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segunda-feira, 31 de março de 2014

fobias e outros medos...



Tenho um sério problema com hospitais. Aqueles corredores imensos, as batas brancas, as luzes fortes, o cheiro a químicos, a aura de morte e de medo que paira no ar. Tudo mexe comigo e desperta um pânico incompreensível. O hospital já foi a minha casa durante uns tempos, e é um sítio onde sei que vou sempre regressar, o que agudiza ainda mais este meu pânico. Para esta semana está marcado mais um desses regressos. Sei que vai ser uma estadia rápida, com sorte sem direito a pernoitar. Mas é impossível não deixar que isso me atormente, mesmo que seja por um bocadinho....

(ajudaria muito ter um médico assim a segurar-me a mão...)

segunda-feira, 24 de março de 2014

caminha como se nunca tivesse sido ferida...



Tu não controlas tudo. Recorda-te sempre disso. Nem tudo depende de ti. Por vezes a melhor coisa a fazer é pousar os remos e ir na corrente. Não adianta lutar contra. Vai haver sempre quem não goste de ti. Vai haver sempre quem deseje que tudo te corra mal. Vais encontrar sempre quem não te valorize, quem te destrate, quem tenha prazer em te magoar. Nem sempre vais ser feliz, mas podes sempre tentar. Pratica o desapego. Usa-te da indiferença. Relativiza tudo. Não dês importância a nada. Todos sabemos como é que isto acaba. Não dependas de ninguém. Não dês demais de ti a quem, ou ao que, não merece. Não te esgotes com o que não vale a pena. Não te martirizes com o que perdeste, provavelmente nunca foi teu. Desfruta o caminho, ao cortar da próxima curva pode muito bem estar o fim...



segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

eu perdoo...


Little Ele' from Zazzle.com

Qual o verdadeiro significado de perdoar? E não falo do perdão divino, ou do perdão fiscal. Falo mesmo daquele nobre acto de esquecer o mal que nos fizeram e pôr para trás das costas, o sábio "cagando e andando"... Nós perdoamos os outros pelo mal que nos fizeram, ou perdoamos a nós próprios como forma de seguir com a vida e não ficar preso a ressentimentos e mágoas? É por nós ou pelos outros? Perdoar significa esquecer? Perdoar significa que o depois seja igual ao antes? Perdoar é dar a outra face? Perdoar é sinónimo de fraqueza, ou é um sinal de superioridade? Perdoar pressupõe um pedido de desculpa, um arrependimento? Podemos perdoar mesmo os que acham que não nos magoaram? 
Não tenho as respostas, não sei sequer se há respostas universais. O caminho faz-se caminhando. Sim, é mais fácil quando deixamos estes pesos pelo caminho, mas custa ignorar algo que nos magoou tanto. É humano o apego à dor. Não é saudável o ressentimento mas é pedagógica a lembrança. E qual é o equilíbrio aqui? Esquecer e tornar-nos vulneráveis a outros golpes de igual intensidade ou recordar e tornar-nos impermeáveis a possíveis oportunidades? Como é que se equilibram todas estas bolas no ar? 

Já fui bem mais inflexível. O tempo tornou-me mole. Perdoo com relativa facilidade, e até esqueço, com o tempo (ou com Alzheimer que se vai instalando) mas, com o perdão vem também o desapego, o abrir mão. E, quando olho para trás e pergunto porque é que aquela pessoa saiu da minha vida? Então recordo, que, em algum momento tive de lhe perdoar algo. É aí que sorrio e sigo em frente.




quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

"Atrás de mim virá quem de mim bom fará!"


Nunca pensei dizer isto mas neste momento digo de coração:

Vitor my friend I miss you, please come back!!



E para quem se riu e gozou com o Inglês dele eu digo que, ao longo da minha vida profissional já tive discussões e confrontos em que tive de falar em Inglês, e eu que até sou fluente na língua confesso que no momento não é fácil articular as frases e encontrar as palavras certas para fazer valer a nossa posição, por isso Vitor, sim senhor foste grande e mostraste que com um tuga não se brinca (principalmente se for do Norte)!!!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

hereditariedades...



