domingo, 6 de janeiro de 2013

Médicos...

Ser médico não é o mesmo que ser outra profissão qualquer.
Se por exemplo um pintor se pode enganar no tom de uma parede, um comercial num preço, já um médico não se pode dar ao luxo de cometer um engano pois por minimo que seja pode pôr em risco a vida de uma pessoa.
Há contudo algumas pessoas detentoras dessa categoria que jamais em tempo algum podem ser considerados médicos simplesmente porque brincam com o estado das pessoas que lhes aparecem à frente.
Infelizmente, justamente no final do ano sofri na própria pele a leveza destas pessoas, e lamento profundamente que numa urgencia com cerca de 6 medicos, 5 fossem desta categoria.
Desde terem demorado cerca de 4 horas a atender um doente hipocoagulado que apresentava graves perdas de sangue até assistirem a sucessivos desmaios sem que nada fizessem.
O que mais me revolta é que esta cambada anda na urgência de um lado para o outro, a conversarem uns com os outros e os doentes a acumular.
Como estava a dizer, passadas quatro horas lá fomos atendidos, tivemos na hora a impressão de que nada do que estávamos a dizer estava a ser assimilado. Mandou fazer análises e um raio x. Passadas 2 horas voltou com o veredicto : É uma infecção, tem de fazer dieta e daqui a 8 dias quero voltar a vê-lo. Agora falta ver o raio x, mas estou na minha hora e ninguém me paga para dar horas extra. ALGUÉM ira ver o raio x  e prescrever o antibiótico.
Passadas mais duas horas, o alguém ainda não tinha dado as caras e o doente continuava a desmaiar e a perder sangue.
Tentei descobrir quem era o alguém mas não era ninguém.
Em desespero e já passadas 7 horas depois de dar entrada decidi abordar o único médico que trabalhava naquela urgência e após um troca de palavras ele acedeu e tomou conta do meu marido.
Foi incansável até fazer o diagnóstico e manteve-me sempre informada do que estava a fazer. Só a partir deste momento sentimos que estávamos em boas mãos.
Já transferidos para o hospital da nossa área de residência fomos informados de que o meu marido tinha perdido muito sangue e que por esse motivo tinha corrido risco de vida.
Tudo porque uma energúmena encarou com demasiada leveza a sua responsabilidade.
Apenas após 3 sacos de plasma e 4 de sangue foi possível iniciar o tratamento para o mal que o levou ás urgências.

4 comentários:

MisS disse...

Eu também já tive a minha dose de urgências e o papel das personagens assemelha-se...

RCA disse...

Da única experiência que tive, afinou-se o comportamento a partir do momento em que mandei chamar o chefe da urgência. No entanto, até subir a parada estive 2 horas à espera de nada. Suponho que é a norma...

Anónimo disse...

:((
É muito triste que existam profissionais da saúde assim.
espero que já esteja tudo bem.

Isa disse...

Sim agora está tudo a ficar bem. Obrigada.