trouxeste as correntes dele"

"Acho que devíamos tomar banho 2 a 2 para poupar a água quente, ou então todos juntos"

"Tira bilhete!!"

"Programa ideal para um Domingo de chuva, atravessar a Ponte Vasco da Gama, voltar para Lx e ver a chuva a cair no Tejo"

E muito mais haveria para contar, mas como alguém disse (e bem) "What happens in Lx, stays in Lx"


Amor cão...



(Haveria tanto para dizer sobre esta história. Tantos exemplos e lições para a vida a retirar daqui, mas creio que o mais importante é mesmo deliciar-nos com a imagem de alguém que perdeu tudo mas sorri como se tivesse o mundo nas mãos. E tem-no...)

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

You Should Date An Illiterate Girl


Date a girl who doesn’t read. Find her in the weary squalor of a Midwestern bar. Find her in the smoke, drunken sweat, and varicolored light of an upscale nightclub. Wherever you find her, find her smiling. Make sure that it lingers when the people that are talking to her look away. Engage her with unsentimental trivialities. Use pick-up lines and laugh inwardly. Take her outside when the night overstays its welcome. Ignore the palpable weight of fatigue. Kiss her in the rain under the weak glow of a streetlamp because you’ve seen it in film. Remark at its lack of significance. Take her to your apartment. Dispatch with making love. Fuck her.
Let the anxious contract you’ve unwittingly written evolve slowly and uncomfortably into a relationship. Find shared interests and common ground like sushi, and folk music. Build an impenetrable bastion upon that ground. Make it sacred. Retreat into it every time the air gets stale, or the evenings get long. Talk about nothing of significance. Do little thinking. Let the months pass unnoticed. Ask her to move in. Let her decorate. Get into fights about inconsequential things like how the fucking shower curtain needs to be closed so that it doesn’t fucking collect mold. Let a year pass unnoticed. Begin to notice.
Figure that you should probably get married because you will have wasted a lot of time otherwise. Take her to dinner on the forty-fifth floor at a restaurant far beyond your means. Make sure there is a beautiful view of the city. Sheepishly ask a waiter to bring her a glass of champagne with a modest ring in it. When she notices, propose to her with all of the enthusiasm and sincerity you can muster. Do not be overly concerned if you feel your heart leap through a pane of sheet glass. For that matter, do not be overly concerned if you cannot feel it at all. If there is applause, let it stagnate. If she cries, smile as if you’ve never been happier. If she doesn’t, smile all the same.
Let the years pass unnoticed. Get a career, not a job. Buy a house. Have two striking children. Try to raise them well. Fail, frequently. Lapse into a bored indifference. Lapse into an indifferent sadness. Have a mid-life crisis. Grow old. Wonder at your lack of achievement. Feel sometimes contented, but mostly vacant and ethereal. Feel, during walks, as if you might never return, or as if you might blow away on the wind. Contract a terminal illness. Die, but only after you observe that the girl who didn’t read never made your heart oscillate with any significant passion, that no one will write the story of your lives, and that she will die, too, with only a mild and tempered regret that nothing ever came of her capacity to love.
Do those things, god damnit, because nothing sucks worse than a girl who reads. Do it, I say, because a life in purgatory is better than a life in hell. Do it, because a girl who reads possesses a vocabulary that can describe that amorphous discontent as a life unfulfilled—a vocabulary that parses the innate beauty of the world and makes it an accessible necessity instead of an alien wonder. A girl who reads lays claim to a vocabulary that distinguishes between the specious and soulless rhetoric of someone who cannot love her, and the inarticulate desperation of someone who loves her too much. A vocabulary, god damnit, that makes my vacuous sophistry a cheap trick.
Do it, because a girl who reads understands syntax. Literature has taught her that moments of tenderness come in sporadic but knowable intervals. A girl who reads knows that life is not planar; she knows, and rightly demands, that the ebb comes along with the flow of disappointment. A girl who has read up on her syntax senses the irregular pauses—the hesitation of breath—endemic to a lie. A girl who reads perceives the difference between a parenthetical moment of anger and the entrenched habits of someone whose bitter cynicism will run on, run on well past any point of reason, or purpose, run on far after she has packed a suitcase and said a reluctant goodbye and she has decided that I am an ellipsis and not a period and run on and run on. Syntax that knows the rhythm and cadence of a life well lived.
Date a girl who doesn’t read because the girl who reads knows the importance of plot. She can trace out the demarcations of a prologue and the sharp ridges of a climax. She feels them in her skin. The girl who reads will be patient with an intermission and expedite a denouement. But of all things, the girl who reads knows most the ineluctable significance of an end. She is comfortable with them. She has bid farewell to a thousand heroes with only a twinge of sadness.
Don’t date a girl who reads because girls who read are the storytellers. You with the Joyce, you with the Nabokov, you with the Woolf. You there in the library, on the platform of the metro, you in the corner of the café, you in the window of your room. You, who make my life so god damned difficult. The girl who reads has spun out the account of her life and it is bursting with meaning. She insists that her narratives are rich, her supporting cast colorful, and her typeface bold. You, the girl who reads, make me want to be everything that I am not. But I am weak and I will fail you, because you have dreamed, properly, of someone who is better than I am. You will not accept the life that I told of at the beginning of this piece. You will accept nothing less than passion, and perfection, and a life worthy of being storied. So out with you, girl who reads. Take the next southbound train and take your Hemingway with you. I hate you. I really, really, really hate you.