Já aqui falei muitas vezes sobre a minha avó, é verdade, mas é também verdade que todas as linhas que possa escrever serão insuficientes para descrever o tanto que ela me deu. A minha avó foi a minha primeira mãe. Foi quem me criou, com quem vivi e partilhei cama os primeiros dez anos da minha existência. Sim, eu dormia com a minha avó, porque a casa era demasiado grande, o soalho rangia demais, e a minha imaginação corria (ainda corre) demasiado selvagem, porque era (ainda sou) demasiado friorenta mas, sobretudo, porque gostávamos demais uma da outra para nos abandonarmos cada uma em seu quarto a gozar uma solidão demasiado pesada. Todos os dias a minha avó via-se e desejava-se para me aturar, berrava, ameaçava bater-me. Eu era arisca, respondona, desobediente mas, todos os dias, invariavelmente, dormíamos agarradas, de pés entrelaçados.
Não saio muito à minha avó, nem no parecer nem no jeito de ser. Mas, a convivência molda-nos, nós somos o reflexo daqueles que connosco se cruzaram e, por isso a minha avó está em mim. Está na emotividade, na lágrima fácil, na sensibilidade que nos faz ficar ofendidas com facilidade.  Está no coração mesmo junto à boca (o que, provavelmente, me vai fazer perder uma aposta nos próximos dias), na incapacidade de ignorar quando nos fazem mal, está no incomodo que sinto quando não estou em paz, e na forma como isso se reflecte imediatamente no bem estar físico. Está nas cismas, nos silêncios, na enorme capacidade de perdoar mas, sobretudo, naquilo que muitos apelidam de orgulho, e que é na verdade amor próprio. 
Uma das memórias mais nítidas que tenho da minha avó, era a forma determinada com que afirmava não querer ser um peso, um estorvo para ninguém. A minha avó não pedia ajuda, por muito que precisasse, não incomodava, não cobrava. A minha avó não impunha a sua presença, nem reclamava dos outros o que era obrigação deles dar. Afinal, dizia ela "quem gosta de nós mantém-nos perto, dá-nos sem pedir, se não nos quer perto, então é porque não gosta de nós, e a esses, nada poderemos exigir"...

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

do que as mulheres merecem...




ser gostadas.
sentir que são gostadas.
que esperem por elas com um sorriso rasgado.
que as abracem com força
que as beijem sem razão
que as adormeçam com um beijo
que as despertem com um beijo
sentirem-se únicas
serem únicas
que as puxem para dançar
que as façam sonhar
que sonhem com elas
que lhes digam o quanto estão bonitas
que lhes leiam um poema
que lhe cantem uma música
que as levem à loucura
que façam loucuras por elas
que as busquem
que corram atrás delas
que lhes beijem as mãos
que lhes apertem a mão, enquanto caminham, lado a lado
ser olhadas com um sorriso na face e um brilho no olhar.
ser arrebatadas
ser valorizadas
que lhes digam que são importantes
que as protejam
que as mimem
que as desafiem
que as ouçam
...










terça-feira, 10 de dezembro de 2013

power to your people...



