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quinta-feira, 13 de março de 2014

os setenta que não se tentam...




Há não muito tempo, o meu pai contou-me uma das suas histórias. O meu pai gosta muito de contar histórias e, ao longo destes mais de 30 anos de cumplicidades, já ouvi as mesmas centenas de vezes mas, aquela nunca ma havia contado. Dizia-me ele que, quando andava na escola primária tinha um professor muito mau. Não havia dia nenhum que não "aquecesse o pêlo" a alguns alunos. E ele, o meu pai, estava constantemente entre os premiados. Dizia-me que conheceu os veios da régua de madeira como poucos. O meu pai sempre foi malandro (ainda o sabe ser) e os malandros sempre se deram bem com outros malandros, vai daí e, o grupinho dele era sempre o escolhido para levar nas orelhas. (na altura a canalha era gandula, hoje em dia é mesmo mal educada, o que infelizmente não vai lá com reguadas...) No final do ano, todos os amigos do meu pai reprovaram de ano, menos o meu pai. É então que ele tem a genial ideia de ir falar com o professor e dizer-lhe que também não queria passar de ano pois não queria separar-se dos amigos. O professor olhou para ele muito sério, com os olhos arregalados por cima do óculos a assentiu com a cabeça, proferindo apenas um: "tomava-te por mais fino, meu rapaz". Quando chegou a casa e disse ao meu avô que reprovou de ano levou, obviamente, uma coça de cinto. Quando o meu avô se cruzou, por acaso, com o professor e ficou a saber que ele reprovara por vontade própria, levou uma coça ainda maior, com direito a sermão e missa cantada. Nas palavras do meu avô: "és mais burro que os teus amigos, estes são burros porque não sabem mais, tu és burro porque queres".

Esta história veio-me à memória por causa da celeuma toda criada pelo chamado manifesto dos 70. É que parece-me que, tal como o meu pai, estamos a pedir para reprovar. Depois de termos feito todos os sacrifícios, de termos passado em todas as avaliações, de estarmos a um passo do diploma e consequente alforria, vêm agora um grupo de supostos ilustres pedir para reprovar, para voltarmos para a cepa torta, para o lixo das agências de rating. Eu não pesco nada de macro economia mas, se era para não pagar não o devíamos ter feito lá trás, antes de pedir aos portugueses os enormes sacrifícios que se pediram? Então é agora que recuperamos a confiança dos investidores, que temos juros mais baixos desde que estamos no euro, que vamos dizer que afinal não pagamos o que devemos?? É a um mês de sermos lançados aos leões dos mercados que um grupo de académicos, ex-ministros, empresários se lembram de dizer que a solução para o país é não pagar a quem deve?? E estão eles conscientes que muitos dos nossos credores são os bancos nacionais, o que provocaria um colapso bancário no nosso país?? 

Eu continuo a achar que a solução para este país é apenas e só uma, não gastar o que não tem, mas isso sou eu que não sou nenhuma ilustre...


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

podes tirar o feriado ao povo, mas não tiras o povo do feriado!


relaxing


Hoje era suposto ser feriado! 
Hoje era suposto eu enrolar-me numa manta, deitar-me no meu sofá, rodear-me de coisas cobertas e/ou recheadas de chocolate, ler os livros que não tenho tido tempo para ler, ver os filmes que não me tem sido possível ver, dormir as horas que não tenho conseguido dormir. E, talvez, ao final da tarde, e se não chovesse muito, eu me levantasse. Ligaria aos restantes membros do clube do andarilho e iria tomar um chá acompanhado de uma torrada de pão de Amarante com compota de abóbora, riríamos um pouco,  poríamos a treta em dia, combinaríamos umas coisas para o fim de semana (tipo comer uma francesinha que ando de desejos). Voltaria então para o meu sofá, que já reclamaria a minha presença e retomaria o meu árduo trabalho em dia de feriado. 
Mas não, quis a crise que se trabalhasse hoje e, por isso, aqui estou, a marcar presença sem grande produtividade, porque a minha cabeça, essa está lá, no sofá...



segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Pronto? Sono Papa Francesco...



