sexta-feira, 7 de junho de 2013

Can we blame them?

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Há umas semanas atrás, durante uma viagem de fim de semana a uma capital europeia, conhecemos, num restaurante português, uns emigrantes tugas. Depois de dois dedos de treta convidaram-nos para uma festa. Sem outros planos que não o de nos divertirmos, aceitamos o convite. A discoteca era fora do centro turístico, o espaço era giro, o ambiente agradável, povoada maioritariamente por nativos que olhavam para nós como macacos num zoo, mexiam-nos no cabelo, tocavam-nos nos braços, nos ombros, nas mãos, agarravam-nos para dançar música electrónica a dois!... (spooky!) Despedimo-nos por volta das 4 da manhã (de sábado), completamente exaustas (e com planos para levantar daí a cinco horas e calcorrear a cidade). Chamaram-nos fraquinhas.
Voltamos a encontrar-nos nesse dia à noite. Voltaram a enfatizar a nossa pouca resistência, disseram-nos que aquela cidade não era para nós, que um mês ali e seríamos engolidas... Eles ainda não tinham ido à cama, depois da festa  foram a umas quantas after party, e preparavam-se para passar numa outra antes de ir para uma discoteca onde ia estar um Dj qualquer, depois  havia ainda uma after na casa de um sujeito. Os planos duravam até às 15:00 de Domingo (começaram às 23:00 de sexta) altura em que aterravam na cama até à hora de ir trabalhar no dia seguinte. Claro que esta maratona só é possível se alimentada a um cocktail de substâncias tipo álcool, coca, queta, CO2, ácidos, e outras merdas que nem sei pronunciar. Estiveram 40 horas completamente fora de órbita, curtiram, dançaram, esqueceram os problemas, comeram e foram comidos. Não se lembram de quase nada, podiam ter-lhes roubado um rim que não teriam dado conta mas, isso parecia não ter importância. Estavam a curtir a vida, a aproveitar a sua juventude, a beber de cada minuto do seu tempo livre a explorar novos mundos e a exponenciar novas sensações. Estavam a descobrir-se, mesmo que no dia seguinte lhes restasse apenas uma ressaca e nenhuma memória. E pareciam felizes assim...



5 comentários:

Anónimo disse...

Lol... Pronto e cada um é feliz à sua maneira!
Para mim isso não seria "curtir a vida e aproveitar a juventude", mas cada um sabe de si e Deus sabe de todos!

Sílvia disse...

Faltou-me assinar o comentário anterior!

*Sílvia

Sílvia disse...

Ah espera, deu-se-me assim uma luz (não a de Lx!!)! Eles como não se lembram que "exploraram novos mundos e novas sensações", repetem sempre tudo, over and over again! Entraram num ciclo... Como a pescadinha de rabo na boca!!
Eu por acaso ia dar o exemplo dos cães que correm atrás das suas próprias cauda, tem mais piada do que a pescada, mas achei que alguém pudesse levar a mal!!

Inês disse...

Isso é viver muito no limite...

Quel* disse...

De que vale passarem bons momentos se depois não se conseguem lembrar deles? Eu quero passar bons momentos, e tenho passado muitos, felizmente, mas quero saber que daqui a uns anos me vou lembrar deles.
Se queres um exemplo, dou-te o do meu baile de finalistas do 12º ano. Bebi vinho ao jantar, mas quando achei que já tinha bebido o suficiente, parei. Queria ter a certeza que no dia seguinte, nos anos seguintes, me ia lembrar daquela noite tão importante para mim. Tenho colegas que beberam até cair, não se lembram de grande coisa, unicamente sabem que foi divertido e se lamentam imenso por isso.