Mostrar mensagens com a etiqueta Ensinamentos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Ensinamentos. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 13 de maio de 2014

a revolução francesa aplicada ao sexo...


Continuando a temática anterior, parece existir de facto uma área em que os franceses são melhores que os outros: o sexo. Não porque o façam melhor, não porque sejam melhores amantes, não porque sejam mais avantajados. Nada disso, são, isso sim, mais despachados. Aparentemente para os franceses não há cá rodeios, não há investimentos em jantares, saídas românticas, flores ou sequer sms's. Viste, gostaste, tens 30 minutos para lhe dizer que queres pinar com ele/a. Correu bem, então pode estar aí um potencial namorado/a. Depois do sexo, e no caso de este funcionar entre os dois, então sim vem a intimidade que, para os franciús não está na troca de fluídos mas na partilha de informação pessoal. (É aqui que imaginam um gajo, desnudo, com cara de satisfeitinho a perguntar: comment tu t'appelles?)
Curiosamente para os compatriotas de Napoleão que, aparentemente fodem a torto e a direito, a masturbação é um tabu. Algo de socialmente muito condenável, visto como o último reduto dos enjeitados. Aquela ideia do "se queres uma coisa bem feita, fá-la tu mesma" não funciona para aqueles lados, a sabedoria popular do país da fraternité deve ditar algo tipo "antes mal fodida que auto-fodida"... (E isto dá todo um novo sentido ao ar antipático dos franceses...)

Aqui está apenas a súmula de uma entrevista muito interessante cuja leitura aconselho. Vão, leiam e aprendam mais sobre a liberté e a egalité francesas, pode ser que a próxima visita ao país das baguettes seja mais lucrativa...

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

do que as mulheres merecem...




ser gostadas.
sentir que são gostadas.
que esperem por elas com um sorriso rasgado.
que as abracem com força
que as beijem sem razão
que as adormeçam com um beijo
que as despertem com um beijo
sentirem-se únicas
serem únicas
que as puxem para dançar
que as façam sonhar
que sonhem com elas
que lhes digam o quanto estão bonitas
que lhes leiam um poema
que lhe cantem uma música
que as levem à loucura
que façam loucuras por elas
que as busquem
que corram atrás delas
que lhes beijem as mãos
que lhes apertem a mão, enquanto caminham, lado a lado
ser olhadas com um sorriso na face e um brilho no olhar.
ser arrebatadas
ser valorizadas
que lhes digam que são importantes
que as protejam
que as mimem
que as desafiem
que as ouçam
...










quinta-feira, 18 de julho de 2013

I am the master of my fate; I am the captain of my soul...





Out of the night that covers me,

Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.



In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.



Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.



It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

William Ernest Henley

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O medo...



É difícil e quase absurdo explicar a pessoas emocionalmente aleijadas que o fundamental é exprimirem-se. Não aquilo que exprimem ou o modo como o exprimem, mas o simples facto de se exprimirem a si próprias. Dá vontade de exortar as pessoas a tentarem seja o que for, desde que isso contribua para a sua autolibertação. Muitas vezes nos disseram que não há nada que seja, em si, errado ou mau. É o medo de fazer coisas erradas, o medo de cometer este ou aquele acto errado, que é errado. «O medo é deixar de semear por causa dos pássaros.»
Parecemos estar hoje animados quase exclusivamente pelo medo. Receamos até aquilo que é bom, aquilo que é saudável, aquilo que é alegre. E o que é o herói? Antes de mais, alguém que venceu os seus medos. É possível ser-se herói em qualquer campo; nunca deixamos de reconhecer um herói quando este aparece. A sua virtude singular é o facto de ele ser um só com a vida, um só consigo próprio. A vida continua sempre a avançar, quer nos portemos como cobardes, quer nos portemos como heróis. A vida não impõe outra disciplina - se ao menos o soubéssemos compreender! - para além de a aceitarmos tal como é. Tudo aquilo a que fechamos os olhos, tudo aquilo de que fugimos, tudo aquilo que negamos, denegrimos ou desprezamos, acaba por contribuir para nos derrotar. O que nos parece sórdido, doloroso, mau, poderá tornar-se numa fonte de beleza, alegria e força, se o enfrentarmos com largueza de espírito. Todos os momentos são de ouro para os que têm a capacidade de os ver como tais. A vida é agora, são todos os momentos, mesmo que o mundo esteja cheio de morte. A morte só triunfa ao serviço da vida. 
 
