domingo, 17 de junho de 2012

Vá não me queimem o soutien por isto...

Eu não sou feminista. Não me interpretem mal, estou muito agradecida a todas as mulheres que, no passado, lutaram e queimaram os seus soutiens para que hoje eu pudesse votar, trabalhar e gozar do meu salário, sair do país sem autorização do pai ou do esposo... Tenho absoluta certeza que não saberia viver sem estas conquistas. Não sei se, nós mulheres, já conquistamos tudo o que temos direito, sei que existem diferenças, sei que a igualdade é uma utopia, simplesmente, porque homem e mulher não são iguais. São seres diferentes, feitos para se complementarem. Confesso que me incomoda deveras o fundamentalismo que muitas fazem em torno deste assunto, o fervor e a cegueira que imprimem na defesa da causa têm muitas vezes o efeito perverso de menosprezar o papel da mulher.  Assim como a confusão entre feminismo/cavalheirismo. Um homem que segura a porta para a mulher passar, que cede a sua cadeira para ela se sentar, que se oferece para carregar os pesos, que paga a conta quando convida não é um machista, é um cavalheiro. E uma mulher que aceita estas gentilezas não é menos mulher por isso.



 



3 comentários:

Sílvia disse...

Mais uma vez, de completo acordo! Para mim cavalheirismo faz parte da boa educação. E homens e mulheres devem sim ter as mesmas oportunidades, mas nunca com a justificação de que são iguais, porque somos diferentes, felizmente. Se fossemos realmente iguais não tinha piada nenhuma!

Salvador disse...

Bem, eu seria incapaz de lhe queimar o soutien, Mamíssima. Tirava-o, muito delicadamente...))

Ainda mais a sério, gosto do tema e de o abordar em jeito de picardia de género e transcrevo algo que escrevi sobre o assunto: "Mas é na questão das competências dos géneros que reina a confusão, em especial na Mulher, que é, de todas as fêmeas, aquela que mais se esforça por contrariar a sua natureza. Talvez por considerarem menores as funções que a Natureza lhes destinou, o Mulherio partiu numa luta desesperada pela igualdade, que culminou com elas armadas em homens, sem pénis mas com inveja, fazendo das mamas a sua principal arma. E é com elas espartilhadas em wonderbras, subidas por push-ups, cheias de silicone e não de leite, saltando de decotes que fariam corar as cortesãs Francesas da Idade Média, que as apontam ao Mundo apelando aos sentidos e à rendição dos Homens. Pronto, ganharam! Agora que já conduzem, fumam, bebem, gritam, praguejam, batem, assediam, engatam, traem, dizem 'caralho' e 'foda-se', esgotaram a paciência das amigas e tudo quanto é antidepressivo, pílula do dia seguinte e livro de auto ajuda, importam-se de voltar para casa e de se dedicar a esta e à vossa função primordial, a maternidade, com todo o vosso muito empenho? A Humanidade agradece. "

MisS disse...

Silvia, mais uma vez: great minds think alike! E não esquecer que há mulheres e mulheres, e depois há as anónimas...

Eh pá, Salvador se lermos este texto com uma voz à David Attenborough é um autêntico documentário sobre a evolução da espécie. Mas, deixa-me dizer-te um segredo sobre as mulheres: nós temos a fantástica capacidade de multitasking, o que significa que conseguimos ser mulheres, profissionais, mães e ainda dzer palavrões tudo ao mesmo tempo.