Todas as relações humanas se baseiam nos poderes que concedemos. Uma espécie de contracto social de Rousseau. Se simpatizas com alguém, concedes-lhe o poder de falar contigo, de interagir, de partilhar momentos. À medida que vais conhecendo e afeiçoando-te às pessoas vais dando mais e mais poderes. O poder de saber da tua vida, o direito de emitir opiniões, de dar conselhos, de partilhar alegrias e amarguras. Isto demora tempo a construir. Pressupõe convivências, partilhas, 
Viver é ir concedendo estes direitos a quem vai cruzando o teu caminho. Não é um contracto escrito, não é até, na maioria dos casos, um contracto consciente. São direitos que vão sendo adquiridos. Há os que os detêm por inerência, há os que os conquistam com o tempo e há aqueles que os arrebatam porque apareceram na nossa vida num momento cosmológico muito preciso. De todos os poderes que podes conceder, há um particularmente sensível: é o poder de te magoarem. E é aqui que tens de ter muito cuidado! Podes restringir esse poder apenas àqueles que mais te amam, o ideal seria se este poder fosse limitado à mãe e ao pai, ninguém te ama mais! Mas isso seria resumir demasiado a tua rede de pessoas. Há momentos em que os  pais não são suficientes. Precisas de mais. Olhas em volta e vês aqueles que sempre ali estiveram. Aqueles que aparecem repetidamente em todas as cenas da tua vida, das mais cómicas às mais dramáticas, das mais rotineiras às mais apaixonadas. Não há como lhes negar o direito a esse poder. É-lhes concedido por usucapião. Depois há os saltos de fé. Aquelas pessoas com quem sentes uma afinidade imediata. Com quem estabeleces uma ligação directa e quando dás por ti já lhes entregaste o código do Amex. É arriscado mas, não mais que viver.
Prepara-te para que, um dia, esse poder se vire contra ti. Prepara-te para a sua não reciprocidade. Prepara-te para que seja usado mesmo por aqueles que conheces como a ti próprio, e de quem nunca esperarias.  Prepara-te, pois vai doer, muito. Mas, se a alternativa é isolares-te do mundo, que te doa, pois assim saberás que, houve o dia , em que te soube...


(nota interna: a mona concorda...)


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

dedica-te mazé ao rendimento mínimo...




Começar a semana com uma multa da segurança social (e há, algures neste país um toc que de prenda de Natal irá receber uma denúncia à ordem...) e acabar com uma carta das finanças a informar que o reembolso do IVA apenas será processado no próximo ano juntamente com um lembrete para não deixar passar o prazo de pagamento do PEC. Ah! as maravilhas de ser empresário neste país...


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

tenho para mim...


... que o meu anjo da guarda se sindicalizou e está de greve, sem sequer cumprir os serviços mínimos...



sexta-feira, 22 de novembro de 2013

de quando o passado é um presente...




A vida tem forma de nos fazer pensar naquilo que queremos esquecer. Tem formas de nos fazer rejeitar aquilo que queremos abraçar. De nos fazer seguir pelos caminhos que juramos nunca cruzar. E por vida não me refiro a nenhuma entidade  divina, ou substantivo abstracto. Não é destino, nem sorte, não é fado nem o tem que ser. É a vontade dos outros, dos teus, dos que te importam, que te condiciona, te redirecciona, te limita, te obriga a aceitar o inaceitável e a desistir do desejável. 
Ontem recebi um email, na verdade era apenas duas linhas. Curto, conciso e profundamente reconfortante. Duas linhas que sobreviveram ao tempo, à distância, à mágoa. Duas linhas que me devolveram um sorriso, ainda que breve e fugaz. Duas linhas que me mostraram que não há limites no gostar. Duas linhas que me recordaram que não me devo contentar com a metade, e que um pássaro na mão só vale mais para quem nunca teve os dois. 

(Obrigada a ti, por teres feito parte da minha vida, e por continuares por aí, ainda que na sombra...)


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Por outro lado

Há pessoas que não fazem greve e até aparecem no local de trabalho, só que levam um dia a fazer um trabalho que demora uma hora a fazer!!! Eu convivo diariamente com dois exemplares desses e hoje, especialmente hoje, estou com vontade de furar os olhos a um deles...

Acerca da greve...