                                                         By CHARLES WARNKE

Vendaval...







Meu coração quebrou. 


Era um cedro perfeito;

Mas o vento da vida levantou,


E aquele prumo do céu caiu direito.


Nos bons tempos felizes

Em que ele batia, erguido,

Desde a rama às raízes

Era seiva e sentido.


Agora jaz no chão.

Palpita ainda, e tem

Vida de coração...

Mas não ama ninguém.





Miguel Torga, Diário (1942)

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

reencontros...





Mande notícias do mundo de lá

Diz quem fica
Me dê um abraço venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar quando quero

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai querer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar

E assim chegar e partir
São só dois lados da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro é também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar


Milton Nascimento

eu também tenho algo a dizer sobre o Panteão...



... nunca lá fui!


Foooooooda-se!!!!!!!????


É o apocalipse!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

se tens uma pila, este post é para ti...




Vem querido, senta-te aqui à minha beirinha e vamos ter uma conversa sobre aquilo que as mulheres querem....

Vocês, representantes do género masculino, foram capazes de descobrir o fogo, inventar a roda, a luz, a penicilina e chegar à lua mas, e mesmo depois de milhões de anos de convivência, ainda não conseguiram decifrar a mulher.
Compilaram-se catrapassos sobre o assunto. As teorias fundamentadas pela experimentação ou pelo empirismo surgem como cogumelos. Apresentam-se listas intermináveis, roteiros sobre o que fazer, como agir, o que nunca dizer... enfim, complica-se o muito simples. Lembrem-se, a natureza é perfeita e nunca daria ao homem algo demasiado complicado para lidar, especialmente quando a continuidade da humanidade depende disso. A Mulher a ser complicada, teria de ser hermafrodita...

Comecemos pelo acessório. Aquilo que para muitos é visto como essencial. É claro que todas as mulheres gostam de um homem educado, que lhe carrega os sacos quando estão pesados, que lhe oferece flores sem razão, que lhe dispensa o casaco quando está com frio, que paga a conta do jantar. Mas isso não é o mais importante. Isso qualquer melhor amigo, ou ex namorado, faz.

O que as mulheres mesmo querem de um homem que realmente querem são 4 coisas muito simples:

Primeiro, respeito. Algo de básico nas relações interpessoais. Todas as pessoas com o mínimo de educação sabem que devem respeitar tudo e todos, só assim a coexistência pacífica é possível. 

Segundo, ser gostada. E ser gostada não é estar a toda a hora a dizer que se gosta. Não é pronunciar o malfadado amo-te, que deveria causar aftas cada vez que é dito sem sentimento. Ser gostada é ser olhada com o brilho nos olhos e um sorriso nos lábios.

Terceiro, ser única e sentir-se assim. Aparentemente para um homem falar bem da ex é bom, pois seguindo a sua linha de raciocínio, tal qual fórmula matemática, ela entenderá que um dia que acabem também falará bem dela. Meus caros, mulher não é matemática, mulher é literatura e para isso não há fórmula. Nenhuma mulher entra numa relação sem a utopia do felizes para sempre. Nenhuma mulher gosta de ser comparada com outras mulheres, e aqui também se inclui a rica mãezinha. Homem bom é homem com amnésia.

Quarto, ser valorizada. Um elogio aqui e ali. Um beijo inesperado. Reparar no vestido. Vibrar com a nova lingerie comprada a pensar nele. Passear de mão dada, cabeça erguida e peito cheio de orgulho por ter aquela mulher ao lado.