... é assim que o Papa Francisco começa os seus telefonemas. Não seria notícia se, estes não fossem para simples fiéis, pessoas que em momentos mais difíceis procuram conforto espiritual junto do lider da Igreja Católica. As notícias sobre os telefonemas do Papa Francisco multiplicam-se e, em quase todas, a história se repete: pessoas comuns que, atormentados por um problema escrevem ao Papa, este responde com um telefonema e uma palavra de conforto que, em muitos casos, acaba por mudar a vida de quem está do outro lado da linha. 
Ligou a Michele, irmão de Andrea um jovem de 36 assassinado, que na revolta da sua dor escreveu ao Papa dizendo que jamais perdoaria Deus; ligou também a D. Rosalva, la mamma  de Michele e Andrea para a confortar, pela perda do seu filho, ligou a uma senhora argentina, vítima de estupro ligou a um estudante de 19 anos, com quem falou durante 8 minutos, e que afirma ter sido o melhor dia da sua vida, ligou ainda a Ana. Ana é uma jovem mãe, divorciada que se envolveu com um homem casado acabando por engravidar. Sozinha, abandonada pelo amante, com um filho para criar e grávida de outro, decide abortar. Antes, porém escreve ao Papa a pedir perdão pelo acto que estava prestes a cometer. O Papa Francisco, comovido com a história liga a Ana, conforta-a. Ela expõe-lhe as suas dúvidas os seus medos, O Papa diz-lhe que o seu filho é uma parte de Deus, e que jamais se sentirá só. Ana diz-lhe temer que o seu filho não seja aceite, inclusive pela Igreja, pela condição dela de divorciada e mãe solteira, em resposta o Papa oferece-se como padrinho da criança. Anna mudou de ideias, vai ter o bebé cujo sexo ainda não sabe contudo, a resposta à pergunta como se chamará caso seja un bambino é pronta: Francesco ovviamente.

Sou católica por imposição cultural. Sou não praticante por não acreditar na instituição Igreja. Só vou a missas de funerais e casamentos. Detesto o padre da minha paróquia. Sou muito crítica da religião, acredito que foi uma das piores invenções do Homem. Desprezo algumas das teorias teológicas. Não sei se o Papa Francisco é santo e se está de facto mandatado por Deus para o representar. Sei que este senhor tem provado ser um ser humano excepcional, alguém que tem usado a sua influência para marcar e mudar a vida das pessoas, e isto é, em muitos casos, um milagre. 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Caros judeus,



vocês podem ter o poderio económico,
o controlo da economia mundial,
o apoio das nações mais poderosas,
as melhores armas,
o maior exército,
podem até ter o Deus mais influente

mas,

enquanto houver um homem capaz de colocar uma bomba às costas e rebentar um autocarro,

vocês nunca ganharão esta guerra. 

sábado, 27 de outubro de 2012

Caro Professor,

 
 
Certamente não se recorda de mim mas, no tempo em que eu ocupava lugar na sua sala de aula, tive a ousadia de encetar  uma profícua discussão consigo, pessoa tão conceituado no estudo da história nacional. Dizia o senhor que a pior coisa que aconteceu a Portugal foram os Descobrimentos, eu dizia que foi o Mário Soares. O professor sustentava a sua teoria com a grande dispersão do Império, e a nossa incapacidade em o governar levando a um descuro do território nacional. Alegava ainda que este feito desenvolveu nos portugueses a falsa ideia de riqueza, de recursos inesgotáveis, dando origem á mentalidade gastadora que nos trouxe até este buraco (este buraco ainda não existia à época desta discussão mas, os buracos nas finanças portuguesas são cíclicos e, por isso, previsíveis). Eu discordei, os Descobrimentos foram a época de ouro da nossa nação, deu-nos dimensão mundial e garantiu-nos um lugar nos anais da História e sustentei que, o período negro da nossa história era mais recente e prendia-se com o processo de descolonização africana negociado pelo Sr. Mário Soares. A retirada das nossa tropas, condenou as nossa colónias a anos de guerras civis , obrigou os portugueses que lá moravam a regressar a Portugal, fugidos sem nada e com o estigma de retornados, e deixou os ex-combatentes com a "sensação que lutaram numa guerra sem razão". Nunca fui colonialista, apenas acreditava que este processo poderia ter sido melhor tratado. Deveríamos ter seguido o exemplo britânico e constituído uma Commonwealth, deveríamos ter garantido o direito de permanência dos portugueses residentes, deveríamos ter salvaguardado interesses nacionais nos territórios e sobretudo, deveríamos ter educado aquele povo para a democracia, poupando-os a anos de guerras e massacres e a invasões como acabou por acontecer em Timor.
Por tudo isso, nunca vi, em Mário Soares, qualquer vestígio do génio ou do herói que insistem em fazer dele. Nos últimos tempos, as declarações deste senhor serviram apenas para reforçar a minha convicção. Está certo que o homem está aziado com o governo devido ao corte de 1,3 milhões de euros no financiamento da sua fundação (eu cá acho que devia era cortar tudo, qualquer egocêntrico com uma fundação em nome próprio tem de ter dinheiro para a sustentar) mas, isso não lhe dá direito a dizer os disparates que bem entende. Ontem em entrevista, este iluminado dizia que o governo deveria ser deposto e ser nomeado outro sem recurso a eleições!! Este aclamado herói do 25 de Abril defende a instalação de uma ditadura no nosso país. Todos os dias se ouvem verborreias na TV nacional mas,  isto ultrapassa tudo, até mesmo os diálogos da casa dos segredos.
Caro professor, ontem entre a visão daquele homem e de D. Afonso IV ou D. João II reafirmo a minha convicção.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

É por estas e por outras que os lampiões nunca sairão da sombra...