Hoje já li no facebook de alguém que até é ligada a mim através de laços familiares o seguinte " Então há grevistas por aqui? hoje é nosso dia de luta!!"
Pois essa frase enervou-me, revoltou-me até porque certamente muitos como ela resolveram ter um fim de semana prolongado e "lutar" pelo nosso país,  e como fizeram isso? A ficar em casa sem fazer puto!! Não lhe respondi nada lá no fb não achei que merecesse, certamente iria me irritar, coisa que já estou que chegue, inclusive por causa da greve, mas devo dizer que sim hoje para mim é dia de luta, como foi ontem, e certamente será na próxima semana, enfim como são todos os dias, é que eu sim estou a lutar, estou aqui a trabalhar, a batalhar, a dar o litro ainda mais porque trabalho num sector que foi dos que mais se ressentiu com a crise e, no entanto, tem conseguido se reerguer, mais ainda apresenta índices de crescimento nas exportações contra tudo e contra todos! E hoje devido á greve, devido á  "luta" de algumas pessoas, tenho clientes desesperados sem resposta pois a empresa onde trabalho não conseguiu cumprir com eles, tenho um contentor de mercadoria bloqueado na alfandega porque não há quem trabalhe, porque os funcionários públicos decidiram "lutar"!!! 
Sim definitivamente continuem a fazer greves, estão no caminho certo...

terça-feira, 5 de novembro de 2013

reload




Estou cansada. Na verdade estou mesmo esgotada, exaurida. Não é um cansaço físico, como quando trabalhamos demais, ou aquele cansaço bom que nos inunda no final de um qualquer exercício físico. É um cansaço de alma, que consome, desgasta. É um cansaço de quem está prestes a desistir. De quem sente que não vale a pena, que é injusto. É um cansaço de quem não compreende, de quem não aceita um só porque sim, de quem acredita que tudo deve ter uma explicação mais esclarecedora.
É um cansaço de quem acha que merece mais e melhor. É um cansaço de quem apostou e perdeu, e voltou a apostar e voltou a perder. É um cansaço de quem deixou de acreditar que é possível vencer. É um cansaço de quem perdeu o rasto à esperança, de quem deixou de ver o céu. É um cansaço que dói, que magoa tanto que não deixa sequer espaço à aprendizagem. É um cansaço que obriga a parar, não a desistir, talvez seja ainda cedo para desistir...

Pára, obriga o teu mundo a parar por ti, reorganiza, repensa, reconsidera as prioridades. Ouve-te, vê o que precisas, recoloca-te em primeiro lugar. Gosta de ti de uma forma que mais ninguém gostará. Respeita-te. E depois, volta à luta...

 (e pelo meio tenta alegrar-te, afinal vais receber um postal do Cambodja...)

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

better than prozac, cheaper than therapy...



Todas as noites é a mesma coisa. Ela vai dormir acompanhada pelos seus demónios. Os seus fantasmas dançam alegremente sobre a sua cabeça deitada no travesseiro. Repetem, noite após noite a mesma coreografia, indiferentes ao constante virar e revirar dela na fria cama. E, por ali vão pairando, até que o corpo, exausto, cede e se entrega ao sono.
É então que nasce um novo dia, as dúvidas e angústias de ontem ficaram presas nos sonhos da noite que passou. Há uma nova página para escrever. A luz do sol, mesmo que tímido, e escondido pelas nuvens, dá uma nova perspectiva. Respira-se fundo. Há uma esperança renovada. Afinal, a vida é bela...


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Pérolas de um fim de semana só de gajas!!!

" Maminhas no chão, rabo para cima...." By MM

" Ler e foder são duas coisas que se sempre se faz com prazer!" By RV

" Vamos ligar á S.!!" By Miss Smile

"Vocês têm muita energia!" By Senhor da pastelaria o Careca

"Queres dançar?" By dezenas de gajos no B.leza

" Isto é um processo.." By Mona

"estica a canela" refrão de uma musica

" Vamos á Moda Lx ver as Aves Raras" By Moi même

"Que puto de circo de anormais, só queria vê-los no mundo real a pedir trabalho aos empresários têxteis!!" By Moi même referindo-me ás aves raras vistas na Moda Lx

E muitas mais que me vou abster de contar para não ferir mentes sensíveis e púdicas que nos possam ler.