Simple as nutella, meus amigos.

Agora vão e façam as mulheres felizes, porque afinal é mais simples do que parece...




o meu sonho é ter um cartão de visita assim...


Chen Guangbiao

só acrescentaria um humildemente...

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Give me...



...
Give me odorous at sunrise a garden of beautiful flowers where I can walk undisturbed.
...


                                              Walt Whitman

Socras a inventar e a mentir desde pequenino!!!

Mais uma vez o Socras dá uma prova de que tem problemas com a verdade, ele simplesmente mente tão facilmente como respira.

Ver aqui a partir dos 2.30, O Socras a relembrar que aos 8 anos a caminho da escola ouviu a Selecção e Eusébio a vencerem a Coreia do Norte no célebre jogo do Mundial de 1966.

Só um pormenor, para quem não sabe esse jogo foi num Sábado 23-07-1966 ás 15h.
Talvez eu esteja a ser mazinha e ele já nessa altura frequentasse a escola ao Sábado, afinal ele sempre foi um aluno aplicado, tão aplicado que até tirou  o curso num Domingo.


Portugal pode ser pequenino mas, tem imbecis do tamanho de continentes...


Mário Soares:

No elogio à vida do Eusébio, o pseudo socialista achou importante sublinhar a pouca cultura e o gosto pelo líquido escocês daquele que é o ídolo de muitos portugueses e um símbolo do país! 

(não se arranja por aí nenhum parentesco deste senhor com o Kim Sun! Tio em segundo grau, por aí... aquelas bochechas são demasiado parecidas para não partilhar o mesmo adn...depois era só despachá-lo para a Coreia (eu contribuía para esse peditório) e esperar que o querido líder lhe desse aquela recepção familiar...)


José Sócrates:

Acha que este Governo devia concentrar-se em tirar o país da situação em que o colocou!

(ahahaha! porreiro, pá! ahahaha! (também marchavas para a Coreia, marchavas....))


Carlos Mozer:

Diz que Eusébio está ao nível de Mandela. 

(deve estar a referir-se aos sete palmos abaixo da terra)


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

because I care...

image

This is my home, the Kingdom of Cambodia. Also known as the Pearl of Asia, and for me and many others, a small paradise on earth.
Unfortunately, 39 years ago, one the biggest tragedies of the 20th century took place there when the communist Khmer Rouges took over the country, slaughtering over 2 million people in only four small years. What was left was an unstable, civil war torn country all throughout the 90’s until very recently. Between 1985 and 1993, Hun Sen regularly tried to grab the power to keep it to himself. In 1998 he succeeded and became the one and only Prime Minister of Cambodia. He hasn’t left ever since and only owes his status to corruption, violence, threats and murder. Oh, did I mention he was aformer Khmer Rouge himself ? Well, there’s that. So,congratulations, you knew about Kadhafi, you knew about Al Assad, Regina Georgeand Voldemort, now you know about our very own dictator, Hun Sen. 
Sam Rainsy,is the strongest and biggest opponent to Hun Sen’s CPP. For as long as Hun Sen has been in office, Sam Rainsy was there to fight back for democracy, for the basic human rights that we wish we could all take for granted. Needless to say, Hun Sen was never too pleased with Sam Rainsy. Having his life permanently threatened by the regime, Sam Rainsy went into self-exile and sought refuge in Paris. 
2013 was a historical year for Cambodia. Indeed, in july, the elections took place in the country but this time, defying the threats of imprisonment and murder, Sam Rainsy decided to return to face Hun Sen.  
On July 28th, the people of Cambodia went to their polling stations and voted as if their lives depended on it, because it was the case. But Hun Sen was not ready to give up power so easily. All through election day, reports from all around the country arrived en masse. People who had registered to vote were being kept away from polling stations. Non-cambodian citizens had been granted the right to vote by the regime, and they did, not only once, but several times, countless times. People who hadn’t voted yet would show up to the polling stations only to hear that someone had voted for them.
This sparked a revolt among the people who turned against anything representing Hun Sen’s authority and his taking away their fundamental right to vote. This went on until August 9th. 
The real elections results were later on proven to be a landslide victory for  Sam Rainsy. Which Hun Sen ignored. Sam Rainsy has ever since kept throwing peaceful protests, gathering hundreds of thousands of people every time. And ever since, the people of Cambodia have hoped to receive any kind of help from the United Nations, or from the supporters of human rights in the International Community, or really, from anyone. 
But yesterday, on January the 3rd, Hun Sen once again crossed the line when his army opened fire on the garment workers protesters, with real ammunitions, shooting to kill with AK-47s. 
So here. You know a bit of our story, and as you can see, our beautiful home and people are in danger and the world doesn’t know. 
How can you help protecting those people you’re gonna ask ? It is easy, spread the word. Share it on you Facebook wall or whatever, tweet about it, sing about it if you want. 
I’m not going to give a speech about what’s right and what’s wrong. I’m actually being quite selfish here, my nation is not the only suffering, not the only one needing attention. But this is my home and I care and love it so much. 
If you think that spreading the word is not doing much, let me stop you right there. Bringing attention to a dictator can only weaken him and the world needs to know about that one. 
And then there’s us cambodians, we need to know that somewhere, someone cares. 
In advance, thank you, have a beautiful year 2014. 