O clube dos lampiões já foi grande. Foi, passado.  Há muito que já não o é. O FCP é comprovadamente o maior clube nacional, e é-o com todo o mérito, por muitos casos e descasos que tentem congeminar. Nos últimos anos o FCP ganhou mais títulos na Europa que o benfas por cá. Somos indiscutivelmente superiores. Mas, essa superioridade não brotou espontâneamente, nasceu do trabalho de um homem que, amado por uns e odiado por tantos, teve uma visão para o clube. Jorge Nuno Pinto da Costa é o dirigente com mais títulos no mundo. Com ele o FCP cresceu e ganhou projecção mundial. E o segredo deste homem é só um: gostar verdadeiramente do clube. Já o dizia a rameira que virou escritora: Pinto da Costa só ama duas coisas - o Porto e o dinheiro, e por esta ordem. Claro que os portistas sabem que ele se governa dentro do clube, a engenharia financeira nas transferências dos jogadores é gritante. Mas isso não é relevante para os adeptos porquanto o clube continue a ganhar. Podem questionar a seriedade do homem (relembro que foi julgado em várias instâncias e nunca foi condenado) mas, ninguém lhe pode questionar o amor e dedicação ao clube. Hoje o orelhas ganhou as eleições do benfas, por uma margem esmagadora. Mais de 83% dos sócios preferiram eleger o condenado ao juiz. Elegeram o homem que em 9 anos ganhou 2 campeonatos e conseguiu a proeza de colocar a divida do clube em valores incalculáveis. Elegeram o homem que nada percebe de futebol. Elegeram uma espécie de Chávez que impôs um golpe palaciano de forma a se perpetuar no poder, que é insano e inconsequente nas intervenções que lê. Elegeram o homem que se preocupa mais em atacar os adversários que colocar ordem na casa. Elegeram o homem que se gaba de não receber salário mas que usa a marca benfas para fechar negócios milionários nas suas empresas. Elegeram o homem que há não muito tempo atrás era sócio do FCP.  Eu cá congratulo-me com esta vitória...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Norte e Sul, diferenças endémicas

Desde há várias semanas que os estivadores estão em greve causando um prejuízo incalculável para o país e sabotando assim os esforços dos empresários portugueses, que se esfolam por conseguir vender os seus produtos lá fora e contribuir para a recuperação da economia nacional. Confesso que tive de ir ver o significado de estivador e, segundo a wikipédia, o estivador é "o técnico responsável pela colocação, retirada e ou arrumação de cargas nos porões ou sobre o convés de embarcações". De de acordo com as últimas notícias na comunicação social, estes profissionais que se auto-intitulam escravos, são muito bem pagos por isso chegando a auferir 10 vezes o salário mínimo!! De fora desta greve estão os estivadores do porto de Leixões. Aquando da reestruturação deste porto a administração, num acto de gestão exemplar e preventiva da grave crise que já se anunciava, negociou com o seu sindicato e chegaram a acordo quanto à diminuição dos salários em cerca de um terço. Desde então a actividade do porto de Leixões tem crescido exponencialmente e, a cada trimestre, bate novo recorde de toneladas movimentadas. O governo quer agora usar o exemplo de gestão do porto de Leixões e implementar as mesmas medidas nos restantes portos nacionais. Os estivadores do sul, conhecidos por rebentar petardos nas manifestações, apontam o dedo aos colegas do norte, apenas porque estes, para salvar os postos de trabalho, aceitaram diminuir o seu salário, e contribuíram para reforçar a solidez das empresas onde trabalham. Não vou questionar a razão dos estivadores, embora a percam quando usam da violência. Mas questiono esta mentalidade sindicalista arcaica em que o patrão é inimigo do trabalhador. As empresas portugueses enfrentam grandes desafios e só os ultrapassarão com a ajuda e compreensão dos trabalhadores. Abdicar de alguns direitos em momentos difíceis não  significa recuar no tempo. Por vezes é preciso dar um passo atrás para avançar dois. Porque só existem direitos quando são cumpridos os deveres.
 

terça-feira, 11 de setembro de 2012

e tu, onde estavas?



