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sexta-feira, 9 de maio de 2014

one way...


Todos nós chegamos a um ponto da viagem em que nos cansamos da paisagem. Paramos, olhamos em volta e nada tem o mesmo brilho, a mesma beleza que no inicio da jornada. Estamos cansados das mesmas cores, das mesmas coisas. Qualquer cruzamento, estrada secundária, caminho de terra, qualquer paragem, mesmo na berma da estrada, é apetecível. Uns decidem seguir o seu caminho, apesar do tédio, outros adormecem, um sono entorpecedor que os faz esquecer a rotina e seguir em piloto automático pela estrada que lhe traçaram. Outros não conseguem ignorar o apelo dos caminhos alternativos, das novas paisagens, dos novos destinos. 
Quem disse que apenas podemos ser uma pessoa, a mesma pessoa? Porque é que a nossa vida tem de ser um romance de capítulos contínuos e sucessivos, ao invés de uma antologia de contos, com diversas personagens, diferentes cenários, histórias diferentes? Quem é o verdadeiro narrador da nossa história??

quarta-feira, 26 de março de 2014

Cabra mas não muito....




Um destes dias, uma pessoa que me conhece muito bem, aliás das pessoas que melhor me conhece, o que é normal já que é minha irmã há mais de trinta anos, usou a seguinte frase para me descrever "és uma cabra com um coração de manteiga!" pensando bem, acho que esta frase me define em muitos aspectos!! Sim eu tenho consciência que ás vezes sou dura, crua com as palavras, não há como eu para "chamar os nomes aos bois" como dizemos por aqui, para dizer as merdas como elas são, sou ríspida e por vezes até agressiva, sou pessoa que não cedo a chantagens muito menos as emocionais, e se me pisam, ai se me pisam a coisa não fica bonita de se ver, sim sou uma cabra e sou óptima a sê-lo!! Mas também sou o tal coração de manteiga, amiga dos meus, aliás pelas minhas pessoas eu enfrento tudo (normalmente é quando a minha vertente cabra se manifesta mais claramente), e ás minhas pessoas perdoo quase tudo, não sou pessoa de guardar rancores, pelo contrario sou de reagir e a quente mas depois passa-me e fica quase tudo bem, gosto de ajudar quem me rodeia e dou muito de mim, ás vezes até demais, mas isso é outra batalha a travar e não sei se estou disposta a fazê-lo.
Enfim, a Mona conhece-me bem, sim sou "uma cabra com o coração de manteiga" e querem saber, gosto de mim assim, e quem não está bem só tem um caminho a seguir é manter-se á distância...

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Pérolas de um fim de semana só de gajas!!!

" Maminhas no chão, rabo para cima...." By MM

" Ler e foder são duas coisas que se sempre se faz com prazer!" By RV

" Vamos ligar á S.!!" By Miss Smile

"Vocês têm muita energia!" By Senhor da pastelaria o Careca

"Queres dançar?" By dezenas de gajos no B.leza

" Isto é um processo.." By Mona

"estica a canela" refrão de uma musica

" Vamos á Moda Lx ver as Aves Raras" By Moi même

"Que puto de circo de anormais, só queria vê-los no mundo real a pedir trabalho aos empresários têxteis!!" By Moi même referindo-me ás aves raras vistas na Moda Lx

E muitas mais que me vou abster de contar para não ferir mentes sensíveis e púdicas que nos possam ler.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Tou put@...

Eu só queria um Homem assim, mas só me aparecem "conas" à frente...
Puta de sorte a minha.
Mas eu estou a pedir muito? Eu acho que não.

(A culpa é da Cinderela... um dia que tenha uma filha, ela nunca vai ouvir essa historinha... prince charming o caralho!)

ponte-me...




Gosto de pontes. As pontes aproximam, quebram barreiram, ultrapassam precipícios, sobrepõem-se a correntes de águas furiosas. As pontes resolvem contendas, facilitam o acesso, eliminam obstáculos outrora intransponíveis. As pontes cortam caminho, resolvem o que parecia impossível. As pontes levam-te lá. As pontes transformam ilhas em continentes. São o antónimo de solidão. Dão-te mundo, e dão-te gente. 
Não é difícil. Por mais fundo que seja o declive, ou turvas as águas, começas de um lado, olhar fixo no outro. Pé ante pé vais transpondo o hiato que vos separa. Como que por magia flutuas sobre a falha, caminhas sobre água. Não temas o aspecto frágil da ponte. Outros já a transpuseram. Basta a coragem para dar o primeiro passo.

Vens?


terça-feira, 13 de agosto de 2013

guia-me...