Henry Miller, in O Mundo do Sexo

A tristeza....






Estar apaixonado. Estar completamente só...
É assim que começa... a tristeza mais doce e amarga que nos é dado a conhecer. A fome, o isolamento que precedem a iniciação.
(...)
Com um corpo composto por milhões de células, a tristeza cresce, cresce, cresce, alimenta-se de si própria, renova o milhão de seres que a constituem, transforma-se no próprio mundo e em tudo aquilo que existe ou no enigma que lhe responde. Tudo se desvanece, excepto a tortura. As cosias são como são. Eis o perpétuo tormento... E pensar que bastaria matarmo-nos para resolvermos o enigma! Mas será realmente uma solução? Não será ligeiramente ridículo? O suicídio moral é muito mais fácil. Adaptar-se à vida, como é costume dizer-se. E não às coisas como deveriam ser.
 
Henry Miller, in O Mundo do Sexo

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ide em Paz e o Senhor vos acompanhe...




Não sou muito por aquele mandamento do amar ao próximo, talvez por isso nunca tenha sido grande católica. Não acho que tenhamos de gostar de toda a gente, aliás há dias que nem gosto de pessoas. Há, contudo uma grande diferença entre não gostar de alguém e gastar energia em desejar mal. Tenho pessoas de quem não gosto, tenho pessoas que não gostam de mim, ninguém passa pela vida incólume, sem fazer uma ou outra inimizade. É natural que, no nosso caminho despertemos sentimentos menos positivos, ódios, invejas e afins... É natural que guardemos ressentimentos a pessoas que nos fizeram mal, que magoaram aqueles que amamos.
Quando olho para o leque de pessoas de quem não gosto o único desejo que me assalta é o de as manter à distância, bem longe do meu caminho. Se o capeta em pessoa me aparecesse em forma de génio a dizer que poderia escolher alguém para lhe diabolizar a vida e proporcionar-lhe o inferno na terra, eu não apontaria ninguém. Não porque seja melhor que os outros, ou porque seja boa pessoa, na verdade faltam-me cumprir muitos itens na lista de admissão ao céu, mas, apenas e só, porque não ganho nada com a miséria de ninguém. O mal dos outros não me consola (e o facto de acreditar naquela coisa a que chamam karma, também ajuda). Além disso há coisas bem mais interessantes onde gastar a minha energia. Há pessoas novas para conhecer e gostar, sítios para descobrir, fins de tarde para aproveitar, refeições para partilhar, amor para fazer, livros para ler, músicas para dançar, raiares do sol para assistir, brincadeiras para brincar, campeonatos para ganhar, gargalhadas para dar, histórias para escrever... enfim, há uma imensidão de coisas positivas para cumprir com o pouco tempo que temos e com as pessoas que nos são queridas.
Mas, se destilar ódio contra a minha pessoa, se rogar-me pragas e desejar-me mal traz felicidade a alguém, pois que o façam. É que como diz a minha sábia madrinha no seu doce sotaque carioca: "minha filha, prefira sempre a inveja à piedade dos outros."!
Porque afinal, La Vita é Bella, só temos de saber aproveitar o melhor que ela nos dá.




segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ficar feliz pelos amigos mesmo contra as nossas convicções - Lição aprendida!