Não me lembro o que almocei anteontem, na verdade tenho de me concentrar para me recordar o que comi ontem ao almoço. Contudo, recordo com muita precisão o que almocei faz hoje 11 anos. E recordo-me porque era precisamente isso que eu estava a fazer quando aconteceu o 11 de Setembro. Estava num restaurante junto ao Atlântico a comemorar o aniversário do meu pai. Começamos com um camarão da costa cozido, umas sapateiras recheadas e as ameijoas à bulhão pato. Foi precisamente quando íamos começar a atacar o arroz de lavagante que o gerente veio à sala, (estávamos numa área reservada) contar-nos e ligar-nos a televisão para que pudéssemos ver. A tese de acidente ainda prevalecia. Foi de alicate em punho, em luta com um lavagante que vi o segundo avião a embater na torre sul. Tal como a maioria dos seres humanos que assistiram àquele momento em directo, eu também não atingi a magnitude do que se estava a passar. A distância dos acontecimentos, permitiu-me continuar a desfrutar da refeição, com algum espanto e comoção mas, sem grande choque ou horror. Quando penso nesse dia e na minha reacção, assim como na dos que estavam comigo, não consigo deixar de me surpreender com a natureza humana. Em informação um dos critérios para a selecção de notícias é a distância, um morto em Portugal é mais notícia que 10 em Inglaterra e estes são mais notícia que 100 na China.  Acho que o nosso cérebro não está formatado para se comover com imagens terríveis como a da queda das torres, ou das pessoas a saltar por puro desespero, ou com os números soltos do balanço das tragédias. No caso do 11 de Setembro, o horror atingiu-me com a divulgação histórias de pessoas que foram directamente afectadas por este acto hediondo: pais que perderam filhos, filhos que perderam pais, amores desfeitos, despedidas sentidas...Não tenho nenhuma outra recordação tão detalhada dos  aniversários do meu pai mas, aquele permanece gravado na minha memória. Foi gravado a ferros, pela dor e desespero das  histórias contadas na primeira pessoa. Porque, quando a tragédia não tem rosto é apenas mais uma história que se perde na teia da História.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Se pegasses na tua demagogia e a enfiasses num sítio que eu cá sei, estou segura que seria melhor para todos...



A propósito das medidas de auteridade mas, sem tecer grandes considerações sobre as mesmas sob pena de me rebentar a bilis e eu ter que processar o Pedro, e não saber se processaria o Pedro PM ou o Pedro cidadão, só posso aceitar que de facto o país estava para lá de falido. Não há dinheiro para pagar as insanidades do passado e é preciso arranjá-lo. Já que a máquina que imprime as notas não está mais sob a nossa jurisdição (e Macau já não é nosso...), têm mesmo é que ir buscá-lo ao bolso do povo. Mais uma vez, estamos fodidos e mal pagos. Se este governo está a fazer bem, ou se podia fazer melhor é questionável, o facto é que eu não lhe invejo a sorte.
Mais do que ficar sem um salário, ou pagar mais impostos que um finlandês, o que me deixa mesmo cega é ver o desplante deste individuo da foto e dos que lhe seguem a doutrina. Sim ele não é o único culpado pelo buraco em que estamos, a insanidade começou com o Soares, continuou com o Cavaco, agravou-se com o Guterres e tomou medidas desproporcionais com este imbecil que, ainda posa de magnânime! É que este sujeito, muito solidário que é com o país, decidiu abdicar do rendimento mínimo para políticos, subsidio de integração chamam-lhe eles... Resolveu fazer um gap e ir estudar, coisa que nunca tinha feito na vida, para França, - consta que agora é intelectual - passando a viver de rendimentos. Acontece que os rendimentos declarados por este senhor ao fisco português não chegavam para pagar 3 meses da vida de luxo que este apátrida goza na cidade luz. Se eu, de um momento para o outro, aparecesse de Aston Martin, tinha o fisco e a PJ à perna com perguntas, auditorias e investigações. Provavelmente estaria presa, mesmo se argumentasse que ganhei o carro numa noite tórrida com um sheik. Mas,  este pseudo engenheiro ninguém incomoda, sequer para arrolar como testemunha em processos onde o seu nome teima em aparecer. Parece que o money que o sustenta brota milagrosamente numa qualquer fonte vulcânica...

Este modus vivendi do socialista com nome do filósofo é exemplificativo da ideologia do partido que um dia liderou. Para os nossos socialistas continuamos a viver no país das Maravilhas e a máxima alguém há-de pagar, certamente ainda figura no tapete de entrada do nº2 do Largo do Rato. Pois, senhor Seguro, esse alguém é o povo e está muito mais fodido com as medidas anunciadas que o senhor, que não sabe o valor do dinheiro. É que as facturas das dívidas que o seu antecessor alegava não serem para pagar estão a cair nos bolsos dos portugueses e, ouvir da parte de quem gastou o nosso pataco que, o sacrificio não vale a pena, não ajuda a digerir, seguramente...  Deixo-lhe um conselho que, eu sim sou magnânime. O senhor e o seu partido estão para o país como a Alemanha estava para a Europa no fim da II Guerra Mundial, o melhor que o senhor tem a fazer é trabalho construtivo, apresentar medidas realistas e trabalhar para nos tirar do buraco onde nos enfiaram. E aprenda de uma vez por todas, não há dinheiro não há vicio!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Ele diz que nos enrabaram... e com uma pistola....