Estou apática, amorfa. Pelo menos é que me dizem. A minha mãe vai mais longe e diz mesmo que estou demasiado pálida (pudera, 3 meses de Verão e apenas uma ida à praia, não há milagres!) e magra, como que antecipando uma qualquer doença, grave, sempre grave, mesmo ao seu jeito drama queen.
Sim é verdade que me sinto demasiada cansada, não um cansaço físico, mas um cansaço de alma. O meu feitio empertigado, extrovertido, animado está em standby, até os palhaços têm direito ao repouso. Right? A verdade é que os últimos dez meses foram muito complicados. Como qualquer marinheiro que enfrenta uma tempestade, não tive na altura tempo para pensar. Precisei reagir sob pena de perecer. Arregacei as mangas, fiz o que foi necessário. A tempestade amainou e então pude olhar à minha volta, ver os destroços, as perdas, os corpos que tombaram, o cheiro a morte, a dor que paira. E então, assimila-se o sucedido, a dor que até então era expelida pela adrenalina, é agora absorvida por osmose. Vejo o rastro de destruição e questiono-me se valerá a pena. Olho para trás, tentando ver o que era, à procura da luz, à procura do antes, da sensação de que tudo fazia sentido. E é essa busca pelo sentido, pela razão de ser, que tem saído gorada. Talvez faça parte do crescimento, talvez precise de mudar as minhas prioridades, talvez precise repensar o meu caminho. Talvez, talvez, talvez... neste momento estou demasiado cansada para reagir, para pensar, para decidir. Neste momento respirar dói. Preciso repousar, todos os heróis precisam. Icei as velas e vou ao sabor do vento. Amanhã reajo...


(É verdade que, apesar da complexidade humana teimar em subverter a simplicidade da vida, esta encontra sempre a forma de manter um débil equilíbrio. E é verdade que nunca me faltou a luz, um faroleiro que me guiasse nesta tempestade. De entre as encostas conhecidas ou de onde menos esperava, sempre vislumbrei o lampejo, fixei os olhos no forte brilho e assim fui-me mantendo à tona.)



sexta-feira, 9 de agosto de 2013

chega-te a mim...



... quero cheirar-te. A que cheiras tu? Ao fresco verde? ao quente dourado? ao apaixonado vermelho? ao doce azul? O cheiro  importa. Tudo tem um cheiro, uma impressão olfactiva, um perfume intrínseco.  O amor cheira a mar, o ódio a fogo. A amizade cheira a terra, a compaixão a vento.  Perdesse eu todos os outros sentidos e ainda assim conheceria as minhas pessoas apenas pelo cheiro. Mas não conheço o teu cheiro e, por isso perco-me de ti. Desoriento-me e não te encontro o rastro. Voltas atrás, dás-me a mão, esperas-me. Reconheço-te o tacto, sei de cor a tua voz, mas não conheço o perfume do teu riso, dos teus lábios, das tuas mãos, dos teus olhos. Na noite escura, no silêncio sepulcral, na distância de dois braços, quero cheirar-te, sentir-te presente.

Chega-te a mim...


crossing that farthest line...


Fritz Henle, Beach with sitting nude and tracks, 1953


There is a sea,
A far and distant sea
Beyond the farthest line,
Where all my ships that went astray,
Where all my dreams of yesterday
Are mine.

In, Praia, Sophia de Mello Breyner Andresen

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Remember tonight... for it is the beginning of always *



Mas a perpetuidade não faz que o bom se torne melhor, nem faz o branco ficar mais branco. Mesmo que ao meio-dia a rosa perca a beleza que teve de madrugada, a sua beleza naquele momento foi real. Nada no Mundo é permanente, e somos tolos em desejar que uma coisa perdure, mas mais tolos ainda seríamos senão a apreciássemos enquanto a temos. Se a mutabilidade é da essência da existência, nada mais natural do que fazer dela a premissa da nossa filosofia. Não podemos cortar duas vezes as mesmas águas de um rio, mas o rio corre continuamente e as outras águas que cortamos são também frescas e agradáveis.

in, O Fio da Navalha, W. Somerset Maugham.

*Dante Alighieri

terça-feira, 25 de junho de 2013

É o Amor...



o amor incondicional...
Quero. Acredito.

(e o resto que se foda)



Coisas da Mona... LVII




Na semana passada ele perguntou-me (assim na brincadeira) "tás apaixonada?"
Eu: NÃÃOO.
E tu?
Eu também não...

(fuck, fuck, fuck, fuck)

Definitivamente,




We are all a little bit crazy inside. 
But I'm totally insane...

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O medo...