(Eu não conheço o Cambodja, nunca lá estive e até há muito pouco tempo atrás eu sabia muito pouco sobre este país, além do continente a que pertence, dos templos de Angkor, de ser o país dos Khmer Rouge e de Maddox o primeiro filho de Angelina Jolie. Mas depois o Cambodja passou a acolher uma das minhas pessoas e, quando algo passa a fazer parte da vida das nossas pessoas, passa, por inerência, a fazer parte das nossas vidas. O Cambodja agora faz parte do meu dia a dia. Conheço pessoas de lá que nunca vi, com quem nunca falei mas que já simpatizo. Vibro com os relatos que me chegam através da minha amiga e já adoro este país, tão distante geográfica e culturalmente de nós. O Cambodja é um país de gente pacífica, marcada por tragédias humanitárias cujos ecos não recebemos. No Cambojda não há petróleo, não há extremismos religiosos, não há terrorismo sensacionalista. Por isso, o Cambodja não interessa editorialmente aos média, nem estrategicamente aos senhores que governam o mundo. Por isso o mundo ignora as atrocidades que lá se passam. No Cambodja há um povo oprimido, que se deixa oprimir, que acredita na resolução pacífica. Um povo que apesar de aparentemente resignado e conformado com a indiferença do resto do mundo, anseia um dia gozar dos seus direitos.Gostava de fazer muito mais para ajudar Keo e o seu povo, spreading the word é tudo o que ela nos pede, e é o que faço, por agora...)

Resolução para o novo ano!!!



domingo, 5 de janeiro de 2014

balanço balançado...




Desde o último post, um ano acabou, outro começou. É verdade que infringimos as regras da blogosfera ao não publicar um post sobre o balanço de 2013 e a desejar-vos, a vós gente paciente que por aqui vai passando, um feliz ano novo. Mas a vida é mais que um blog e, os últimos dias têm sido agitados. Sobre 2013 não haverá muito a dizer, já passou, já lá vai e deixou-nos 365 janelas de oportunidades para mudar o que esteve mal. Foi um ano de aprendizagem, de lições que, embora duras e difíceis, serão de grande utilidade para o futuro. Assim o creio. Foi um ano em que ganhei gente, gente que se tornou importante para mim, mas foi também o ano em que perdi gente, e eu detesto perder gente... Foi um ano que trouxe ares de mudança que, muito provavelmente, se consolidarão em 2014. Foi um ano importante, sem ser excepcional...
2014 começou da melhor forma, junto da família, os alicerces de qualquer pessoa, de novos amigos, que auguram coisas novas, e claro, dos amigos de sempre, daqueles que estão sempre lá (mesmo que apenas pelo telefone). Não sou muito de comemorar o início de um ano novo, não pedi doze desejos, não comi doze uvas, não subi para nenhuma cadeira, não enfiei dinheiro no sapato, na verdade, quando o ano novo começou estava dentro de um carro em plena VCI. Mas, e apesar de não acreditar nestas crendices, este ano sinto uma esperança renovada, é assim um "palpita-me que vai correr bem"...
Os brasileiros acreditam que o que fazemos no primeiro dia de Janeiro se repete durante todo o ano. A ser assim em 2014, vou comer muito, rir demais, dançar até cair, conhecer novas pessoas, ter muitas dores de pés, andar muito de carro (Gija, isto pode ser um prenúncio para a nossa road trip), dormir pouco, ser mimada por quem me gosta, estar rodeada pelos amigos. Não me parece nada mal...

E já agora, um 2014 cheio de concretizações para todos! Nós vamos continuando por aqui...