quarta-feira, 21 de março de 2012

Ao desconcerto do Mundo

Não é novidade que os maus têm mais sorte que os bons. É assim na vida e até na hora de morrer. Se foste um grande cabrão durante a tua vida o mais certo é morreres enquanto atinges o êxtase na cama da tua amante, ou teres uma síncope aos 98 anos, depois de abocanhares um belo cozido à portuguesa regado com um quartilho de tintol do bom. Se foste parvo ao ponto de ser uma boa pessoa, é bom que te prepares para uma morte lenta e dolorosa. É esta falta de coerência que me faz questionar a ordem do universo. Longe de mim querer intrometer-me nas insondáveis providências divinas mas, a verdade é que por vezes tenho muitas dúvidas quanto às escolhas do Todo Poderoso. (Por favor não Leves a mal, também tendo a questionar as opções do Mourinho.) O mais estranho é que tenho uma lista mental de sacanas a quem acho que podiam acontecer uns infortúnios... E quando sei que um azar cai sobre uma pessoa boa, não consigo deixar de pensar: devia era ter sido aquele filho da puta do...

Razão tinha o Camões:

Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E pera mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
                            

1 comentário:

Vic disse...

eheheh! Nem sempre a vida (prefiro-a a invocar quem não sei se existe) é madrasta. Às vezes os sacanas também se lixam e os bons duram um valente par de anos :)