É difícil e quase absurdo explicar a pessoas emocionalmente aleijadas que o fundamental é exprimirem-se. Não aquilo que exprimem ou o modo como o exprimem, mas o simples facto de se exprimirem a si próprias. Dá vontade de exortar as pessoas a tentarem seja o que for, desde que isso contribua para a sua autolibertação. Muitas vezes nos disseram que não há nada que seja, em si, errado ou mau. É o medo de fazer coisas erradas, o medo de cometer este ou aquele acto errado, que é errado. «O medo é deixar de semear por causa dos pássaros.»
Parecemos estar hoje animados quase exclusivamente pelo medo. Receamos até aquilo que é bom, aquilo que é saudável, aquilo que é alegre. E o que é o herói? Antes de mais, alguém que venceu os seus medos. É possível ser-se herói em qualquer campo; nunca deixamos de reconhecer um herói quando este aparece. A sua virtude singular é o facto de ele ser um só com a vida, um só consigo próprio. A vida continua sempre a avançar, quer nos portemos como cobardes, quer nos portemos como heróis. A vida não impõe outra disciplina - se ao menos o soubéssemos compreender! - para além de a aceitarmos tal como é. Tudo aquilo a que fechamos os olhos, tudo aquilo de que fugimos, tudo aquilo que negamos, denegrimos ou desprezamos, acaba por contribuir para nos derrotar. O que nos parece sórdido, doloroso, mau, poderá tornar-se numa fonte de beleza, alegria e força, se o enfrentarmos com largueza de espírito. Todos os momentos são de ouro para os que têm a capacidade de os ver como tais. A vida é agora, são todos os momentos, mesmo que o mundo esteja cheio de morte. A morte só triunfa ao serviço da vida. 
 
Henry Miller, in O Mundo do Sexo

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Coisas da Mona... LV




"I'm too good at falling in love with people I can't have."

(but I like that... and paeonias to)

terça-feira, 4 de junho de 2013

Se não é fácil, que seja doce...



Podíamos nascer, crescer e viver apenas para satisfazer a nossa natureza, tal qual Adão e Eva no Paraíso, onde nem a mundana preocupação do que vestir os assolava. Podíamos não ser assombrados pela insatisfação, pelo desejo de ir sempre mais além, de saber o que está para lá do horizonte. Podíamos acatar a nossa realidade e cingir-nos a ela. Podíamos não sonhar, não imaginar, não ver as estrelas. Podíamos nascer com um guião com notas de rodapé, legendas e sublinhados a vermelho, que orientasse os nossos actos e falas para não estragar o momento que podia ser perfeito. Que nos preparasse para o que está para vir e nos recordasse, com recurso a analepses, do que passou e o que com isso passamos. Que eufemizasse a nossa dor, prolongasse o clímax das  alegrias, que hiperbolizasse o amor. Podíamos nascer marcados na pele com a marca da nossa tribo, aqueles com quem estamos destinados a dar-nos bem, aqueles  que nos gostam, nos protegem, nos dão a mão. Podíamos encontrar a felicidade na simplicidade da existência, na representação do papel que nos atribuíram.

Podia ser fácil mas não é...

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Quem?





TU

enlouqueces-me maravilhas-me atrapalhas-me apaixonas-me cegas-me confundes-me. Tu inspiras-me.
Tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu .....

Quero tanto de ti e tão próximo que anseio que fosses o ar, o chão, as paredes, tudo.

Que tudo o que tocasse fossem os teus braços.
Que tudo o que sentisse fossem os teus lábios.

Como quando fecho os olhos e tudo o que não vejo és tu.
Como quando não durmo e tudo o que sonho és tu.

Contigo não consigo respirar. Sem ti não consigo viver.

Quero estar tão dentro de ti que nem a luz do dia exista para mim.
Quero abraçar-te tanto que todo o mundo colapse e desapareça num pequeno ponto entre os meus braços.

Toca-me com as tuas mãos.
Faz-me desaparecer com a tua pele.
Sufoca-me na tua língua.
Arrasta-me pelo ar com o teu perfume.
Mata-me de vez.

Tu
se fosses chuva, do céu só cairiam pérolas ...
E até o chão gritaria de prazer.

Maria Teresa Horta

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Estou em delírio...

Ouvi dizer que vou ter um chupa-chupa de cannabis!!!!!

P.S. MisS, não me venhas cá com sourvenirs de látex de formas fálicas... dispenso, se é para chupar prefiro a cannabis.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

stop haunting my dreams... please


"I'm not calling you a liar,
Just don't lie to me.
I'm not calling you a thief,
Just don't steal from me.
I'm not calling you a ghost,
Just stop haunting me.

And I love you so much,
I'm gonna let you
Kill me.

There's a ghost in my lungs
And it sighs in my sleep
,
Wraps itself around my tongue,
As it softly speaks.
And it walks, and it walks, with my legs,
To fall, to fall, to fall at your feet.

There but for the grace of God go I,
And when you kiss me, I'm happy enough to die.

I'm not calling you a liar,
Just don't lie to me.
And I love you so much,
I'm gonna let you
I'm not calling you a thief,
Just stop,
And I love you so much,
I'm gonna let you, Ohh,
I'm not calling you a ghost,
Just stop...

There's a ghost in my mouth
And it talks in my sleep
,
Wraps itself around my tongue
As it softly speaks,
Then it walks, then it walks,
Then it walks with my legs,
To fall (x11)
To fall, at your feet.

There but for the grace of God go I,
And when you kiss me, I am happy enough..."

by Florence And The Machine

(hoje, despertei com esta música na cabeça, ao mesmo tempo que me apercebo, há uma semana que o fdp me persegue durante o sono...)