 
 
No dia 14 de Agosto, Juan José Millás publicou, na secção de cultura do jornal El Pais, uma crónica que rapidamente se tornou viral em Espanha sendo mesmo o artigo mais lido de sempre do jornal espanhol. Juan José Millás é escritor, e socialista. Tem uma visão prática da economia. Afinal a economia não é assim tão complicada, eles é que a complicam, misturando-a com as finanças e contaminando-a com manobras de engenharia, para que continuem a roubar impunemente. Dá uma explicação básica, usa uma linguagem familiar e perceptível ao comum dos leitores e, sem rodeios, floreados ou grandes teorias de economia política, expõe o problema como ele é. Dirão que a realidade não é tão simples mas, a verdade é que, e nisto concordo a 100% com Juan José, a politica tem de se alforriar da economia. E nós temos de nos livrar do cano que nos enfiaram no cu...
 
(nota: na minha terra, quando queremos desejar algo de mau a alguém, diz-se que lhe devia nascer um castanheiro no cu, ao invés de desejar o cano da pistola mas, sempre fomos mais pacifistas que nuestros hermanos...)
 
O cano de uma pistola pelo cu

Se percebemos bem - e não é fácil, porque somos um bocado tontos -, a economia financeira é a economia real do senhor feudal sobre o servo, do amo sobre o escravo, da metrópole sobre a colónia, do capitalista manchesteriano sobre o trabalhador explorado. A economia financeira é o inimigo da classe da economia real, com a qual brinca como um porco ocidental com corpo de criança num bordel asiático. Esse porco filho da puta pode, por exemplo, fazer com que a tua produção de trigo se valorize ou desvalorize dois anos antes de sequer ser semeada. Na verdade, pode comprar-te, sem que tu saibas da operação, uma colheita inexistente e vendê-la a um terceiro, que a venderá a um quarto e este a um quinto, e pode conseguir, de acordo com os seus interesses, que durante esse processo delirante o preço desse trigo quimérico dispare ou se afunde sem que tu ganhes mais caso suba, apesar de te deixar na merda se descer.
Se o preço baixar demasiado, talvez não te compense semear, mas ficarás endividado sem ter o que comer ou beber para o resto da tua vida e podes até ser preso ou condenado à forca por isso, dependendo da região geográfica em que estejas - e não há nenhuma segura. É disso que trata a economia financeira.
Para exemplificar, estamos a falar da colheita de um indivíduo, mas o que o porco filho da puta compra geralmente é um país inteiro e ao preço da chuva, um país com todos os cidadãos dentro, digamos que com gente real que se levanta realmente às seis da manhã e se deita à meia-noite. Um país que, da perspetiva do terrorista financeiro, não é mais do que um jogo de tabuleiro no qual um conjunto de bonecos Playmobil andam de um lado para o outro como se movem os peões no Jogo da Glória.
A primeira operação do terrorista financeiro sobre a sua vítima é a do terrorista convencional: o tiro na nuca. Ou seja, retira-lhe todo o caráter de pessoa, coisifica-a. Uma vez convertida em coisa, pouco importa se tem filhos ou pais, se acordou com febre, se está a divorciar-se ou se não dormiu porque está a preparar-se para uma competição. Nada disso conta para a economia financeira ou para o terrorista económico que acaba de pôr o dedo sobre o mapa, sobre um país - este, por acaso -, e diz "compro" ou "vendo" com a impunidade com que se joga Monopólio e se compra ou vende propriedades imobiliárias a fingir.
Quando o terrorista financeiro compra ou vende, converte em irreal o trabalho genuíno dos milhares ou milhões de pessoas que antes de irem trabalhar deixaram na creche pública - onde estas ainda existem - os filhos, também eles produto de consumo desse exército de cabrões protegidos pelos governos de meio mundo mas sobreprotegidos, desde logo, por essa coisa a que chamamos Europa ou União Europeia ou, mais simplesmente, Alemanha, para cujos cofres estão a ser desviados neste preciso momento, enquanto lê estas linhas, milhares de milhões de euros que estavam nos nossos cofres.
E não são desviados num movimento racional, justo ou legítimo, são-no num movimento especulativo promovido por Merkel com a cumplicidade de todos os governos da chamada zona euro.
Tu e eu, com a nossa febre, os nossos filhos sem creche ou sem trabalho, o nosso pai doente e sem ajudas, com os nossos sofrimentos morais ou as nossas alegrias sentimentais, tu e eu já fomos coisificados por Draghi, por Lagarde, por Merkel, já não temos as qualidades humanas que nos tornam dignos da empatia dos nossos semelhantes. Somos simples mercadoria que pode ser expulsa do lar de idosos, do hospital, da escola pública, tornámo-nos algo desprezível, como esse pobre tipo a quem o terrorista, por antonomásia, está prestes a dar um tiro na nuca em nome de Deus ou da pátria.