Sou portista. Ferrenha, doente, maluca e todos os outros adjectivos que lhe queiram juntar. Como portista que sou, não gosto do Benfas. É a rivalidade natural, é o segundo mandamento da Lei do Bom Portista: "detestarás o clube dos lampiões". Se o Benfas joga, eu torço contra. Seja em futebol, basquetebol, berlinde ou caravanismo. Um querido amigo lampião, que tenta fazer de mim uma pessoa melhor, diz-me muitas vezes que eu não deveria ser assim. Que devia pensar nos lampiões de quem gosto, a começar pelo meu pai, e, por eles, ficar  feliz com as vitórias do benfas. A isso chama-lhe fair play. Eu rebato e argumento que as derrotas do Benfas também me fazem feliz, talvez até na mesma proporção que as vitórias do FCP. Que eu não posso ficar feliz por algo que abomino. Que ficar feliz por uma vitória do benfas era uma traição à minha pátria tripeira. 
Ontem estiveram em campo as duas equipas que menos gosto. Sim, apesar de ter vivido a maior parte da minha vida em Guimarães, não gosto do clube da cidade e, desde o episódio da tentativa de golpe na secretaria contra o meu FCP, ainda menos. Estava por isso a torcer para que perdessem os dois. Quando soube o resultado, sorri com a desgraça lampiónica, (gozem agora os lagartos e a era Peseiro, gozem...) e a cruz de Jesus! Depois de enviar as condolências (um pouco efusivas eu sei, mas pelo menos penso em vós!) à minha malta que sofre pelo benfas, enviei também os parabéns a um amigo meu vitoriano convicto. Esse meu amigo, abdicou de muito para ajudar o clube no momento que este mais precisou. Com uma determinação impressionante, sacrificou a vida familiar e  profissional, a sua saúde, os amigos, para acudir o clube de que tanto gosta e que estava numa situação de quase extinção. Quando ontem o vi, nas imagens no Jamor, com os olhos rasos de água e, mais tarde, quando me ligou de voz embargada muito emocionado, com o seu habitual discurso ganhador, de quem nunca desiste ou baixa os braços, fiquei verdadeiramente feliz. Não pelo Vitória mas, por ele. Sim, é possível ficar feliz por aqueles de quem gostamos, mesmo quando isso esbarra nas nossas convicções. Talvez um dia eu evolua ao ponto de conseguir ficar feliz com uma vitória do benfas, claro que para isso, é necessário que eles ganhem alguma coisa....


terça-feira, 5 de março de 2013

O Profeta Gentileza


Por várias vezes navegando na net, já me tinha deparado com esta frase, a qual sempre gostei e por concordar certamente já a partilhei mas nunca tinha pensando muito na origem da mesma. Na minha recente viagem ao Rio de Janeiro, encontrava isto em tudo quanto é sitio e em todo o tipo de artigos turísticos, os chamados souvenirs do Rio de Janeiro e então procurei saber mais de onde vinha esta frase tão simples e no entanto tão verdadeira. Na altura um familiar meu contou-me a história do Profeta Gentileza, o autor de tão celebre frase, entretanto resolvi pesquisar mais acerca do Gentileza e vejo que a história que me contaram lá é a versão mais conhecida, ou seja que perdeu a família num incêndio e a partir dai dedicou-se a uma vida errante e a espalhar palavras de bondade pelas ruas do Rio de Janeiro, esta é a versão que se conta, no entanto não é completamente verdade. De facto há um incêndio na historia, um grande incêndio que matou cerca de 500 pessoas a maioria crianças num circo em Niterói, alguns dias após essa tragédia, José Dratino recebeu um chamado divino e a partir desse momento dedicou sua vida a consolar as pessoas, e a ensinar o que é o perdão, vestia-se como um apóstolo e pregava seus ensinamentos nas barcas Rio/ Niterói, chamava a todos de Gentileza e daí veio o seu apelido. Nos anos 80 pintou os seus ensinamentos e suas criticas ao mundo em murais nos viadutos da Avenida Brasil, usava um tipo de letra muito peculiar e os murais ficavam na altura exacta para quem passasse de autocarro conseguisse ler. Com o passar dos anos seus murais foram vandalizados e até cobertos com tinta, muitas vozes se levantaram em favor de preservar tal património, e com a ajuda da Prefeitura do Rio de Janeiro foram recuperados.
Hoje em dia,  a frase Gentileza gera Gentileza, assim como está aqui é uma das imagens do Rio de Janeiro, e é a frase mais conhecida do Profeta Gentileza, o homem que acreditava e pregava que a " Gentileza é o remédio para todos os males"

domingo, 3 de março de 2013

Buddha...





(Quão despretensioso é um "deus" que nos manda desacreditar até nos seus mandamentos se isso for contra as nossas  razões...)