A ti e a mim, estão a pôr nos carris do comboio uma bomba diária chamada prémio de risco, por exemplo, ou juros a sete anos, em nome da economia financeira. Avançamos com ruturas diárias, massacres diários, e há autores materiais desses atentados e responsáveis intelectuais dessas ações terroristas que passam impunes entre outras razões porque os terroristas vão a eleições e até ganham, e porque há atrás deles importantes grupos mediáticos que legitimam os movimentos especulativos de que somos vítimas.
A economia financeira, se começamos a perceber, significa que quem te comprou aquela colheita inexistente era um cabrão com os documentos certos. Terias tu liberdade para não vender? De forma alguma. Tê-la-ia comprado ao teu vizinho ou ao vizinho deste. A atividade principal da economia financeira consiste em alterar o preço das coisas, crime proibido quando acontece em pequena escala, mas encorajado pelas autoridades quando os valores são tamanhos que transbordam dos gráficos.
Aqui se modifica o preço das nossas vidas todos os dias sem que ninguém resolva o problema, ou mais, enviando as autoridades para cima de quem tenta fazê-lo. E, por Deus, as autoridades empenham-se a fundo para proteger esse filho da puta que te vendeu, recorrendo a um esquema legalmente permitido, um produto financeiro, ou seja, um objeto irreal no qual tu investiste, na melhor das hipóteses, toda a poupança real da tua vida. Vendeu fumaça, o grande porco, apoiado pelas leis do Estado que são as leis da economia financeira, já que estão ao seu serviço.
Na economia real, para que uma alface nasça, há que semeá-la e cuidar dela e dar-lhe o tempo necessário para se desenvolver. Depois, há que a colher, claro, e embalar e distribuir e faturar a 30, 60 ou 90 dias. Uma quantidade imensa de tempo e de energia para obter uns cêntimos que terás de dividir com o Estado, através dos impostos, para pagar os serviços comuns que agora nos são retirados porque a economia financeira tropeçou e há que tirá-la do buraco. A economia financeira não se contenta com a mais-valia do capitalismo clássico, precisa também do nosso sangue e está nele, por isso brinca com a nossa saúde pública e com a nossa educação e com a nossa justiça da mesma forma que um terrorista doentio, passo a redundância, brinca enfiando o cano da sua pistola no rabo do sequestrado.
Há já quatro anos que nos metem esse cano pelo rabo. E com a cumplicidade dos nossos.

retirado de: Dinheiro Vivo

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Caros educadores, menos crianças = menos professores, perceberam?

Se há classe profissional que me causa alguma comichão é a dos professores. Não tenho nada contra os professores e, também acho que são uma classe muito válida e de vital importância na sociedade (como muitas outras). Mas, aquele Mário Nogueira e a sua sede de protagonismo, as manifestações sazonais, ora por causa dos concursos, ora por causa dos contractos, ora por causa dos horários, dos exames, dos alunos, as greves... A verdade é que já não há paciência. Eu não percebo absolutamente nada dos concursos de professores, da forma como são, ano após ano, contestados imagino que deva ser algo muito complexo. Mas uma coisa eu sei, o Ministério é da Educação e existe para proporcionar educação a quem dela precisa, não é o ministério do professor e a sua função não é a de criar emprego para os professores. Um licenciatura na vertente de ensino, mesmo tirada segundo os parâmetros normais e não pelo método Relvas, não vincula o estado a arranjar emprego ao professor. Se há menos crianças é normal e aceitável que o estado contrate menos professores, outra coisa não se esperaria. A instabilidade profissional que tanto contestam é o pão nosso de cada dia dos trabalhadores do privado, porque garantias de emprego vitalício ninguém , no mundo real (não inclui aqui a função pública) a tem. Trata-se de uma classe muito bem paga, que não é das mais desgastantes (que outra profissão tem um intervalo a cada 50 minutos?) e, embora acredite que terá os seus problemas, não é razão para levarmos com o bigode do Mário Nogueira e as suas reivindicações, a que já ninguém liga, todos os dias nas notícias.

domingo, 8 de julho de 2012

A demência do destino ou, de como a vida sabe ser injusta...

O mundo soube, por estes dias, da demência de Gabriel García Marquez. Uma maleita que o impede de fazer aquilo em que é melhor: contar-nos histórias. Uma maleita que o arrasta para um mundo de solidão, um mundo que é, agora, só dele. 
García Marquez é um dos meus autores preferidos. Gosto da escrita simples e despretensiosa que o caracteriza. Uma escrita nascida no jornalismo, que torna as suas histórias simples, corridas, viciantes. Uma escrita que agarra, prende e nos arrasta para a história. Há uns anos, num aeroporto qualquer, estava eu embrenhada a ler o Notícia de um Sequestro, quando um senhor se sentou ao meu lado. Não senti a sua presença até me falar num castelhano polvilhado de Colômbia. Apresentou-se, cumprimentou-me e desculpou a sua intrusão apontado para o livro. "Sabes é que sou Colombiano e, ver alguém ler um dos nossos enquanto aguarda pelo avião, é simplesmente maravilhoso". Eu, que permanecia ainda embrenhada no mundo do Cartel de Medlin, olhei com alguma desconfiança para o homem que sorria gentilmente ao meu lado. A minha relutância durou ainda uns minutos, a fértil imaginação teimava em fazer do homem um cartelista com tendências homicidas mas, é impossível resistir à simpatia e à doçura do sotaque sul americano! Conversamos enquanto aguardamos pelo avião e depois durante a viagem. O senhor, que estaria a viver os seus 50 anos, contou-me histórias fabulosas da sua Colômbia, segredou-me que conhecia o Gabriel, a quem tratava por Señor Gabi, que era uma pessoa extraordinária. Falou-me dos almoços intermináveis que tinha com ele e das conversas que partilhavam, de como todos bebiam das suas palavras maravilhados pelo seu dom de contador de histórias. Falou-me daquele livro ser mais que uma obra literária, ser na verdade um verdadeiro acto de coragem (ou loucura), uma manifestação política de um activista mal encapotado. Falou-me da sua Colômbia e de como os cartéis da droga viciaram o país "mais belo do Mundo". Incentivou-me a descobrir a sua pátria, a respirar o seu verde e a viver as suas tradições embora, tivesse deixado o aviso:"Colombia no és un país para una chica tan hermosa conocer sola". Pois, calculo que não. Por isso, quando for à Colômbia hei-de levar o Señor Gabi debaixo do braço e deixar que a sua arte me guie e me mostre o seu paraíso. Fica a promessa...


A si, Señor Gabi, resta-me desejar que qualquer que seja a realidade onde agora habita, esta o faça feliz, apesar da incompreensão do mundo!


  Também eu ergo um manguito à puta da vida e suas injustiças...


sexta-feira, 6 de julho de 2012

Ajuda aos constitucionalistas...

Caros Senhores do Tribunal Constitucional permitam-me uma pequena contribuição na vossa luta para tornar esta sociedade mais justa, relembrando-vos de alguns direitos dos funcionários públicos que também devem ser tidos como inconstitucionais, por não assistirem aos comuns trabalhadores:

- Os funcionários públicos têm o direito a um emprego para a vida, os restantes mortais têm de suar todos os dias para o patrão não o dispensar!

- Os funcionários públicos têm promoções automáticas na carreira, tendo como base apenas os anos de serviço, apesar de serem um escarro naquilo que fazem!

- Os funcionários públicos têm direito a um seguro de saúde familiar chamado ADSE que é pago por todos os contribuintes portugueses. Se eu quiser uma consulta de especialidade num hospital público tenho de esperar 2 anos, o funcionário público pode escolher o especialista e sou eu que pago!

- Os funcionários públicos têm direito a 28 dias de férias!

- Os funcionários públicos recebem a baixa por inteiro e só vão a junta médica ao fim de 60 dias e se a entidade patronal o solicitar!

- Os funcionários públicos podem insultar o patrão que não são despedidos por isso.

- Os funcionários públicos recebem ao dia 20 "no matter what"!

- Os funcionários públicos que gerem empresas públicas têm direito a prémio de gestão mesmo que a empresa dê prejuízo.

- Os funcionários públicos não precisam de ser simpáticos ou competentes com o público, na verdade muitos deles estão-se a cagar, não podem ser despedidos.

- Os funcionários públicos ganham, em média, mais!

- Os funcionários públicos têm direito a decidir em causa própria, não é senhores conselheiros?!



domingo, 10 de junho de 2012

A visita dos meninos bonitos ao Sr. Presidente

O que será que o nosso presidente disse ao menino Cristiano?




a) Tens 1€ para um pobre reformado?
b) Marcas pelo menos um golo?
c) Se não ganharmos o europeu eu enfio-te isto num sitio!!

(eu não apostaria em nenhuma das hipóteses anteriores.
Era mais, que cabelo é esse? É isso que andas a fazer nos treinos?
Ou então, se alguma coisa correr mal liguem-me que eu vou treinar a selecção, sempre ganhava mais uns troquinhos)

terça-feira, 5 de junho de 2012

Ai Isabel Figueira, Isabel Figueira, não julgues os outros pelo teu QI...

Flash: O que é que responde quando lhe perguntam a sua profissão?

Isabel Figueira:" Acima de tudo sou artista. É verdade que sou manequim há muitos anos e essa foi a minha rampa de lançamento para vir a ser apresentadora e, mais tarde, actriz."
                                                                                                 in revista Flash

Oi?  Oh Isabel tem a certeza do que diz? É que eu que achava que tinha ficado famosa depois do mui nobre e prestigiado programa Acorrentados, onde a artista andava todo o dia  acorrentada a uns quantos homens e, à noitinha, dormiam algemadinhos no mesmo leito... A menina até chegou a namorar com um dos que lhes estavam acorrentados, aquele loirinho assim ó pó feiinho, não se recorda?

Cara Isabel, o povo não tem memória tão fraca assim. E já agora, um artista é alguém que produz arte e, esse não é de todo o seu caso. Não, as produções fotográficas sem roupa não contam, por muito que insistam em as apelidar de artísticas...

Lei das compensações...

Depois de um verdadeiro dia de merda, o universo devia era compensar-me com o euromilhões de logo. Era o mínimo....

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Ora diga lá outra vez...

Hoje não é só o dia mundial da Criança, é também o dia europeu sem cuecas! Por isso, se já não é criança pode sempre celebrar a data com outro propósito...

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Achavas que era só mamar?

"Quem com ferro fere, com ferro será ferido ..."
Foste a amante, destruíste um casamento, passaste a namorada, dondoca de um "suposto Jet7", mãe do filho, e agora tcharan... a cornuda!!!
Tiveste direito a Gucci, Louboutin, relógios Patek Philippe ou Frank Muller, uma residência na Foz, a cabelo e mamas novas, de Elisabete Caralho ups Carvalho passaste a Bé, e ainda te queixas? Bézinha quem te deu a mama? Se o Vítor te deu também te pode tirar! Ou pensavas que era vitalício? Eu ainda me lembro da primeira vez que apareceste nas revistas, há 6/7 aninhos que nem o cão tinhas pago ao dono! 

Agora acusar o Vitor Baia de roubo é bonito!
"Quem com putas joga ao vinte, ou fica pobre ou pedinte!" Ah pois é, já dizia a bisavó da minha mãe, minha trisavó.
Lindo!!!

terça-feira, 29 de maio de 2012

O que vale é que foi de Borla

Viste o Robert?
O Caralho!!!!

E o filme?
Adormeci... Despertei na cena do pinanço com a preta!

No fim ou se ama ou se odeia... Cosmopolis, ou é apreciado por inteiro ou não.
Bastante intenso, de atmosfera obscura e apocalíptica, cheio de fantasmas a roçar a paranóia, o hipocondrismo e a esquizofrenia. O filme da crise produzido por um português com o apoio da "nossa" RTP também em crise!
Não é o meu tipo de filme mas certamente não se consegue ficar indiferente... à contemporaneidade do mesmo.

Uma critica aqui.
A frase do filme: "A minha próstata é assimétrica".
Mais um que está  a mamar, este Senhor.




domingo, 27 de maio de 2012

Eu não fui...

Ontem, enquanto assistia aos concertos de Linkin Park e Smashing Pumpkins na SIC Radical, questionava-me o porquê de eu não estar lá, no Parque da Belavista. Afinal são duas das bandas que adoro! Ah! Pois é, eu não gosto deste conceito de concerto, é demasiada gente e eu sou demasiado pequena (1,59m) para me safar com uma bela vista! Eu gosto de concertos em estádios. Também gosto de festivais mas, mais pelo ambiente do que pelos concertos e, o Rock in Rio, não carrega em si o verdadeiro espírito festivaleiro. Contudo, mesmo no conforto do sofá, não fiquei imune ao grande espectáculo que, quer Linking Park, quer Smashing Pumpkins deram. Foi, para mim, a perfeita definição de um grande concerto. Uma banda e um público unidos em perfeita harmonia e êxtase apenas e só pela música. Sem qualquer artificio, sem coreografias acrobáticas, dançarinas exóticas, fogo de artifício ou efeitos especiais. Apenas e só boa música e a boa vibração que esta propaga. Poucos são os que o conseguem...